Biblioteca Virtual de Saúde - Saúde dos Povos Indígenas
Este espaço virtual organiza o acúmulo de experiências do campo, apresentando, de forma clara e objetiva, informações para diferentes públicos, entre eles gestores, profissionais de saúde, estudantes e lideranças indígenas.
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Recent Submissions
Saneamento e saúde em terras indígenas
(Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (NEPPI), 2019) Silva, Reijane Pinheiro da; Dourado, Denise Gomes
Este artigo discute a relação entre saneamento e saúde em Terras Indígenas brasileiras, problematizando os impactos do contato dos povos indígenas com a sociedade nacional. Através do levantamento bibliográfico e da observação participante em uma aldeia do Povo Akwen Xerente do Tocantins, constatamos que, apesar da legislação vigente e dos planos e programas de saneamento, as ações mostram-se fragmentadas.Os serviços oferecidos são insuficientes para alterar as condições inadequadas de saneamento básico e, consequentemente, de saúde, disponíveis à população indígena. A baixa qualidade da água de abastecimento humano e a ausência de coleta e tratamento dos esgotos e dos resíduos sólidos estão diretamente relacionadas com doenças infecciosas e parasitárias, que permanecem como importante causa de morbimortalidade dos povos indígenas no Brasil.
Práticas indígenas de produção do cuidado
(Universidade Federal Fluminense, 2017) Moebus, Ricardo Luiz Narciso
O artigo apresenta fragmentos do percurso de uma pesquisa sobre práticas indígenas de cuidado entre os yawanawás da amazônia acreana, na qual se pôde problematizar alguns conceitos chaves, como: “saberes tradicionais”, “medicina indígena” e “práticas integrativas”. Utilizou-se a metodologia da pesquisa qualitativa participativa, com entrevistas densas não estruturadas e diário de campo. Conclui-se que as práticas indígenas de produção de cuidado participam de uma visão de mundo intuitiva, relacional e integral. E que a ideia de incluir essas práticas de cuidado no rol das práticas integrativas, ao mesmo tempo que as valoriza, traz o risco de transformá-las em algo mais utilitarista, funcionalista e objetivo do que de fato são.
Capacitação de Agentes Indígenas de Saúde: proposta de reformulação curricular
(1998) Universidade Federal do Amazonas
O Curso de capacitação pedagógica procurou conjugar estratégias de capacitação de recursos humanos em saúde com a elaboração participativa de uma proposta de reformulação curricular para orientar a capacitação dos AIS do Alto Rio Ngero. Produziu-se uma proposta de currículo reorientando para o desenvolvimento de práticas de vigilância em saúde, educação e comuncação em saúde e aprimoramento do cnrtole social do sistema local de saúde.
Boletim Epidemiológico: Homenagem aos povos indígenas: situação epidemiológica das zoonoses e doenças de transmissão vetorial em áreas indígenas
(Ministério da Saúde, 2021-04) Brasil. Ministério da Saúde. Serviço de Vigilância em Saúde
Aspectos clínicos e epidemiológicos de acidentes ofídicos na região do Alto Juruá, oeste da Amazônia brasileira
(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2019) Silva, Ageane Mota da; Colombini, Mônica; Moura-Da-Silva, Ana Maria; Souza, Rodrigo Medeiros de; Monteiro, Wuelton Marcelo; Bernarde, Paulo Sérgio
Este estudo aborda os aspectos clínicos e epidemiológicos dos envenenamentos ofídicos tratados em um hospital em Cruzeiro do Sul, Acre, resultantes de acidentes que ocorreram na região do Alto Juruá, no oeste da Amazônia brasileira. A identidade específica das serpentes que causaram os envenenamentos foi inferida (a) pelos sinais e sintomas apresentados pelo paciente na admissão hospitalar, (b) por imunoensaio enzimático para detecção de veneno de Bothrops atrox e Lachesis muta em amostras de soro retiradas de pacientes antes da soroterapia, e (c) pela identificação direta da serpente, quando esta foi levada para o hospital ou fotografada. Houve 133 casos (76,2 casos por 100.000 habitantes) de acidentes ofídicos registrados durante um ano (julho 2017 a junho 2018). A maioria das picadas de serpentes (88,7%) foi causada por Bothrops spp., e o restante por espécies não peçonhentas ou “picadas secas”. Os acidentes ofídicos tenderam a ocorrer com maior frequência durante a estação chuvosa, coincidindo com o período de maior atividade reprodutiva das serpentes e maior disponibilidade de suas presas. Além disso, o aumento dos níveis de rios e lagos pode fazer com que esses animais procurem locais mais secos, aumentando a frequência de encontro com seres humanos. Campanhas educativas sobre prevenção e primeiros socorros, principalmente entre os grupos mais vulneráveis (indígenas, agricultores, crianças e adolescentes em áreas rurais), e sobre a importância da utilização de equipamentos de proteção (botas, perneiras, luvas de couro) em determinadas atividades de maior risco (e.g., agricultura e extrativismo em florestas), são fundamentais para reduzir a morbidade de picadas de serpentes.