AN - Dissertações de Mestrado
Permanent URI for this collection
Documento escrito, científico, técnico ou literário, apresentado a uma banca examinadora para obtenção do grau de mestre.
Browse
Recent Submissions
Item Segurança alimentar e nutricional na perspectiva da cultura Xavante na aldeia São Marcos(2017) Urebete, Oscar Wa'Raiwẽ; Nogueira, Mônica CeleidaEste trabalho discorre sobre questões relativas à segurança alimentar e nutricional na Aldeia São Marcos, na perspectiva da cultura Xavante, com foco para as situações de alteração, diminuição, substituição, abandono e as perspectivas de permanência e de continuidade dos costumes alimentares e nutricionais tradicionais, na atualidade. O texto se desenvolve a partir da análise do processo histórico em que houve a desvalorização da cultura alimentar própria entre os Xavante da Aldeia São Marcos, com a redução do uso de alimentação saudável tradicional, pós-contato com a sociedade não índia, e as condições de acesso às políticas públicas da segurança alimentar e nutricional. A metodologia utilizada foi a qualitativa e o trabalho de campo foi realizado por meio de entrevistas com anciãos e anciãs, bem como observação da comunidade da aldeia São Marcos. O resultado da pesquisa aponta para o fato de que um dos principais indicativos de mudança alimentar do povo Xavante é advindo do contato com os não indígenas. Além disso, não há políticas públicas adequadas que atendam essa população no que diz respeito à segurança alimentar e nutricional, o que tem causado diversas doenças advindas de carência alimentar e também de uso de alimentos como açúcar, óleo industrializado e álcool. Entretanto, verifica-se que, apesar de todas as mazelas, o povo Xavante mantém sua organização social e clânica de tempos imemoriais e, mesmo com indícios de ressignificação, conservam os rituais e principalmente os valores de respeito e reciprocidade, apesar do contato intermitente com a sociedade capitalista.Item Práticas alimentares e perfil sociodemográfico de famílias indígenas periurbanas usuárias do Programa Bolsa Família no Alto Rio Negro.(2018) Trindade, Hamyla Elizabeth da Silva; Pontes, Ana LúciaEsta pesquisa insere-se no debate acerca da importância das políticas públicas consideraram as especificidades dos povos indígenas. Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa que analisou as práticas alimentares e o perfil sociodemográfico de famílias indígenas usuárias do programa bolsa família, e que residem em comunidade periurbana do Município de São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas. Para o estudo quantitativo foram utilizados dois bancos de dados, o primeiro com dados secundários de 2018 (disponíveis em: https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/vis/data/data-table.php) e o segundo constituído de dados primários resultantes da aplicação de formulários específicos às 26 famílias da comunidade pesquisada. O estudo qualitativo envolveu entrevistas semiestruturada com 10 famílias beneficiárias do programa bolsa família e observação participante de uma família Baniwa com registro diário das práticas alimentares. Na comunidade estudada, 43% da população é beneficiária do Programa Bolsa Família, na maioria menores de 15 anos. Todas as famílias dependem da agricultura para alimentação e geração de renda, o recurso do PBF gera uma renda média de R$300,00, representando 61,7% da renda familiar. Existem diversos obstáculos ao acesso do recurso do PBF, mesmo no contexto periurbano. As famílias referem que o recurso é insuficiente para as suas necessidades, sendo utilizado principalmente para compra de alimentos, seguido de outros itens básicos. O cumprimento das condicionalidades depende da oferta dos serviços de saúde e educação, e somente esse último é ofertado regularmente. O acompanhamento das práticas alimentares neste estudo mostra que o PBF tem desempenhado um papel importante, mas insuficiente, na alimentação das famílias indígenas.Item El Tembi'u Piro'y de los Guaraní Ñandeva: políticas de asistencia alimentaria y la persistencia de la alimentación tradicional(2019) González, Clara Lorena Páez; Garcia, Antonio de la Pena; Brighenti, Clovia AntonioEste trabalho analisa, a partir da perspectiva política e social dos estudos da alimentação, o programa de fornecimento de cestas básicas de alimentos desenvolvidas em comunidades indígenas brasileiras. O ponto de referência para esta análise é a comunidade indígena de Porto Lindo, em Mato Grosso do Sul. O mesmo faz parte do programa "Fome Zero", lançado no governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva em 2003. A finalidade do fornecimento de cestas básicas é a erradicação da segurança alimentar em comunidades urbanas e rurais de extrema pobreza. A principal tese deste trabalho