Análise da soroprevalência da hepatite A em povoados de Tocantinópolis e índios Apinajé em Tocantins - Brasil
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Dissertation
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2013
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A hepatite A é uma doença hepática aguda, causada pelo vírus da hepatite A (HAV), um vírus de RNA da família Picornaviridae com transmissão fecal-oral. Atualmente, o Brasil apresenta um padrão de endemicidade intermediária da doença. Normalmente, a doença possui curso autolimitado e é benigna, porém existem formas graves que podem causar insuficiência hepática aguda em 0,01% dos casos. Além de medidas sanitárias, outro método importante de prevenção é a utilização de vacinas inativadas, esta porém só é utilizada na imunização de grupos de risco. É conhecido o elevado risco de infecção pelo HAV em comunidades nativas no mundo, no entanto, poucos trabalhos abordam este tema em comunidades indígenas do Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de hepatite A em aldeias e povoados pertencentes a reserva Apinajé, Tocantinópolis/TO. Foram analisadas 799 amostras sorológicas para anti-HAV total, sendo 358 indígenas e 441 dos povoados locais, em onze comunidades geograficamente separadas. Para tal, utilizou-se o Kit imunoenzimático comercial da marca Diasorin®. A prevalência total de anti-HAV na população estudada foi de 85,5 %. A localidade que apresentou maior prevalência foi a Aldeia Girassol (95,5%) Observou-se o aumento da prevalência de anti-HAV com o envelhecimento da população, sendo menor a prevalência (32,7%) observada no grupo etário mais jovem (0-2 anos) e maior prevalência (100%) acima dos 40 anos de idade. Observa-se que, entre os indígenas, 84,87% possuem anti-HAV reagente e nos povoados 85,97%, não havendo diferença ao comparar estas prevalências. Observamos que 39% das crianças até 12 anos estão sob risco de adquirir a doença, e até os 5 anos este número sobe para 59%, logo, a população média suscetível à hepatite A é baixa por situar-se entre a faixa de 5 à 14 anos. A reserva Apinajé apresenta prevalência intermediária de anti- HAV, tanto nas aldeias quanto nos povoados. Em relação a tendência de soroconversão de hepatite A, nas aldeias isto ocorre com maior frequência durante a transição da fase pré-escolar para escolar, enquanto que nos povoados este risco se dá entre a fase escolar e a adolescência. A prevalência encontrada em crianças e adolescentes reforça a possibilidade da implementação da vacina contra hepatite A no calendário infantil
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Região Norte, Saúde de Populações Indígenas, Região Amazônica, Epidemiologia, Tocantins, Hepatite A, Apinayé, Estudos Epidemiológicos, Doenças Infecciosas e Parasitárias, Apinajé
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Região Amazônica, Epidemiologia, Hepatite A, Doenças Infecciosas, Doenças Parasitárias
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OLIVEIRA, Guilherme de Macêdo. Análise da soroprevalência da hepatite A em povoados de Tocantinópolis e índios Apinajé em Tocantins - Brasil. 2013. 108 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2013
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Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz
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Rio de Janeiro/RJ