Browsing by Author "Santos, Ricardo Ventura"
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Item A classificação dos domicílios indígenas no censo demográfico 2000: subsídios para análise das condições de saúde(2010) Marinho, Gerson Luiz; Santos, Ricardo VenturaInformações coletadas em um censo demográfico podem dizer muito a respeito das condições de vida de uma população e são amplamente utilizadas na formulação e implementação das políticas públicas sociais. Quanto maior a qualidade dos dados censitários, mais fidedigno será o painel da realidade da população. Baseando-se em microdados do Censo Demográfico 2000, o presente estudo trata de descrever as freqüências de domicílios cujos responsáveis se auto classificaram como indígenas e que foram classificadas como coletivo ou improvisado pelos recenseadores na área rural dos municípios brasileiros. Para este tipo de classificação não são coletados dados que caracterizam os domicílios, tais como perfil socioeconômico e condições de saneamento. Na análise para os grupos de cor / raça, os indígenas foram os que tiveram as maiores freqüências de domicílios classificados como coletivos (4,4 por cento) em relação aos não indígenas (0,1 por cento). A classificação como coletivo foi mais freqüente na macrorregião Centro Oeste, especificamente no estado de Mato Grosso (mais de 40 por cento deste tipo de classificação ocorreu em apenas cinco municípios de MT). Os domicílios indígenas classificados como improvisados (3,5 por cento) também foram superiores aos não-indígenas (1,3 por cento) e ao contrário dos coletivos, ocorreram em diferentes regiões do Brasil, com destaque para municípios da macrorregião Sul (6,6 por cento) e o estado de Mato Grosso do Sul (17,9 por cento). Para os municípios que estavam fora dos limites da Amazônia Legal houve 1,5 mais domicílios indígenas classificados como improvisados do que na Amazônia Legal. Nestes municípios constatou-se que quanto mais desenvolvido, maiores foram as proporções medianas de domicílios indígenas improvisados, e que neles estavam as menores extensões de terras indígenas. Foi possível concluir que há necessidade de um censo específico, com treinamento adequado dos recenseadores, para que sejam levadas em consideração as diferenças e particularidades de cada comunidade indígena. Acredita-se que somente ao considerar a diversidade étnica que há no Brasil, será possível diminuir as desigualdades e conseqüentemente, a invisibilidade demográfica e epidemiológica que insistem em acompanhar os indígenas.Item AIDS tem cor ou raça? Interpretação de dados e formulação de políticas de saúde no Brasil(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, 2007) Fry, Peter H.; Monteiro, Simone; Maio, Marcos Chor; Bastos, Francisco I.; Santos, Ricardo VenturaItem Alimentação e nutrição dos povos indígenas no Brasil(Editora Fiocruz: Atheneu, 2007) Leite, Maurício Soares; Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Gugelmin, Silvia ÂngelaItem [Análise de:] South American Indians - A Case Study in Evolution(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, 1989) Santos, Ricardo VenturaItem Ancestralidade genética indígena como fator de risco para tuberculose? Perspectivas críticas e implicações em políticas públicas na saúde indígena(Fundação Oswaldo Cruz, 2020) Santos, Ricardo Ventura; Camacho, Luiz Antônio Bastos; Rego, Sergio Tavares de Almeida; Terena, Luiz Eloy; Pontes, Ana Lucia; Beltrão, Jane Felipe; E. A. Coimbra Jr., CarlosItem Anemia among indigenous women in Brazil: findings from the First National Survey of Indigenous People’s Health and Nutrition(BMC, 2015) Borges, Maria Carolina; Buffarini, Romina; Santos, Ricardo Ventura; Cardoso, Andrey Moreira; Welch, James R.; Garnelo, Luiza; Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Horta, Bernardo L.Item Anemia e níveis de hemoglobina em crianças indígenas Xavante, Brasil Central(Instituto de Nutrição Josué de Castro, 