é que o programa, embora que no início da sua implementação tinha cumprido uma função social, reforçou a insegurança alimentar nas comunidades indígenas devido a dois fatores principais: primeiro, os alimentos que compõem as cestas básicas são muito diferentes daqueles tradicionalmente eles eram produzidos e consumidos por essas pessoas. Isso modificou os padrões alimentares da população indígena, principalmente das gerações mais jovens, gerando maior dependência da assistência direta. Em segundo lugar, as cestas básicas aceleraram a adoção da rotina alimentar ocidental nas comunidades, o que impactou na transmissão do conhecimento tradicional, devido à perda dos principais espaços culturais de aprendizagem, que ocorreram durante a colheita, produção e preparação de alimentos. Portanto, conclui-se que é necessário que a provisão de cestas básicas seja acompanhada de ações concretas que promovam a produção de alimentos suficientes para o suprimento de consumo interno dentro dos territórios indígenas. Além disso, a economia rural deve ser promovida e a troca de conhecimento e recursos entre os moradores da própria comunidade deve ser facilitada, apoiando a gestão dos líderes indígenasItem Avaliação do estado nutricional em relação a aspectos sócio-econômicos de adultos indígenas Suruí, Rondônia, Brasil(2006) Lourenço, Ana Eliza Port; Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresEsta dissertação teve como objetivo avaliar o estado nutricional dos adultos com idade 20 anos pertencentes à etnia Suruí, Estado de Rondônia. Considerando o complexo panorama da saúde indígena e os aspectos atuais de transição nutricional presentes na realidade brasileira, são problematizadas questões de saúde e nutrição em área indígena, inseridas num contexto histórico de transformações culturais e sócio-econômicas. Inicialmente é feita uma contextualização da atenção à saúde indígena no Brasil e apresentada uma breve fundamentação teórica sobre avaliação nutricional. Então, são descritos aspectos históricos específicos do povo Suruí, detalhando a atividade de campo realizada nas aldeias. São então apresentados dois artigos, ainda inéditos. Através da comparação com dados antropométricos da década de 80, o primeiro artigo versa sobre a avaliação nutricional dos adultos, destacando a elevada prevalência de sobrepeso e obesidade, até então incomum em grupos indígenas na Amazônia brasileira. O segundo analisa o perfil nutricional em associação aos aspectos sócio-econômicos presentes nos aldeamentos Suruí. Este artigo chama atenção para as diferenças nas médias de massa corporal e de índice de massa corporal ao se classificar os Suruí em três distintos estratos sócio-econômicos. Finalizando a dissertação, são traçadas algumas considerações finais. Sobretudo devido às alterações nos padrões alimentares e nas atividades de subsistência ocorridas após o contato com a sociedade nacional, os Suruí enfrentam um franco e específico processo de transição nutricional. Preocupando-se com a possível emergência de doenças crônicas não transmissíveis, a alta prevalência de obesidade exige repensar as práticas de alimentação e nutrição em área indígena, visando aprimoramento dos serviços destinados a estas populações.Item Alimentos, restrições e reciprocidade no ritual Xavante do Wapté mnhõno (Terra Indígena Marãiwatsédé, Mato Grosso)(2013) Silva, Sayonara; Katz, Esther Fernande Rose; Dias, Terezinha Aparecida B.A presente pesquisa apresenta de forma breve um levantamento sobre o sistema alimentar do povo indígena Xavante da terra indígena Marãiwatsédé (Mato Grosso, Brasil) incluindo as formas de obtenção de alimentos na contemporaneidade. O estudo foi realizado durante o ritual do wapté mnhõno (iniciação de jovens) e está focado nos alimentos consumidos durante este período, destacando a dieta alimentar dos watewá (jovens batendo água) no Datsi´waté (rito de bater água) e as relações de troca-reciprocidade envolta dos alimentos a partir da observação da relação entre as mães dos watewá com o Dazaniwá (ancião responsável por cuidar dos jovens durante o Datsi´waté). O povo Xavante de Marãiwatsédé passa pelo processo de territorialização se adaptando a uma nova maneira de viver na terra indígena mais desmatada da Amazônia Legal. A pesquisa apresenta um panorama sobre o processo de desterritorialização vivenciado por esse grupo desde o contato oficial (1950), perpassando pela demarcação da terra (1993), até os dias atuais, utilizando para realização da pesquisa método etnográfico por meio de observação participante e direta, entrevistas informais/não estruturadas e semi-estruturadas, bem como dados bibliográficos.Item Preditores do aleitamento materno exclusivo, Amazônia Legal e Nordeste, Brasil, 2010(2012) Neves, Alice Cristina