DIP - Dissertações de Mestrado
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Item Acompanhamento clínico e terapêutico de pacientes com leishmaniose tegumentar americana na terra indígena Xakriabá, São João das Missões, Minas Gerais/Brasil, 2008 – 2010.(2011) Freire, Janaina de Moura; Gontijo, Célia Maria FerreiraA comunidade indígena Xakriabá, localizada no município de São João das Missões, norte de Minas Gerais/Brasil, tem registrado casos de leishmaniose tegumentar americana (LTA) desde 2001. O presente estudo teve como objetivo descrever os casos identificados desde Junho de 2008 a setembro de 2010 , bem como acompanhar a evolução a evolução clínica dos casos até 12 meses após o fim do tratamento. Os casos suspeitos foram identificados em um levantamento da população e pelos agentes de saúde indígenas. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os pacientes foram entrevistados e avaliados clinicamente, e as informações foram registradas em questionários estruturados e pré-codificados. O diagnóstico foi confirmado por testes intradérmicos de reação (IDR), exames parasitológicos ( exame direto, fragmento de biópsia ou aspirado cultura e técnicas moleculares ( PCR- RFLP). Os diagnósticos confirmados foram aqueles que testou positivo para pelo menos um dos testes. Hematológica , testes bioquímicos e eletrocardiograma (ECG) foram realizados antes, durante e no final do tratamento com antimónio pentavalente meglumina. Doses de 15 mg/kg/dia durante 20 dias (leishmaniose cutânea) e 20 mg/kg/dia durante 30 dias ( leishmaniose mucosa) foram utilizados . Entre os 94 pacientes com lesões cutâneas avaliadas, 89 foram confirmados como LTA e 60 tratados e monitorados. os casos vieram de cinco áreas existentes, com maior ocorrência nas áreas conhecidas como "Brejo Mata Fome" (47,5% casos) e "Itapicuru" ( 43,8% dos casos). A distribuição dos casos foi semelhante entre os homens (51,7%) e mulheres (48,3%) . Idade dos pacientes variou de 1 a 72 anos, com a mediana de 18 anos. Os casos ocorreram predominantemente entre os trabalhadores rurais que ganham menos de um salário mínimo. Maioria dos pacientes apresentava lesões atípicas (70,1%) e uma única lesão (60,7%). O tempo entre o início da lesão eo diagnóstico variou de menos de um mês até 72 meses. Não houve contra-indicações para o uso de antimônio pentavalente. Sessenta pacientes foram tratados e, após o 20 º dia, 24 (40,0%) apresentavam lesões que foram completamente epitelizadas enquanto outros apresentaram os parcialmente cicatrizadas. Esses dois grupos foram comparados por características demográficas, co-infecções, número, tamanho, aparência e localização das lesões, tempo de início dos sintomas, infecções bacterianas, uso de medicamentos caseiros ou comerciais, tamanho de endurecimento, a descontinuidade do tratamento , resultados de testes de diagnóstico e genótipos de Leishmania braziliensis. Após 20 dias de tratamento, epitelização completa esteve associada a lesões parcialmente epitelizadas no primeiro exame clínico (OR = 6,5, IC 95 % = 2,0-21,7) e infecção bacteriana (OR = 0,1, IC 95 % = 0,0-0,7) . Uma avaliação realizada 90 dias após o final do tratamento indicou que 44 pacientes (73,3%) apresentaram lesões completamente epitelizadas. Quando estes pacientes foram comparados aos com lesões não-cicatrizadas houve uma associação entre a falha do tratamento e LTA anterior no passado (OR = 8,2, IC 95% = 1,5-46,3), uso de medicação caseira (OR = 7,10 , IC 95 % = 1,6-71,9) e tempo de início dos sintomas superior a 8 meses (OR = 6,3, IC95% = 1,1-36,7). Seis ( 10%) recidivas foram observados casos. Entre os 60 pacientes tratados, 35 não havia completado um ano de monitoramento, no momento da análise de dados. Esperamos que com este estudo possa ampliar o conhecimento a respeito de LTA e contribuir para a melhoria do diagnóstico e tratamento da a doença na comunidade indígena Xakriabá.Item Análise da soroprevalência da hepatite A em povoados de Tocantinópolis e índios Apinajé em Tocantins - Brasil(2013) Oliveira, Guilherme de Macêdo; Paula, Vanessa Salete deA hepatite A é uma doença hepática aguda, causada pelo vírus da hepatite A (HAV), um vírus de RNA da família Picornaviridae com transmissão fecal-oral. Atualmente, o Brasil apresenta um padrão de endemicidade intermediária da doença. Normalmente, a doença possui curso autolimitado e é benigna, porém existem formas graves que podem causar insuficiência hepática aguda em 0,01% dos casos. Além de medidas sanitárias, outro método importante de prevenção é a utilização de vacinas inativadas, esta porém só é utilizada na imunização de grupos de