2017) Ferreira, Aline Alves; Santos, Ricardo Ventura; Souza, July Anne Mendonça de; Welch, James R.; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresAvaliar a prevalência de anemia, os níveis médios de hemoglobina e os principais fatores nutricionais, demográficos e socioeconômicos associados em crianças Xavante, no Mato Grosso, Brasil. Métodos: Realizou-se inquérito em duas comunidades indígenas Xavante na Terra Indígena Pimentel Barbosa visando avaliar todas as crianças < 10 anos. Foram coletados dados de concentração de hemoglobina, antropometria e aspectos socioeconômicos/demográficos através de avaliação clínica e questionário estruturado. Utilizaram-se os pontos de corte recomendados pela Organização Mundial da Saúde para a classificação de anemia. Análises de regressão linear com hemoglobina como desfecho e regressão de Poisson com variância robusta com presença ou não de anemia como desfechos foram realizadas (IC = 95%). Resultados: Os menores valores médios de hemoglobina ocorreram nas crianças < 2 anos, sem diferença significativa entre os sexos. A anemia atingiu 50,8% das crianças, sendo os < 2 anos mais atingidos (77,8%). A idade associou-se inversamente à ocorrência de anemia (RP ajustada = 0,60; IC95% 0,38; 0,95) e os valores médios de hemoglobina aumentaram significativamente conforme o incremento da idade. Os maiores valores de escores z de estatura-para-idade reduziam em 1,8 vezes a chance de ter anemia (RP ajustada=0,59; IC95% 0,34;1,00). A presença de outra criança com anemia no domicílio aumentou em 52,9% a probabilidade de ocorrência de anemia (RP ajustada=1,89; IC95% 1,16;3,09). Conclusões: Elevados níveis de anemia nas crianças Xavante sinalizam a disparidade entre estes indígenas e a população brasileira geral. Os resultados sugerem que a anemia é determinada por relações complexas e variáveis entre fatores socioeconômicos, sociodemográficos e biológicos.Item Apolipoprotein B genetic variability in Brazilian Indians(Wayne State University Press, 1999) Kaufman, Letícia; Vargas, André F.; Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Santos, Ricardo Ventura; Salzano, Francisco M.; Hutz, Mara H.Item Aspectos culturales de la reproducción: el caso de los Suruí de Rondonia y Mato Grosso, Brasil(Universidade de Antioquia, 2008) Valencia, María Mercedes Arias; Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Escobar, Ana LúciaItem Aspectos de la fecundidad de mujeres indígenas Suruí, Rondônia, Brasil: una aproximación(Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, 2010) Valencia, María Mercedes Arias; Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Oliveira, Maurício V. G.; Escobar, Ana LúciaItem Aspectos epidemiológicos da tuberculose na população indígena Suruí, Amazônia, Brasil(Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2004) Basta, Paulo Cesar; Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Escobar, Ana Lúcia; Santos, Ricardo VenturaA tuberculose permanece como prioridade de saúde pública no Brasil e atinge níveis preocupantes em certos segmentos sociais, como é o caso dos povos indígenas. O objetivo deste artigo é proceder a uma análise epidemiológica do banco de dados do Programa Municipal de Controle da Tuberculose em Cacoal, Rondônia, buscando-se caracterizar o perfil da doença no grupo indígena Suruí. Foi conduzida análise descritiva dos casos notificados entre 1975 e 2002. Os resultados evidenciam indicadores epidemiológicos alarmantes se comparados a de outros segmentos populacionais indígenas e não-indígenas. O coeficiente de incidência médio de tuberculose verificado nos Suruí no decênio 1991-2002 foi de 2518,9 por 100.000 habitantes. Foi observado que 45% dos casos foram em crianças < 15 anos e 63,3% eram do sexo masculino. Somente 43,2% dos casos notificados tiveram confirmação baciloscópica. Não há registro de realização de testes com PPD, cultura ou exame histopatológico no período. Chama-se a atenção para a necessidade de