Medeiros; Carvalho, Kênia Mara Baiocchi deFoi avaliada uma amostra de crianças menores de seis meses de idade, que participaram da pesquisa de avaliação da atenção ao pré-natal e aos menores de um ano de idade, em 2010 (4116 na Amazônia Legal e 4944 no Nordeste). A prevalência de aleitamento exclusivo com IC95% foi calculada separadamente por região, segundo fatores sociodemográficos e de assistência ao pré-natal, parto e puerpério. As variáveis com p<0,20 (χ2) foram selecionadas para análise múltipla, por trimestre de idade da criança. Resultados: Na Amazônia Legal, a prevalência foi 72,0% no primeiro mês de idade da criança e apresentou um declínio até 11,6% no sexto mês; e na região Nordeste, a prevalência reduziu de 66,3% para 13,3%, respectivamente. Para a região da Amazônia Legal, mães negras apresentaram maior risco de não amamentar exclusivamente no segundo trimestre de vida da criança. Para o Nordeste, a mamada na primeira hora foi fator protetor no conjunto das crianças <6 meses de idade. A chance de aleitamento exclusivo, no primeiro trimestre, foi 63% maior para mães com 35 ou mais anos de idade; e a razão de chance foi 2,27 vezes maior para mães indígenas ou amarelas. No segundo trimestre, situação semelhante foi observadaquanto a maior idade materna. Conclusão: A prevalência apresentou acentuado declínio com o aumento da idade da criança. Os preditores do Aleitamento Materno Exclusivo, dentre as crianças menores de seis meses de idade, foram idade da mãe, raça/cor materna e mamada na primeira hora, de maneira distinta nas duas regiões. Estes resultados sugerem a necessidade de melhoria da qualidade da assistência ao pré-natal, parto e puerpério, nas características mais frequentes identificadas em cada região, em especial junto a mães mais jovens e/ou negras; além da constante qualificação dos profissionais de saúde quanto ao manejo da prática da amamentação até o sexto mês de vida da criança, conforme recomendação.Item Insegurança Alimentar entre Famílias Indígenas de Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil(2014) Jorge, Caroline André Souza; Souza, Maria Cristina Corrêa de; Lima, Rosangela da CostaItem Glicemia capilar casual alterada e fatores associados em indígenas Wari' do Sudoeste da Amazônia, Brasil(2017) Hang, Adriana Tavares; Ott, Ari Miguel Teixeira; Barbirato, Davi da SilvaEstudos têm apontado que as mudanças nos padrões alimentares, escassez de recursos socioeconômicos, redução das terras cultiváveis e do nível de atividade física têm impactado as condições de saúde das populações indígenas, levando ao ganho de peso e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. O objetivo deste estudo foi verificar a frequência de glicemia casual alterada e fatores associados, em indígenas Wari’ com idade maior ou igual a 18 anos, residentes em aldeias Terra Indígena Igarapé Lage e da Terra Indígena Igarapé Ribeirão, situadas nos municípios de Guajará Mirim e Nova Mamoré, estado de Rondônia, Brasil. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, com coleta dos dados entre dezembro de 2015 e dezembro de 2016, utilizando um questionário adaptado do inquérito nacional de saúde e nutrição dos povos indígenas. Realizamos aferição da pressão arterial, dosagem de glicemia capilar casual, além de medidas antropométricas (peso, estatura, cálculo do índice de Massa Corpórea (IMC) e aferição da circunferência abdominal). Após dupla digitação dos dados, utilizou-se o programa SPSS versão 21.0 para análise estatística. Realizou-se análise descritiva (frequências absolutas e relativas) e bivariada (testes de Qui-quadrado, Yates, e teste ANOVA) com nível de significância de 5% (p<0,05) além da correlação de Pearson. Foram entrevistados e examinados 300 indivíduos de ambos os sexos (149 mulheres), a prevalência de diabetes foi 1,7% e 4% para hipertensão arterial Do total de cinco indivíduos que apresentaram diabetes, três encontravam-se na faixa etária de 18 a 29 anos e não usavam hipoglicemiante oral. Do total de 13 hipertensos, quatro se encontravam na faixa etária maior ou igual a 60 anos e cinco faziam uso de antihipertensivo. Quanto à classificação do IMC, dois dos diabéticos e quatro dos hipertensos apresentavam sobrepeso. Comparando esses resultados com estudos semelhantes realizado no ano de 2009 com indígenas da região Norte, observou-se que houve um aumento significativo na média da glicemia capilar casual. Quanto aos hipertensos não se identificou diferença significativa entre tais estudos ou mesmo com a média nacional observada na população indígena. Comparando o resultado deste estudo ao último inquérito nacional entre os povos indígenas e com outra pesquisa realizada no ano de 2007 com a etnia Wari’, verificamos que houve aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade, o