risco. É conhecido o elevado risco de infecção pelo HAV em comunidades nativas no mundo, no entanto, poucos trabalhos abordam este tema em comunidades indígenas do Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de hepatite A em aldeias e povoados pertencentes a reserva Apinajé, Tocantinópolis/TO. Foram analisadas 799 amostras sorológicas para anti-HAV total, sendo 358 indígenas e 441 dos povoados locais, em onze comunidades geograficamente separadas. Para tal, utilizou-se o Kit imunoenzimático comercial da marca Diasorin®. A prevalência total de anti-HAV na população estudada foi de 85,5 %. A localidade que apresentou maior prevalência foi a Aldeia Girassol (95,5%) Observou-se o aumento da prevalência de anti-HAV com o envelhecimento da população, sendo menor a prevalência (32,7%) observada no grupo etário mais jovem (0-2 anos) e maior prevalência (100%) acima dos 40 anos de idade. Observa-se que, entre os indígenas, 84,87% possuem anti-HAV reagente e nos povoados 85,97%, não havendo diferença ao comparar estas prevalências. Observamos que 39% das crianças até 12 anos estão sob risco de adquirir a doença, e até os 5 anos este número sobe para 59%, logo, a população média suscetível à hepatite A é baixa por situar-se entre a faixa de 5 à 14 anos. A reserva Apinajé apresenta prevalência intermediária de anti- HAV, tanto nas aldeias quanto nos povoados. Em relação a tendência de soroconversão de hepatite A, nas aldeias isto ocorre com maior frequência durante a transição da fase pré-escolar para escolar, enquanto que nos povoados este risco se dá entre a fase escolar e a adolescência. A prevalência encontrada em crianças e adolescentes reforça a possibilidade da implementação da vacina contra hepatite A no calendário infantilItem Análise geoestatística de doenças na população indígena no Amapá e norte do Pará(2016) Souza, João Marcos Seixas Alves; Baltatu, Ovídiu Costantin; Baltatu, Luciana Aparecida CamposO estudo apresenta dados quantitativos sobre as causas de morte de índios no Amapá e Norte do Pará, atendidos pelo DSEI-AP/FUNAI. O objetivo deste estudo foi analisar as causas de morte de índios no Amapá e Norte do Pará e em seguida referenciar geograficamente essas informações elaborando o Mapa de Saúde Indígena. O trabalho com as causas de mortalidade indígena, levando em consideração os três anos de estudo retrospectivo, apontou no levantamento de dados no DSEI-AP e Norte do Pará o número total de 93 casos de mortes de indígenas nos anos de 2008, 2009 e 2010 nos 6 Pólos estudados. O índice de prevalência demonstrou que nos anos de 2008, 2009 e 2010 os casos de DAR (Doenças do Aparelho Respiratório) junto com os casos de diagnósticos mal definidos foram os mais prevalentes (47,4%). Os casos de DAR foram de alta prevalência na maioria dos polos indígenas estudados: Manga (28,6%), Bona (27,3%), LAI (27,3%), Aramirã (28,6%), Kumarumã (26,1%), Kumenê (22%). Houve ainda a manifestação das ocorrências do grupo de doenças não bem definidas responsáveis por mortes indígenas. Observa-se que esta população tem morrido mais em virtude de doenças infecto-contagiosas do que doenças crônicas, o que traz um diferencial entre a população geral e mesmo urbana no brasil, pois ao contrário, os maiores causadores de mortes no país e nas populações urbanas são por causas crônicas como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, câncer, insuficiência renal crônica. Com relação à alta prevalência de mortes por causas mal definidas, observamos uma redução nos casos de mortes com variação de 31,3% em 2008 para 13,6% em 2010, o que indica melhora nas condições de vida como a melhora no acesso à saúde para a população de índios no Amapá e Norte do ParáItem Anemia em crianças indígenas da etnia karapotó, São Sebastião - Alagoas(2009) Pereira, Janaina Ferro; Oliveira, Maria Alice AraújoAnemia is a "agravo" that transcend in magnitude and assail in a more intense way the childish group, where it brings grave consequences to children growth, endangering the individual and the society. The purpose was describing the anemia prevalence and its relation with several associated factors in a indigenous ethnic. Using a transversal studying the studied population was formed by all children from 6 to 59 months from Karapató ethnic that were in hamlet at the moment of teh studying (n=99), Plak-ô Hamlets' (n=34) and Terra Nova's (n=65) residents, city of São Sebastião - Alagoas. The anemia evaluation was made by hemoglobine dosage "mediante" the use of a Hemocue portable "fotômetro". The food security perception was evaluated in all families in the study, using the Food