implementação de medidas de prevenção e controle voltados especificamente para a realidade dos povos indígenas.Item Association of the low-density lipoprotein receptor gene with obesity in Native American populations(Springer, 2000) Mattevi, Vanessa S.; Coimbr Jr., Carlos E. A.; Santos, Ricardo Ventura; Salzano, Francisco M.; Hutz, Mara H.Item Avaliação antropométrica de crianças indígenas menores de 60 meses, a partir do uso comparativo das curvas de crescimento NCHS/1977 e OMS/2005(Sociedade Brasileira de Pediatria, 2009) Orellana, Jesem D. Y.; Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Leite, Maurício S.Objetivos: Descrever e analisar comparativamente os dados antropométricos de crianças indígenas Suruí, Xavánte e Wari’ menores de 60 meses, a partir dos conjuntos de curvas de crescimento NCHS/1977 e WHO/2005. Métodos: A antropometria seguiu técnica padronizada e os dados foram convertidos em escores z utilizando-se os programas Epi-Info (Versão 3.4) e WHO-Anthro (Versão Beta). Os índices estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I) e peso/estatura (P/E) foram os descritores do estado nutricional em todas as crianças menores que 60 meses e também o índice de massa corporal (IMC) nas de 24-59 meses. Resultados: As prevalências de E/I < -2 escores z foram: crianças Suruí, 31,4 (NCHS/1977) e 38,6% (WHO/2005); Xavánte, 30,9 e 42,3%; Wari’, 61,7 e 68,3%. As prevalências de P/I < -2 escores z foram: crianças Suruí, 12,4 (NCHS/1977) e 8,5% (WHO/ 2005); Xavánte, 16,5 e 11,6%;Wari’, 51,7 e 45,0%. As prevalências de P/E < -2 escores z para as crianças Suruí foram nulas (NCHS/ 1977 e WHO/2005); para as Xavánte, 1,7 e 3,3%; e para as Wari’, 1,7% e nula. As prevalências de P/E > 2 escores z para as crianças Suruí foram 3,9 (NCHS/1977) e 3,9% (WHO/2005); Xavánte, nula e 0,8%;Wari’, nulas para ambas as curvas. Nas crianças Suruí de 24 a 59 meses o percentual com escore z>2 para oIMC foi de 5,4%(WHO/ 2005); Xavánte, 9,5%; Wari’, 0%. Conclusões: Há diferenças importantes nos resultados da avaliação nutricional, a depender do conjunto de curvas utilizadas, ainda que o emprego de ambas revele elevadas prevalências de desnutrição. Sugere-se que, inclusive para fins de comparabilidade, estudos com populações indígenas apresentem seus resultados utilizando os dois conjuntos de curvas de crescimento.Item Avaliação da atenção pré-natal ofertada às mulheres indígenas no Brasil: achados do Primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, 2019) Garnelo, Luiza; Horta, Bernardo L.; Escobar, Ana Lúcia; Santos, Ricardo Ventura; Cardoso, Andrey Moreira; Welch, James R.; Tavares, Felipe Guimarães; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresEste estudo avalia a atenção pré-natal de mulheres indígenas com idades entre 14-49 anos, com filhos menores de 60 meses no Brasil. O Primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas avaliou 3.967 mulheres que atendiam a tais requisitos, sendo 41,3% da Região Norte; 21,2% do Centro-oeste; 22,2% do Nordeste; e 15% do Sul/Sudeste. O pré-natal foi ofertado a 3.437 (86,6%) delas. A Região Norte registrou a maior proporção de mulheres que não fizeram pré-natal. A cobertura alcançada foi de 90,4%, mas somente cerca de 30% iniciaram o pré-natal no 1o trimestre e apenas 60% das elegíveis foram vacinadas contra difteria e tétano. Somente 16% das gestantes indígenas realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal. Ter acesso a pelo menos um cuidado clínico-obstétrico foi observado em cerca de 97% dos registros, exceto exame de mamas (63%). Foi baixa a solicitação de exames (glicemia 53,6%, urina 53%, hemograma 56,9%, citologia oncótica 12,9%, teste de sífilis 57,6%, sorologia para HIV 44,2%, hepatite B 53,6%, rubéola 21,4% e toxoplasmose 32,6%) e prescrição de sulfato ferroso (44,1%). No conjunto, a proporção de solicitações de exames laboratoriais preconizados não ultrapassou 53%. Os percentuais de realização das ações do