que constitui importante alerta para a emergência das doenças crônicas não transmissíveis nessa população. Acreditamos que os Wari’ necessitam manter o acompanhamento principalmente quanto à monitorização glicêmica e nutricional a fim de detecção precoce do diabetes mellitus e melhor controle do peso corporal visando prevenir distúrbios cardiometabólicos e suas complicações a curto e longo prazo.Item Plantas alimentares cultivadas nas roças Baniwa: mudanças e participação dos jovens(2013) Silva, Franklin Paulo Eduardo da; Katz, EstherA presente obra é resultado de estudo sobre plantas alimentares cultivadas nas roças baniwa: mudanças e participação dos jovens, desenvolvido com os povos Baniwa e Coripaco no Rio Içana, Aiari e entre baniwa e membros de outras etnias na Cidade de São Gabriel da Cachoeira – AM. O estudo baseou-se na hipótese de nos últimos anos a escassez de alimentos na região vem se agravando consequência de mudanças em diversos aspectos, entre estas, a mudança de cultivo das espécies de plantas alimentares nas roças e o esmorecimento de participação dos jovens. Foram entrevistados os mais idosos sobre a situação da agricultura no passado remoto e intermediário e os jovens sobre a sua participação na lavoura agrícola. Os idosos responderam as questões por meio de mitos de origens da agricultura, descrevendo as atividades, manejos das roças e das plantas cultivadas pelas gerações passadas. Como resultados deste estudo foram identificados: mudança de cultivo das espécies de plantas alimentares; fragilidade do manejo tradicional das áreas produtivas; crescimento da escassez de caças; diminuição da diversidade nutricional de alimentação; insegurança alimentar do grupo e a fraca participação dos jovens nas atividades agrícolas. Diante destas descobertas, são sugeridas: conscientização sobre importância de cultivo das espécies de plantas alimentares de origens regionais; importância de participação efetiva dos jovens nas atividades de roça; inclusão do tema agricultura tradicional nos currículos escolares e; importância da valorização de alimentação tradicional do Povo Baniwa e dos demais povos indígenas do Alto Rio Negro.Item Saberes e práticas alimentares de gestantes e lactantes ribeirinhas no contexto amazônico(2020) Pereira, Naiara Lima; Mainbourg, Evelyne Marie ThereseO estudo das práticas alimentares ultrapassa a questão meramente nutricional, ele é um sistema complexo, em que diversos fatores são responsáveis pela escolha dos alimentos, entre eles, a disponibilidade, preferências, conhecimento nutricional e fatores sociais e culturais. O objetivo deste estudo é descrever e analisar as práticas alimentares de doze mulheres, sendo seis gestantes e seis lactantes que vivem nas comunidades ribeirinhas localizadas ao longo da margem esquerda do Rio Negro, no município de Manaus. Essas mulheres foram identificadas por intermédio dos Agentes Comunitários de Saúde de duas comunidades ribeirinhas, escolhidas pelas peculiaridades quanto ao acesso à área urbana. Uma dessas comunidades é mais distante da capital (Manaus) e próxima da sede de um município menor (Novo Airão), situado na margem direita do Rio Negro, enquanto a outra encontra-se à igual distância da sede de cada um dos dois municípios. Foram realizadas: 1 - entrevistas com gestantes, lactantes e pessoas consideradas importantes nas escolhas alimentares, como mães e parteiras, 2 - observação participante das práticas das gestantes e lactantes relacionadas à alimentação, desde atividades ligadas ao cultivo, plantação e pesca, até a escolha, preparo e consumo dos alimentos e 3 - um grupo focal com os profissionais que atuam na Unidade Básica de Saúde Fluvial que atendem essa população a fim de confrontar a fala desses profissionais com as vivências e relatos das mulheres pesquisadas. A partir da análise de conteúdo de Bardin identificamos quatro eixos temáticos: Do pescado com farinha ao ultraprocessado; O desejo de comer versus a dificuldade de obtenção; Saberes e restrições alimentares no período gravídico-puerperal, e Alimentos como remédios. A dieta básica dessas mulheres é constituída pelo binômio peixe e farinha, sendo modificada em função da estação diretamente ligada à cheia/seca dos cursos de água. No período da cheia, há o aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados, devido à escassez de alimentos locais como o pescado. Baseados em saberes tradicionais, os conselhos dados por familiares, parteiras e profissionais da saúde em torno do período da gestação e lactação restringem o acesso à determinados alimentos e/ou permeiam a procura por alimentos de difícil obtenção. A compreensão dessas práticas alimentares e das percepções dos profissionais sobre a alimentação dessa população, deve levar à melhor adequação das recomendações feitas pelos profissionais e consequentemente das políticas públicas para as populações ribeirinhas.Item Práticas alimentares e perfil sociodemográfico de famílias indígenas periurbanas usuárias do Programa Bolsa Família no Alto Rio Negro(2018) Trindade, Hamyla Elizabeth da Silva; Pontes, Ana LúciaEsta pesquisa insere-se no debate acerca da importância das políticas públicas consideraram as especificidades dos povos indígenas. Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa que analisou as práticas alimentares e o perfil sociodemográfico de famílias indígenas usuárias do programa bolsa família, e que residem em comunidade periurbana do Município de São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas. Para o estudo quantitativo foram utilizados dois bancos de dados, o primeiro com dados secundários de 2018 (disponíveis em: https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/vis/data/datatable.php) e o segundo constituído de dados primários resultantes da aplicação de formulários específicos às 26 famílias da comunidade pesquisada. O estudo qualitativo envolveu entrevistas semiestruturada com 10 famílias beneficiárias do programa bolsa família e observação participante de uma família Baniwa com registro diário das práticas alimentares. Na comunidade estudada, 43% da população é beneficiária do Programa Bolsa Família, na maioria menores de 15 anos. Todas as famílias dependem da agricultura para alimentação e geração de renda, o recurso do PBF gera uma renda média de R$300,00, representando 61,7% da renda familiar. Existem diversos obstáculos ao acesso do recurso do PBF, mesmo no contexto periurbano. As famílias referem que o recurso é insuficiente para as suas necessidades, sendo utilizado principalmente para compra de alimentos, seguido de outros itens básicos. O cumprimento das condicionalidades depende da oferta dos serviços de saúde e educação, e somente esse último é ofertado regularmente. O acompanhamento das práticas alimentares neste estudo mostra que o PBF tem desempenhado um papel importante, mas insuficiente, na alimentação das famílias indígenas.Item Análise do processo de reformulação do Programa Nacional de Alimentação Escolar nas escolas indígenas no Amazonas(2019) Mendes, Nikolas Raphael Gil Alcon; Pires, Roberto Rocha CoelhoO objetivo desta pesquisa é analisar o processo de reformulação do arranjo institucional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) voltado para as escolas indígenas no Amazonas, a partir de um estudo de caso sobre o funcionamento do Grupo de Trabalho (GT) organizado e conduzido pela Procuradoria da República no Amazonas (PRAM) e que contou com a participação de órgãos e entidades dos três níveis de governo e da sociedade civil, com representantes indígenas e indigenistas. Este estudo tentou compreender como se reestruturou o problema da alimentação escolar, ao ponto de levantar possíveis soluções, acionadas e reconfiguradas no âmbito do GT, que, por sua vez, tentou aproveitar a janela de oportunidade aberta no âmbito do Amazonas – propiciada pela institucionalização do grupo de trabalho que conduziu o processo de reformulação do PNAE para efetivar tal direito junto às comunidades escolares indígenas amazonensesItem Nutrição e alocação de tempo dos Xavánte de Pimentel Barbosa, Mato Grosso: um estudo em ecologia humana e mudanças(1995-06) Gugelmin, Silvia Angela; Santos, Ricardo VenturaEsta monografia aborda questões relativas a nutrição e a alocação de tempo de um grupo indígena, visando caracterizar as mudanças ocorridas ao longo do processo de contato. Tomaram-se os Xavante da aldeia Rio das Mortes (Área Indígena Pimentel Barbosa - Mato Grosso, Brasil) como estudo de caso por apresentarem informações coletadas ao longo das ultimas cinco décadas, possibilitando um enfoque histórico e diacrônico das mudanças sociais, econômicas e biológicas. O contato permanente dos Xavante com a sociedade nacional brasileira ocorreu na década de 40 e a partir dos anos 70 intensificaram-se a interação com não-índios e o envolvimento com a economia de mercado regional. Diversas modificações ocorreram ao longo do tempo: aumento da mortalidade por doenças infecciosas e parasitarias, diminuição dos níveis de fecundidade, crescente abandono da vida semi-nômade e ênfase no sedentarismo, intensificação das praticas agrícolas em detrimento da caça, pesca e coleta. A partir da analise de dados demográficos, antropométricos, de consumo alimentar, de hemoglobina sérica e de alocação de tempo, foi possível evidenciar que as mudanças experimentadas pelos Xavante de Rio da Mortes foram complexas e multifacetadas, não seguindo necessariamente a direção trilhada por outros grupos indígenas brasileiros. Esta monografia demonstra a importância e a necessidade de