Insecurity Brazilian Scale (from EBIA, in portuguese), "coproparasitológicos" exams were analyzed by the spontaneous methods (HPJ) and Cato/Kats and the nutritional state classification was made from indexes: stature/age, weight/age, weight/stature. Children's anemia prevalence was 57.5% while maternal anemia was 41.6%. Hemoglobine level of children increased in function of maternal age and education, and decreased among children with weight deficit for stature and precocious weaning. Anemia prevalence associated to a higher number of family members and lower possession of items of use, to the housing and the food (in)security. The "enteroparasitoses" and anemia prevalences were higher in Terra Nova hamlet (70.2%, 70.7%, respectively) compared with Plak-ô hamlet (62.9%, 32.3%, respectively too), presenting significant differences in the anemia prevalences per hamlet. A higher frequency of poliparasitismo , like cases of moderated and grave anemia cases were detected in Terra Nova hamlet. The food in(security) prevalence in Terra Nova and Plak-ô hamlets was 84.3% and 85.7%, respectively. "Enteroparasitoses" associated to a lower number of house rooms and a higher age range in children from Terra Nova hamlet. Between hamlets, the discovered significant differences were with regard to anemia, maternal literacy and maternal weaning. In a general way, the presented grave situation reflects the complexity of a population living in substandard conditions of life and in a search for its cultural identity, in constant confront with questions with regard to its ethnic survival, like the land possession and the survival ways that clearly ensues int the detected discrepancies between the hamlets in which the Karapotó people are distributed.Item Aspectos epidemiológicos da malária por Plasmodium vivax no Brasil(2013) Viana, Dione Viero; Santos, Marina Atanaka dosItem Avaliação dos serviços de saúde indígenas e não indígenas no controle da tuberculose(2014) Lemos, Everton Ferreira; Croda, Julio Henrique RosaItem Biodiversidade de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) na aldeia indígena Jaguapiru, Dourados, Mato Grosso do Sul, 2008 - 2009: Implicações epidemiológicas(2010) Santos, Kleiton Maciel dos; Gaona, Jairo Campos; Dorval, Maria Elizabeth Moraes CavalheirosA aldeia indígena Jaguapiru, reúne condições favoráveis que levam a população indígena viver sob o risco de ocorrência de casos humanos de leishmanioses. O trabalho teve como objetivo caracterizar os principais fatores ambientais que podem influenciar na dinâmica de transmissão de leishmanioses na aldeia, e determinar como esses fatores interagem. As coletas dos espécimes de flebotomíneos foram realizadas de dezembro de 2008 a novembro de 2009, com armadilhas luminosas tipo CDC e armadilhas de Shannon nas cores branca e preta. Foi registrada a presença de vetores reconhecidos na transmissão de leishmaniose tegumentar (LT) – Nyssomyia whitmani, Migonemyia migonei, Nyssomyia neivai, Pintomyia pessoai e de leishmaniose visceral (LV) – Lutzomyia longipalpis, tanto no interior de residências quanto no peridomicílio. Os vetores de leishmaniose ocorreram com maior abundância no ambiente antrópico. No ambiente de mata foi registrado positividade para o gênero Leishmania pela reação em cadeia da polimerase (PCR), nas espécies Nyssomyia whitmani, Pintomyia pessoai, Psathyromyia shannoni, Psathyromyia punctigeniculata, Evandromyia cortelezzii, Pintomyia christenseni e Brumptomyia galindoi. Foi encontrada uma associação de preferência na composição e abundância das espécies de flebotomíneos com os ecótopos de coleta (mata, residências, hospital), verificando-se variação na composição de espécies e sendo o ambiente de mata o que apresentou maior diversidade. Existe a possibilidade de que a transmissão de Leishmania possa ser influenciada pela presença de residências próximas de vegetação arbórea e pela composição de espécies. O risco de transmissão reflete a necessidade de implementação de atividades de prevenção das leishmanioses e controle dos flebotomíneos.Item Diagnóstico molecular de infecção malárica em aldeias indígenas ianomâmis(2016) Robortella, Daniela Rocha; Carvalho, Luzia Helena; Souza, Tais Nóbrega deNos últimos anos, a incidência de malária no Brasil vem reduzido significativamente, particularmente, em virtude das medidas de controle. Neste novo cenário, faz-se necessário identificar e tratar a malária submicroscópica, uma vez que estes indivíduos constituem fonte de infecção para o mosquito vetor. Neste contexto, nosso grupo de pesquisa vem aprimorando o diagnóstico molecular de malária