A classificação dos domicílios indígenas no censo demográfico 2000: subsídios para análise das condições de saúde
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2010
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Informações coletadas em um censo demográfico podem dizer muito a respeito das condições de vida de uma população e são amplamente utilizadas na formulação e implementação das políticas públicas sociais. Quanto maior a qualidade dos dados censitários, mais fidedigno será o painel da realidade da população. Baseando-se em microdados do Censo Demográfico 2000, o presente estudo trata de descrever as freqüências de domicílios cujos responsáveis se auto classificaram como indígenas e que foram classificadas como coletivo ou improvisado pelos recenseadores na área rural dos municípios brasileiros. Para este tipo de classificação não são coletados dados que caracterizam os domicílios, tais como perfil socioeconômico e condições de saneamento. Na análise para os grupos de cor / raça, os indígenas foram os que tiveram as maiores freqüências de domicílios classificados como coletivos (4,4 por cento) em relação aos não indígenas (0,1 por cento). A classificação como coletivo foi mais freqüente na macrorregião Centro Oeste, especificamente no estado de Mato Grosso (mais de 40 por cento deste tipo de classificação ocorreu em apenas cinco municípios de MT). Os domicílios indígenas classificados como improvisados (3,5 por cento) também foram superiores aos não-indígenas (1,3 por cento) e ao contrário dos coletivos, ocorreram em diferentes regiões do Brasil, com destaque para municípios da macrorregião Sul (6,6 por cento) e o estado de Mato Grosso do Sul (17,9 por cento). Para os municípios que estavam fora dos limites da Amazônia Legal houve 1,5 mais domicílios indígenas classificados como improvisados do que na Amazônia Legal. Nestes municípios constatou-se que quanto mais desenvolvido, maiores foram as proporções medianas de domicílios indígenas improvisados, e que neles estavam as menores extensões de terras indígenas. Foi possível concluir que há necessidade de um censo específico, com treinamento adequado dos recenseadores, para que sejam levadas em consideração as diferenças e particularidades de cada comunidade indígena. Acredita-se que somente ao considerar a diversidade étnica que há no Brasil, será possível diminuir as desigualdades e conseqüentemente, a invisibilidade demográfica e epidemiológica que insistem em acompanhar os indígenas.
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Mato Grosso, Região Amazônica, Região Centro-Oeste, Habitação, Demografia, Censos, Políticas Públicas, Desigualdades em Saúde
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Políticas Públicas, Demografia, Habitação, Saúde de Populações Indígenas, Desigualdades em Saúde
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MARINHO, Gerson Luiz. A classificação dos domicílios indígenas no censo demográfico 2000: subsídios para análise das condições de saúde. 2010. 92 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2010
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Defense Institution
Fundação Oswaldo Cruz . Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
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Rio de Janeiro/RJ