incorporar uma visão diacrónica e histórica nos estudos em ecologia humana e mudanças em populações indígenasItem Consumo Alimentar de uma População de Indígenas Potiguara no Estado da Paraíba, Brasil(2007) Gondim, Carolina de Miranda; Arruda, Ilme Kruze Grande de; Cardoso, Maria AparecidaItem Avaliação do estado nutricional da população Xavánte de São José, terra indígena Sangradouro - Volta Grande, Mato Grosso(1998) Leite, Maurício Soares; Santos, Ricardo VenturaItem Prevalência estimada e fatores associados à hipertensão arterial em indígenas Krenak do estado de Minas Gerais(2018) Chagas, Cristiane Alvarenga; Pimenta, Adriano MarçalIntrodução: Um complexo quadro de adoecimento tem sido observado nas últimas décadas entre os povos indígenas brasileiros. As doenças crônicas não transmissíveis, responsáveis pela maior carga de doença no mundo, têm afetado também estes povos. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) antes não observada entre os indígenas, hoje já se faz prevalente, sendo considerado um problema de saúde nos povos indígenas brasileiros. Objetivo: Analisar os fatores associados à hipertensão arterial em indígenas das aldeias Krenak do Estado de Minas Gerais. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de delineamento transversal realizado com indígenas com idade > 18 anos de ambos os sexos da terra indígena Krenak, Minas Gerais. Os dados relativos às variáveis sociodemográficas, estilo de vida e hábitos alimentares foram coletados por meio de questionário estruturado. Foram aferidos peso e estatura para posterior cálculo do índice de massa corporal, perímetro da cintura, glicemia capilar e pressão arterial (PA). Os participantes que apresentaram PA sistólica > 140 mmHg e/ou PAS > 90 mmHg e/ou sob utilização de medicamentos anti-hipertensivos, foram considerados com HAS. A análise dos dados foi efetuada no programa Stata, versão 14. Uma análise bivariada foi realizada entre as variáveis independentes e a variável dependente, estas foram estimadas por meio do teste de qui-quadrado de Pearson. A força de associação foi medida através da razão de prevalência por meio da regressão de Poisson. Foi construído um modelo estatístico multivariado com a técnica de regressão de Poisson e modelo teórico adaptado. Todas as variáveis que apresentaram p < 0,20 na análise bivariada foram inseridas na elaboração do modelo multivariado final. Resultados: Participaram do estudo 183 indígenas. A maioria dos participantes era do sexo feminino (52,8%). A prevalência de HAS foi 31,1% (IC95% 24,37 37,92). Após ajuste das variáveis os fatores associados a HAS entre os indígenas foram: aqueles nas faixas etárias mais avançadas, 30-39 anos (RP=3,99 IC95% 1,49-10,69)/ 40-49 anos (RP=5,11 IC95% 1,85-14,08)/ 50-59 anos (RP=6,23 IC95% 2,05-18,90)/ 60 anos ou mais (RP=7,45 IC95% 2,64-20,97) e obesidade abdominal com risco muito elevado para doenças cardiovasculares (RP=2,83 IC95% 2,54-9,40). Conclusão: A prevalência de HAS nos indígenas Krenak foi alta, isso aponta a necessidade de se pensar em intervenções para prevenção e controle da HAS, visto que essa pode trazer consequências irreversíveis. Tais ações devem ser sustentáveis e adequadas aos recursos disponíveis no território devido a uma enorme sociodiversidade existente entre os indígenas.Item População indígena: condição bucal e estado nutricional materno infantil(2007) Moura, Patrícia Garcia de; Moreira, Emilia Addison MachadoMinorias étnicas e raciais no Brasil vivenciam situações de marginalização socioeconômica, discriminação e iniqüidade que as colocam em posição de maior vulnerabilidade refletindo sobre o processo saúde-doença. É neste quadro que se insere a população indígena brasileira e ainda, o estudo da relação entre a condição bucal e o estado nutricional nessa população praticamente inexiste. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a condição bucal e o estado nutricional. O estudo transversal foi realizado com mães e crianças indígenas cobertas pelo Pólo-base Florianópolis. A amostra constituiu-se de 44 mães e 67 crianças de 18 a 71 meses de idade. A avaliação da condição bucal foi realizada por meio do índice ceo-d e CPO-D; risco de cárie e risco em tecidos moles; e risco periodontal nas mães. Os hábitos relacionados aos cuidados com a saúde bucal foram obtidos por meio de um questionário sobre freqüência de escovação dentária e uso de fio dental, visita ao dentista, freqüência de consumo de alimentos com açúcar e hábito de fumar. Para avaliação nutricional foram tomadas medidas de peso e estatura, o peso ao nascer das crianças e, somente para as mães, as medidas da prega cutânea triciptal (PCT), da circunferência de cintura (CC) e da circunferência da panturrilha (CP). O diagnóstico do estado nutricional foi realizado segundo