e, recentemente, padronizou uma reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR), altamente sensível, para a detecção de alvos não ribossomais (Pvr47 e Pfr364) dos plasmódios. Baseado nestes achados, o objetivo do presente trabalho foi investigar a malária subpatente em tribos indígenas de povos Ianomâmis, onde as baixas parasitemias parecem ser frequentes. A população de estudo foi constituída de indivíduos pertencentes a cinco aldeias ianomâmis do Polo Base Marari, estado do Amazonas. O estudo envolveu dois cortes transversais, sendo realizados nos meses de setembro (primeiro corte transversal) e novembro (segundo corte trans versal) de 2014. Foram incluídos no estudo um total de 914 indígenas, com cerca de 1590 amostras de sangue coletadas em papel de filtro. Para o diagnóstico molecular de malária, quatro diferentes protocolos de PCR foram utilizados, sendo três baseados em alvos ribossomais (18S rRNA) e um em alvos não ribossomais (Pvr47/Pfr364) dos plasmódios. Os resultados aqui obtidos permitiram demonstrar que os alvos Pvr47/Pfr364 foram os mais sensíveis para o diagnóstico de malária submicroscópica, embora não se mostraram adequados para o diagnóstico de espécie. Dentre os protocolos baseados no gene 18S rRNA aqui utilizados (Nested-PCR, RT-Mangold e RT-Rougemont), a Nested-PCR (método molecular de referência) se mostrou mais apropriada para o diagnóstico específico das infecções maláricas submicroscópicas. Em conjunto, este estudo de infecção malárica em populações ianomâmis permitiu demonstrar que: (i) enquanto 0,9% das amostras foram positivas pela microscopia ótica (MO), diagnóstico de rotina, os protocolos moleculares identificaram 7,8% de postividade; (ii) P. vivax foi a espécie predominante, seguido do P. malariae e P. falciparum em proporções similares; (iii) a positividade por malária diminuiu com a idade (crianças>adolescentes>adultos) e foi influenciada pelas variações sazonais (setembro>novembro); (iv) a prevalência de malária variou significativamente nas diferentes aldeias, sugerindo que a doença não está homogeneamente distribuída na área de estudo. Espera-se que os resultados aqui obtidos possam contribuir para o direcionamento e monitoração de medidas de controle em reservas indígenas, bem como estimar a real incidência de malária nas áreas sob vigilância epidemiológica.Item Enteroparasitoses em populações indígenas no Brasil: uma revisão sistemática da produção científica(2003) Vieira, Giovane Oliveira; Santos, Ricardo VenturaOs povos indígenas no Brasil vêm experimentando, ao longo do tempo, experiências distintas de interação com a sociedade nacional. Não obstante, é inquestionável a intensidade dos processos de mudanças sócio-econômicas, culturais e ambientais, com amplos impactos sobre a saúde. A ineficiência dos sistemas de informações impossibilita o delineamento e a análise satisfatória do perfil epidemiológico dos povos indígenas, ainda que seja evidente que as doenças infecto-parasitárias representem uma das principais causas de morbimortalidade. O enteroparasitismo constitui um importante agravo à saúde indígena. Ainda que o número de pesquisas desenvolvidas nas últimas décadas seja reduzido, nota-se que têm crescido em número. O objetivo desta pesquisa foi avaliar, de forma crítica e sistematizada, a produção científica sob a forma de artigos, dissertações/teses e resumos de congresso que abordem o enteroparasitismo em populações indígenas no Brasil. Os resultados indicam que, apesar do aumento da produção científica abordando o tema e do incremento da complexidade metodológica dos mesmos, ainda há acentuadas lacunas no que diz respeito à qualidade dos dados apresentados. A ampla maioria dos estudos é de prevalência. Em muitos estudos não foi possível identificar quais foram os procedimentos amostrais utilizados, tendo em geral prevalecido a amostragem por conveniência. Uma importante parcela dos estudos não apresenta os resultados especificando a ocorrência do parasitismo por sexo e/ou idade. Há grande heterogeneidade quanto aos critérios de diagnóstico adotados, com predomínio de técnicas qualitativas. Poucos mencionaram técnicas para determinação da intensidade parasitária. Não há uniformidade quanto à apresentação os fatores de exposição, tornando difícil o resgate dessas informações. Em geral, os estudos apontam para altas prevalências de parasitismo por helmintos (sobretudo Ascaris lumbricoides e ancilostomídeos) e protozoários, bem como de poliparasitismo. Na parte final da dissertação, os achados são contextualizados levando em consideração o crescimento das pesquisas em saúde indígena no âmbito da saúde coletiva no Brasil. É também apontada a necessidade de uma maior padronização das pesquisas sobre enteroparasitismo, de modo a aumentar a comparabilidade e, eventualmente, subsidiar os serviços de saúde com informações relevantes para efetuar intervenções.Item Estudo das movimentações periódicas dos Yanomami e suas relações com a endemicidade (transmissão) da oncocercose em Watatas (Xitei/Xidea), Roraima - Brasil(2001) Souza, Fabiana dos Santos e; Py Daniel, VictorApesar das diversas intervenções culturais provocadas por missionários, militares, garimpeiros, agentes da FUNAI, pesquisadores etc., os Yanomami ainda mantém os seus sistemas culturais tradicionais com poucas alterações. O comportamento semi-nômade é uma das principais características deste grupo, sendo importante para o seu sistema econômico, cultural e social. É através das movimentações que os laços culturais com as comunidade vizinhas são reforçados, as proteínas são adquiridas na caça e as vitaminas e calorias nas atividade de coleta pela floresta, complementando assim, a dieta proveniente das roças. No entanto, o contato e a presença não indígena "nape" no período da colonização resultou na introdução de diversas endemias alóctone, como a malária, a tuberculose e a oncocercose. O objetivo deste trabalho realizado com o grupo indígena Yanomami, no pólo de saúde Xitei, ao longo do ano de 2001, foi verificar através de questionários, gravações e fotos a freqüência e as principais causas das movimentações Yanomami, observando se as mesmas influenciam ou não na continuidade de transmissão da oncocercose. Existe a hipótese de que a endemia esteja sendo mantida devido as movimentações. Este trabalho mostrou que nos dias atuais o maior contingente de movimentação é ocasionado pela necessidade de tratamento médico, assim foi possível observar um fluxo cada vez maior de indígenas da Venezuela para territórios brasileiros, porém também continuam a existir em alta freqüência os seus movimentos tradicionais para caça, coleta, festas, visitas, reuniões, entre outros. A permanência deste aspecto cultural pode ser o principal fator que garante a sobrevivência destes indígenas na Floresta Tropical ÚmidaItem Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) e as Leishmanioses na Terra Indígena Xakriabá, Minas Gerais, Brasil(2013) Rêgo, Felipe Dutra; Contijo, Célia Maria FerreiraAs leishmanioses são protozooses de alta prevalência em regiões tropicais como o Brasil e são transmitidas por vetores flebotomíneos, cujos hospedeiros são compostos por diferentes espécies animais vertebrados. O objetivo deste trabalho foi estudar os aspectos entomológicos relacionados à epidemiologia das leishmanioses na aldeia Imbaúbas da Terra Indígena Xakriabá, Município de São João das Missões, Minas Gerais. Durante o período de julho de 2008 a julho de 2009 foram realizadas seis coletas de flebotomíneos sendo dispostas 40 armadilhas luminosas no peridomicílio de 20 casas sorteadas aleatoriamente. Entre outubro de 2011 a agosto de 2012 foram realizadas seis campanhas de captura de flebotomíneos e 20 armadilhas luminosas foram distribuídas em 4 trilhas (cinco armadilhas por trilha) previamente demarcadas para estudo de hospedeiros silvestres e sinantrópicos de Leishmania. Foram utilizados testes estatísticos para avaliar diferenças no padrão de distribuição de espécies, riqueza e abundância de flebotomíneos nos diferentes ecótopos. Um total de 8.046 flebotomíneos pertencentes a 28 espécies e 11 gêneros foram coletados e identificados. As spécies Lutzomyia longipalpise Nyssomyia intermediaforam as mais abundantes no peridomicílio enquanto Martinsmyia minasensise Lutzomyia cavernicolaas mais abundantes nas trilhas de coleta. As fêmeas foram dispostas em "pools" contendo no máximo dez espécimes da mesma localidade, espécie e data de coleta para pesquisa de DNA de Leishmania spp. por métodos moleculares. A identificação da espécie de Leishmaniafoi feita a partir da técnica de ITS1PCR-RFLP utilizando a enzima HaeIIIe o sequenciamento genético para um alvo do gene SSUrRNA. Foi possível detectar a presença de DNA de Leishmaniaem 11 amostras provenientes do peridomicílio: Lu. longipalpis (2), Ny. intermedia(4); Lu. renei(2); Lu. ischnacantha; Micropygomyia goiana e Evandromyia lenti. Com relação às trilhas, foi possível verificar a presença de DNA de Leishmania em 12 amostras: Mt. minasensis (5); Ny. intermedia(3); Mi. peresi(2); Mi. capixabae Ev. lenti. Os resultados obtidos reforçam a importância epidemiológica das espécies Lu. longipalpise Ny. intermediana transmissão da leishmaniose visceral e tegumentar respectivamente, além do encontro de outras espécies com DNA de Leishmania como Mt. minasensise Ev. lenti que podem participar de um ciclo silvestre e/ou sinantrópico de Leishmania na área de estudosItem Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) e as Leishmanioses na Terra Indígena Xakriabá, Minas Gerais, Brasil(2013) Rêgo, Felipe Dutra; Gontijo, Célia Maria FerreiraAs leishmanioses são protozooses de alta prevalência em regiões tropicais como o Brasil e são transmitidas por vetores flebotomíneos, cujos hospedeiros são compostos por diferentes espécies animais vertebrados. O objetivo deste trabalho foi estudar os aspectos entomológicos relacionados à epidemiologia das leishmanioses na aldeia Imbaúbas da Terra Indígena Xakriabá, Município de São João das Missões, Minas Gerais. Durante o período de julho de 2008 a julho de 2009 foram realizadas seis coletas de flebotomíneos sendo dispostas 40 armadilhas luminosas no peridomicílio de 20 casas sorteadas aleatoriamente. Entre outubro de 2011 a agosto de 2012 foram realizadas seis campanhas de captura de flebotomíneos e 20 armadilhas luminosas foram distribuídas em 4 trilhas (cinco armadilhas por trilha) previamente demarcadas para estudo de hospedeiros silvestres e sinantrópicos de Leishmania. Foram utilizados testes estatísticos para avaliar diferenças no padrão de distribuição de espécies, riqueza e abundância de flebotomíneos nos diferentes ecótopos. Um total de 8.046 flebotomíneos pertencentes a 28 espécies e 11 gêneros foram coletados e identificados. As spécies Lutzomyia longipalpise Nyssomyia intermediaforam as mais abundantes no peridomicílio enquanto Martinsmyia minasensise Lutzomyia cavernicolaas mais abundantes nas trilhas de coleta. As fêmeas foram dispostas em "pools" contendo no máximo dez espécimes da mesma localidade, espécie e data de coleta para pesquisa de DNA de Leishmania spp. por métodos moleculares. A identificação da espécie de Leishmaniafoi feita a partir da técnica de ITS1PCR-RFLP utilizando a enzima HaeIIIe o sequenciamento genético para um alvo do gene SSUrRNA. Foi possível detectar a presença de DNA de Leishmaniaem 11 amostras provenientes do peridomicílio: Lu. longipalpis (2), Ny. intermedia(4); Lu. renei(2); Lu. ischnacantha; Micropygomyia goiana e Evandromyia lenti. Com relação às trilhas, foi possível verificar a presença de DNA de Leishmania em 12 amostras: Mt. minasensis (5); Ny. intermedia(3); Mi. peresi(2); Mi. capixabae Ev. lenti. Os resultados obtidos reforçam a importância epidemiológica das espécies Lu. longipalpise Ny. intermediana transmissão da leishmaniose visceral e tegumentar respectivamente, além do encontro de outras espécies com DNA de Leishmania como Mt. minasensise Ev. lenti que podem participar de um ciclo silvestre e/ou sinantrópico de Leishmania na área de estudosItem Hanseníase em indígenas no Brasil no período de 2001 a 2011(2014) Teófilo, Jullyana da Silva; Santos, Marina Atanaka dos; Santos, Emerson Soares dosA hanseníase é uma doença que acomete cerca de 0,4 milhões de pessoas no mundo, esta tem sido frequente na população indígena em geral (sobre a qual há poucos estudos). O maior contato interétnico gerou a proliferação de endemias de doenças transmissíveis entre os indígenas, dentre elas a hanseníase. Objetivo geral: Analisar a ocorrência de hanseníase em indígenas no Brasil entre os anos de 2001 e 2011. Métodos: Estudo ecológico baseado em um banco de dados secundários de casos novos de hanseníase declarados indígenas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período entre 2001 e 2011 no Brasil. Estimou-se a população indígena através do método de Progressão Geométrica, a partir de dados do Censo 2000 e 2010 por microrregiões, mesorregiões e municípios. Estes foram divididos em três períodos (2001-2004, 2005-2008 e 2009- 2011) na elaboração dos mapas. Calculou-se a taxa de detecção da hanseníase e para todas as taxas anuais que são mostradas por região e estado foram calculadas por médias móveis de três anos. Os parâmetros de classificação das taxas de detecção, avaliação e Grau II de incapacidade, foram baseados aos preconizados pela Organização Pan-Americana da Saúde e pela Portaria nº 3.125, de 7 de outubro de 2010. A análise da distribuição espacial do agravo foi feita pela distribuição de casos por município, utilizando o Teste de Moran. A visualização das áreas foram realizadas através de mapas do coeficiente de detecção da hanseníase, Box Map e Moran Map entre os anos de 2001 e 2011. Resultados: As regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentam as maiores taxas de detecção de hanseníase em indígenas, principalmente no período entre 2005-2008 com 4,41 e 2,61 casos/10.000 habitantes, respectivamente. Dos 1.476 casos, 841 ocorreram no sexo masculino (56,98%) e 518 foram multibacilares. Houve maior frequência em maiores de 15 anos e residentes em área urbana. O Box Map da mesorregião indicou um aumento das áreas de maior prioridade de controle Q(+/+) nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Quatro mesorregiões dos estados de Pernambuco e Sergipe eram da área Q(+/+) entre 2001 e 2004 e se tornaram Q(-/-) nos demais períodos. O Box Map da microrregião aponta uma tendência diminuição das áreas de maior Q(+/+) e menor prioridade Q(-/-). Quatro microrregiões que eram de classificação baixa e da área de menor prioridade Q(-/-) entre 2001 e 2004 passaram para a classificação hiperendêmica e para a área de maior prioridade Q(+/+) nos dois últimos períodos. Dezessete microrregiões hiperendêmicas permaneceram nesta classificação nos três períodos e três destas migraram para área de maior prioridade Q(+/+), uma no Maranhão entre 2005 e 2008 e duas no Maranhão e Pará, entre 2009 e 2011. Conclusões: Os resultados encontrados nesse estudo mostram a relevância da hanseníase na população indígena, evidenciam uma situação endêmica e remetem a um problema de saúde pública. A distribuição espaço-temporal da hanseníase na população indígena é de tamanha importância para tomada de decisões, pois permite uma melhor visualização etnoepidemiológica da doença.Item “Iina uchiji jinawai”: AIDS e o cotidiano Awajún (Amazônia Peruana)(2019) Flores Rojas, María Ximena; Olschewski, Luisa Elvira BelaundeEsta dissertação mostra os caminhos adotados por jovens awajún e suas famílias após o diagnóstico de HIV ou AIDS; uma condição que desde o 2005 afeta as comunidades indígenas do distrito de El Cenepa, e que foi incorporada ao cotidiano awajún sobre as formas de “játa AIDS” e/ou “waweamu com sintoma de AIDS”. Essas noções awajún expressam a perspectiva indígena sobre o que é chamado pelos serviços de públicos de saúde como VIH e AIDS. O principal objetivo de esta dissertação é entender o corpo awajún como um continuum de dobras físicas e espirituais onde se tecem as linhas de cuidado e as práticas terapêuticas, nos quais as famílias vivem as experiências de “játa AIDS” e “waweamu com sintoma de AIDS”. Examino as dinâmicas familiares de resguardo, interpretação e cura, onde as mães são as protagonistas no fazer e refazer das vidas de seus filhos, principalmente através do uso de plantas. Baseado em um trabalho etnográfico nas comunidades awajún do distrito de El Cenepa, presento as histórias de vida de varões awajún soropositivos, de entre 14 e 35 anos, que mostram as linhas que se cruzam nos conhecimentos biomédicos e indígenas diante das epidemias apách (não indígenas) que estraram em seus territórios ao longo da história, e que atualmente recebem atenção deficiente pelos serviços de saúde do Estado peruano. Longe de uma história exclusiva do sofrimento, esta dissertação é uma pequena mostra da criatividade no “fazer vida” das famílias awajúnItem Infecção pelo herpesvírus 8 humano (HHV-8) em populações indígenas e não indígenas da Amazônia brasileira(2009) Sumita, Laura Masami; Pannuti, Cláudio SérgioO Herpesvírus 8 humano (HHV-8) é hiperendêmico na população indígena, mas os seus mecanismos de transmissão ainda são desconhecidos. Método: Os anticorpos contra o antígeno LANA e lítico do HHV-8 foram detectados por imunofluorescência, em 339 indígenas e 181 não-indígenas da Amazônia brasileira. Marcadores sorológicos de transmissão oro-fecal (hepatite A), parenteral (hepatites B e C) e sexual (herpes simples 2 e sífilis) foram detectados por Elisa específicos. O DNA do HHV-8, extraído da saliva, foi detectado por nested-PCR e sequenciado. Resultados: Os anticorpos contra o antígeno LANA ou lítico foram detectados em 79,1% nos indígenas e 6,1% nos não-indígenas. A soroprevalência do HHV-8 aumentou com a idade entre os indígenas sendo que as crianças já apresentavam alta prevalência, mas não houve diferença com relação ao sexo em nenhuma das populações. As populações indígenas e nãoindígenas não apresentaram diferenças na soroprevalência para os marcadores de transmissão oro-fecal e parenteral, entretanto a soroprevalência de marcadores de transmissão sexual foi menor entre os indígenas. O DNA do HHV-8 na saliva foi detectado em 23 % dos indígenas soropositivos. A detecção de DNA do HHV-8 diminuiu com a idade e foi mais comum em homens. As amostras positivas foram sequenciadas e agrupadas como subtipo E. Conclusão: Os dados sugerem a hipótese de transmissão horizontal e precoce, via saliva, do subtipo E do HHV- 8 na população indígena.Item Malária em terras indígenas habitadas pelos Pakaanôva (Wari), estado de Rondônia, Brasil. Estudo epidemiológico e entomológico(2003) Sá, Daniella Ribeiro; Santos, Reinaldo Souza dos; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresItem Marcadores de enteropatogenicidade em amostras de Escherichia coliisoladas de crianças indígenas - etnia Guarani, Sul do estado do Rio de Janeiro(2013) Coelho, Carla Verçoza Lopes; Mangia, Adriana Hamond Regua; Périssé, André Reynaldo SantosItem Morbidade por esquistossomose mansônica nas terras indígenas Maxakali e Xakriabá, Minas Gerais(2014) Nicolato, Aline Joice Pereira Gonçalves; Marinho, Carolina Coimbra; Coelho, George Luiz Lins MachadoA morbidade por esquistossomose nas populações indígenas Maxakali e Xakriabá, habitantes de áreas endêmicas para a doença no Estado de Minas Gerais, não é conhecida. Os objetivos deste trabalho foram determinar a prevalência e a carga parasitária da infecção por Schistosoma mansoni por intermédio do exame parasitológico de fezes, e a gravidade das formas da esquistossomose mansônica por exame clínico e ultrassonográfico e investigar sua associação com as características clínico-epidemiológicas específicas de cada população indígena. Foram realizados o exame clínico e ultrassonografia abdominal em todos os indivíduos com mais de quatro anos de idade, na população Xakriabá; e naqueles com mais de 15 anos de idade do sexo masculino, na população Maxakali. A avaliação ultrassonográfica foi realizada conforme protocolo da Organização Mundial da Saúde. Na Terra Indígena (TI) Xakriabá (n=148) foi encontrada prevalência de 26,7% da infecção por esquistossomose, e carga parasitária moderada (194,2 ovos por grama de fezes). A média de idade dos infectados foi 12,5 anos. Foi diagnosticada fibrose periportal em 28,6% dos indivíduos, com predomínio das formas leves. Foram identificadas as formas hepatintestinal e hepatesplênica em 38,4% e 0,7% das pessoas examinadas, respectivamente. Na TI Maxakali (n=149), foi encontrada fibrose periportal em 8,3% dos indivíduos avaliados, com prevalência de 6,9% e 1,4% das formas hepatintestinal e hepatesplênica, respectivamente. As populações estudadas caracterizaram-se por alto risco de infecção e presença de formas hepáticas graves.Item A mulher Terena em tempos de AIDS: um estudo de caso da aldeia Limão Verde, município de Aquidauana – MS(2004) Lacerda, Léia Teixeira; Leonzo, NanciEsta pesquisa vida descrever como os comportamentos sexuais e privados são vivenciados historicamente pelo povo Terena da Aldeia Indígena Limão Verde, localizada no município de Aquidauana - MS. Essa descrição nos dará subsídios para a compreensão a respeito das condições de saúde das mulheres Terena em relação aos comportamentos sexuais de riscos referente ao contágio da AIDS, no período temporalmente demarcado entre 1980 a 2000, dando prioridade às representações simbólicas da doença na comunidade e a forma pela qual essas representações têm sido percebidas no dia-a-dia das mulheres. As fontes utilizadas na investigação foram a Política de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, os registros das Oficinas de Prevenção as DSTs e AIDS realizadas em 1998, as sessões de entrevistas orais com as mulheres que participaram das Oficinas na aldeia e os Boletins Epidemiológicos publicados pelo Ministério da Saúde do Brasil no período acima mencionado. Os dados foram analisados numa perspectiva da história do tempo presente e contribuições da história indígena, assim como, as ponderações sociais e psicológicas da doença. Defendemos a idéia de que o pesquisador ao investigar e descrever a história da AIDS, entre diferentes atores sociais depara-se com um tempo e um espaço histórico de sucessivas mudanças, tanto nas reações imunológicas e nas categorias do contágio, quanto no aspecto histórico e social da doença. Os resultados desta reflexão revelaram que a AIDS, também, deverá deixar para a humanidade lições e experiências contraditórias para a educação dos sentidos, tanto de homens como de mulheres, índios e não-índios, uma delas, sem dúvida, será a aprendizagem da prevenção do comportamento sexual de risco, que requer amadurecimento nas relações sexuais e afetivas, desvinculadas das marcas hipócritas da burguesia do século XIX, estudadas por Gay (1988), como forma do avanço individual e coletivo de proteção à vida humana.Item O Controle da Tuberculose no Parque Indígena do Xingu: Protagonismo dos Profissionais Indígenas e Vulnerabilidade(2016) Rabelo, Vânia Fernandes; França, Francisco Oscar de Siqueira