pré-natal das indígenas são mais baixos que os encontrados para mulheres não indígenas no conjunto do território nacional, e até mesmo para as residentes em regiões de elevada vulnerabilidade social e baixa cobertura assistencial como a Amazônia Legal e o Nordeste. Os resultados reafirmam a persistência de desigualdades étnico-raciais que comprometem a saúde e o bem-estar de mães indígenas.Item Avaliação do estado nutricional da população indígena da comunidade Terra Preta, Novo Airão, Amazonas(2004) Lima, Regismeire Viana; Souza, Sheila Maria Ferraz Mendonça de; Santos, Ricardo VenturaOs índios Baré fazem parte do grupo indígena que estava presente por toda região do Rio Negro, à época do início da colonização portuguesa no Estado do Amazonas, e após anos de contato e lutas desiguais, eles se eseleceram ao sul da Venezuela e oeste do Estado do Amazonas. A comunidade Terra Preta possui 97 por cento de sua população composta por índios Baré e estão neste local desde 1988 advindos do município de São Gabriel da Cachoeira, neste local a comunidade se desenvolveu contando hoje com 125 pessoas. A avaliação sobre o estado nutricional desta população onde se tomou como parâmetros os aspectos antropométricos, inquéritos alimentares e socioeconômicos e ambientais. A porcentagem de déficit de estatura por idade foi de 45,4 por cento para as crianças de 0 a 9 anos e de 6,8 por cento para o índice de massa corporal para idade. Não foram encontrados déficit do índice de massa corporal por estatura o que significa que apesar de terem déficit estatural, as crianças da comunidade Terra Preta mantém a proporção do peso com a estatura. Dezesseis adultos apresentavam sobrepeso e três apresentavam obesidade, os demais estavam eutróficos. Oitenta e três por cento das mulheres podem ter risco alto ou muito alto para doenças crônicas avaliado pela razão cintura/quadril. A alimentação está baseada principalmente no consumo de peixe, farinha, açúcar, café e pimentas, as frutas são consumidas livremente de acordo com a sazonalidade. O consumo de legumes, leite, pão, carne bovina e frango é esporádico. O consumo de alimentos industrializados ricos em gordura, bem como a diminuição da atividade física podem estar colaborando com o surgimento de casos de sobrepeso e obesidade dos adultos. A ingestão de alimentos industrializados pelas crianças tem consumo raro, apenas lingüiça, salsichas, biscoitos e açúcar são consumidos com maior freqüência. A porcentagem de crianças que foram amamentadas por pelo menos seis meses foi de 85 por cento. O aleitamento materno exclusivo é prolongado, podendo chegar até dezessete meses de idade da criança, a não introdução da alimentação complementar após os seis meses poderá interferir no estado nutricional. A condição sócio-econômica é precária quando se leva em conta à baixa renda per capita, o baixo nível de escolaridade dos pais e condições domiciliares insalubres.Item Avaliação do estado nutricional da população Xavánte de São José, terra indígena Sangradouro - Volta Grande, Mato Grosso(1998) Leite, Maurício Soares; Santos, Ricardo VenturaItem Avaliação do estado nutricional em relação a aspectos sócio-econômicos de adultos indígenas Suruí, Rondônia, Brasil(2006) Lourenço, Ana Eliza Port; Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresEsta dissertação teve como objetivo avaliar o estado nutricional dos adultos com idade 20 anos pertencentes à etnia Suruí, Estado de Rondônia. Considerando o complexo panorama da saúde indígena e os aspectos atuais de transição nutricional presentes na realidade brasileira, são problematizadas questões de saúde e nutrição em área indígena, inseridas num contexto histórico de transformações culturais e sócio-econômicas. Inicialmente é feita uma contextualização da atenção à saúde indígena no Brasil e apresentada uma breve fundamentação teórica sobre avaliação nutricional. Então, são descritos aspectos históricos específicos do povo Suruí, detalhando a atividade de campo realizada nas aldeias. São então apresentados dois artigos, ainda inéditos. Através da comparação com dados antropométricos da década de 80, o primeiro artigo versa sobre a avaliação nutricional dos adultos, destacando a elevada prevalência de sobrepeso e obesidade, até então incomum em grupos indígenas na Amazônia brasileira. O segundo analisa o perfil nutricional em associação aos aspectos sócio-econômicos presentes nos aldeamentos Suruí. Este artigo chama atenção para as diferenças nas médias de massa corporal e de índice de massa corporal ao se classificar os Suruí em três distintos estratos sócio-econômicos. Finalizando a dissertação, são traçadas algumas considerações finais. Sobretudo devido às alterações nos padrões alimentares e nas atividades de subsistência ocorridas após o contato com a sociedade nacional, os Suruí enfrentam um franco e específico processo de transição nutricional. Preocupando-se com a possível emergência de doenças crônicas não transmissíveis, a alta prevalência de obesidade exige repensar as práticas de alimentação e nutrição em área indígena, visando aprimoramento dos serviços destinados a estas populações.Item Avaliação do estado nutricional num contexto de mudança sócio-econômica: o grupo indígena Suruí do estado de Rondônia, Brasil.(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, 1991) Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Santos, Ricardo VenturaO presente trabalho discute os resultados de uma avaliação nutricional, realizada com 147 crianças de 0-8,9 anos da comunidade indígena Suruí, Parque Indígena Aripuanã, Rondônia. Os dados incluem antropometria, dosagem de níveis de hemoglobina e exame coproparasitológico. A reserva Suruí localiza-se em uma região de intensa colonização e fluxo migratório. O grupo foi contactado pela Funai em 1969 e, nos últimos anos, envolveu-se ativamente no mercado regional, o que resultou em parcial abandono das atividades de subsistência tradicionais. Comparados com a população-referência do NCHS, os resultados indicam elevadas prevalências de baixa altura para idade (46,3%), peso para idade (31,9%) e peso para altura (6,6%). São também altas as prevalências de anemia (71,2%) e parasitismo intestinal (>75%). Os autores argumentam que a precariedade do estado nutricional das crianças Suruí reflete carências alimentares, devido à redução da capacidade de produção de alimentos e inadequadas condições sanitárias presentes nas diversas aldeias.Item Avaliação nutricional de crianças indígenas Pakaanóva (Wari), Rondônia, Brasil(Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, 2011) Escobar, Ana Lúcia; Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresObjetivos: apresentar os resultados de um in- quérito transversal sobre o estado nutricional de cri- anças Pakaanóva (Wari'), povo indígena localizado em Rondônia, na Amazônia, Brasil. Métodos: inquérito transversal em que foram co- letadas medidas de peso/massa corporal e estatura de 131 crianças entre 2-10 anos (69 meninos e 62 meni- nas). Os dados foram comparados com as curvas do NCHS, tomando-se como ponto de corte -2 escores z. Resultados: são muito pronunciadas as freqüên- cias de baixa estatura (45,8%) e de massa corporal para idade (26,0%), notando-se a manutenção da proporcionalidade corporal (somente 1,6% abaixo de -2 escores z para massa corporal para estatura). Diferenças entre os sexos foram observadas somente para o indicador massa corporal para a idade, com uma maior freqüência de meninos apresentando baixo peso. Conclusões: os achados são discutidos levando- se em consideração as condições de vida dos Pakaanóva, em particular aspectos epidemiológicos e de saneamento, concluindo-se que a desnutruição é de ampla ocorrência no grupo indígena investigado.Item Black piedra among the Zoró Indians from Amazônia (Brazil)(Springer Verlag, 1989) Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Santos, Ricardo Ventura