o índice de massa corporal (IMC) para as mães e segundo índices peso para a estatura (P/E), estatura para a idade (E/I) e peso para a idade (P/I), calculados em escore Z, para as crianças. Foi verificado ainda o grau de insegurança alimentar e as práticas de aleitamento materno por meio de um questionário. Observou-se um ceo-d médio de 3,00 (apresentando aumento com a idade estatisticamente significante: r = 0,283; p = 0,020) e 40,3% de crianças livre de cáries. O CPO-D médio encontrado para as mães foi de 10,41 e apenas 4,5% foi igual a 0. Foram encontradas prevalências de desnutrição (<-2 escore Z) em 37,3% das crianças para o índice E/I e 10,4% para P/I, enquanto 50% das mães encontravam-se acima do peso adequado. As crianças que apresentaram estado nutricional insatisfatório apresentaram maiores médias para o índice de cárie. As crianças que obtiveram maior tempo de amamentação exclusiva apresentaram menor risco de desnutrição. Todas as mães apresentaram algum grau de insegurança alimentar que inclusive apresentou associação com quantidade de filhos menores de 6 anos. Houve associação significante entre a escolaridade materna e o P/I infantil. Entre as mães, houve diferença significante entre o número de dentes perdidos e o excesso de peso. Conclui-se que existe uma relação entre condição bucal e estado nutricional considerando que: crianças desnutridas apresentaram maiores valores para o índice de cárie e mulheres com maior número de dentes perdidos apresentaram sobrepeso e obesidade.Item Avaliação do sistema de vigilância alimentar e nutricional indígena: etnia atikum, Carnaubeira da Penha- PE, 2012(2015) Duarte, Raísa de Almeida; Lira, Pedro Israel Cabral de; Andrade, Leopoldina Augusta Souza Sequeira deO Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN-I) foi implantado no ano de 2006, no âmbito dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI s), para atuar na descrição e predição de maneira contínua das tendências das condições de nutrição e alimentação, e seus fatores determinantes, com fins de planejamento e avaliação de políticas voltadas para a saúde da população indígena em seu território. O presente estudo teve como objetivo avaliar o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional para população indígena no estado de Pernambuco, com base nos registros do SISVAN de crianças da etnia Atikum, município de Carnaubeira da Penha, Pernambuco. Trata-se de estudo descritivo onde foram analisados os mapas diários de acompanhamento das crianças menores de cinco anos do Módulo de Vigilância Alimentar e Nutricional e Atenção à Saúde, preenchidos pelos Agentes Indígenas de Saúde, em 2012. O total de registros válidos foi de 4.507 registros, para um total de 613 crianças cadastradas. A média mensal foi de 376 de crianças acompanhadas, sendo que nos seis primeiros meses a cobertura foi superior a 80% e nos últimos quatro meses (setembro/dezembro) não alcançou 30%. As variáveis sexo, peso, programa bolsa família (PBF), estado nutricional (índice peso/idade), cesta de alimentos, leite humano e outros benefícios tiveram cobertura superior ou igual a 80% e para as demais variáveis foi cerca de 50%. Para o índice peso-adequado-idade, houve uma concordância entre as avaliações dos AIS com a classificação da OMS em 91,5% dos casos. Contudo, para as situações de déficit e sobrepeso a concordância cerca de 1/3 das observações. A frequência de déficit estatural ficou em torno de 26% (< -2 EZ) e 25,7% para o risco de baixa estatura. O aleitamento exclusivo e predominante para as crianças menores de seis meses foi de 54,2% e 24,2%, respectivamente. Para as crianças de 6 a 12 meses o aleitamento complementar foi 53,7%, seguido do grupo sem leite materno com 21,4% e para as crianças entre 12 e 24 meses de idade observou-se uma prevalência de 55,7% sem leite materno e 41,8% em aleitamento do materno complementar. Em conclusão observou-se a necessidade de melhoria no SISVAN em relação aos registros de algumas variáveis e do treinamento dos Agentes Indígenas de Saúde em relação às medidas antropométricas. Apesar dos problemas identificados considerou-se que o SISVAN constitui-se num avanço no acompanhamento da situação alimentar e nutricional das crianças indígenas.Item Situação nutricional de crianças indígenas kaingáng da terra indígena de Mangueirinha, Paraná(2007) Kühl, Adriana Masiero; Corso, Arlete CatarinaObjetivo: Verificar a associação entre as variáveis socioeconômicas, maternas, demográficas, de morbidade e biológicas e o estado nutricional das crianças indígenas Kaingáng, menores de cinco anos de idade da Terra Indígena de Mangueirinha/ Paraná. Método: estudo transversal realizado com 141 crianças indígenas Kaingáng menores de cinco anos de idade. As informações referentes às variáveis socioeconômicas, maternas, demográficas, de morbidade e biológicas foram obtidas junto às mães ou responsáveis por meio de um questionário padronizado em visitas domiciliares. As medidas de peso e altura ou comprimento foram coletadas no posto de saúde da comunidade em dias determinados, após a realização do questionário. Para verificar a associação entre os fatores investigados (variáveis independentes) e o estado nutricional infantil (variável dependente), foram realizados os testes de associação Qui-quadrado (c2)- Teste exato de Fischer e razão de prevalências, com intervalo de confiança de 95%. As análises foram realizadas no programa Stata 8.0. Resultados: as prevalências de desnutrição segundo os índices altura para idade, peso para idade, peso para altura e índice de massa corporal para idade, foram iguais a 24,6%, 9,2%, 2,1% e 2,1%, respectivamente, de acordo com WHO (2006) e de 19,9%, 9,2% e 1,4% para déficit de altura para idade, peso para idade e peso para altura segundo as recomendações do NCHS (1986). Além dos casos de desnutrição, foi verificado que 6,4% das crianças apresentavam sobrepeso, segundo o índice de massa corporal para idade, em relação à população de referência proposta pela WHO (2006). Dentre os fatores investigados, os que apresentaram associação estatisticamente significante com o déficit de altura para a idade foi o baixo peso ao nascer, a ausência de energia elétrica nas habitações e o reduzido número de cômodos nas habitações. Dentre os fatores investigados, os que apresentaram associação estatisticamente significante com o baixo peso para a idade foi o baixo peso ao nascer e a qualidade do material usado no revestimento das paredes das habitações Conclusão: As crianças indígenas Kaingáng menores de cinco anos de idade apresentam um melhor estado nutricional do que outras crianças indígenas, especificamente, no que se refere ao déficit de altura para a idade, porém, pior que as crianças brasileiras não-indígenas, o que reforça a necessidade de uma maior atenção, por parte dos órgãos e serviços responsáveis, para com a saúde indígena.Item Estado nutricional, condições de vida e avaliação parasitológica da população indígena Xukuru-Kariri, Caldas, Minas Gerais.(2012) Simões, Bárbara dos Santos; Freitas, Silvia Nascimento de; Machado-Coelho, George Luiz LinsA Terra Indígena Xukuru-Kariri localiza-se no município de Caldas, sul do Estado de Minas Gerais e possui uma população composta por 86 pessoas. O presente trabalho teve por objetivo avaliar os fatores socioeconômicos, parasitológicos e higiênico-sanitários que possam interferir na qualidade de vida e no estado nutricional dos indígenas Xukuru- Kariri. A pesquisa foi realizada durante o mês de março de 2009, na qual foram coletados dados socioeconômicos, ambientais, demográficos, parasitológico (fezes) e água, além da aferição das medidas antropométricas e de composição corporal dos residentes na aldeia. As informações sociodemográficas, das condições de instalações sanitárias, tipo de abastecimento, destino do esgoto e do lixo familiar foram coletadas através de inquéritos. As medidas antropométricas aferidas foram o peso, estatura e circunferência da cintura, já a de composição corporal foi o percentual de gordura corporal. Constatou-se que população indígena de Caldas era dividida em 22 famílias, sendo 81,8% dos chefes de baixa escolaridade, com 81,8% abaixo da linha de pobreza e 31,81% das famílias classificadas no índice socioeconômico inferior. Das 26 amostras de água coletadas para análise microbiológica, 77% dessas, foram positivas para coliformes totais e 4% para Escherichia coli. Em 27,3% dos domicílios os moradores defecavam na parte exterior da casa. Observou-se que 54,5% das casas possuíam lixos espalhados pelo quintal. A partir do exame parasitológico de 60 indivíduos observou-se positividade em 66,6% dos casos, com uma prevalência de Entamoeba histolitica/díspar de 6,7%, Entamoeba coli 60%, Endolimax nana 1,8% e Giardia duodenali de 6,6%. Quanto ao perfil nutricional, dos 76 indivíduos observou-se que todas as crianças de 0 a 5 anos apresentaram peso elevado para a altura/estatura, e em relação ao índice de massa corporal, 34,2% apresentaram sobrepeso/obesidade. Já na avaliação da circunferência de cintura, o excesso de adiposidade central esteve presente em 21,4% dos indivíduos. De acordo com a bioimpedância Tetrapolar 1, mão a mão, pé a pé, e Tetrapolar 2, o excesso de adiposidade corporal foi observado em 25%, 19%, 18,2%, 17,6% dos indivíduos, respectivamente. Assim, a partir da análise sobre as condições de saúde e estado nutricional da população indígena Xukuru-Kariri residentes em Caldas, Minas Gerais pode-se constatar a vulnerabilidade deste grupo étnico.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »