EPI - Dissertações de Mestrado
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Item Os dermatóglifos palmares situando os índios brasileiros Xikrins no contexto mundial(1969) Vieira Filho, João Paulo Botelho; Decourt, LucianoItem Epidemiologia da malária no parque indígena do Xingu: avaliação de um novo método de análise matemática para dados sorológicos(1987) Burattini, Marcelo NascimentoItem Prevalência dos marcadores sorológicos da hepatite B (HBsAg, anti-HBs, anti-HBc, HBeAg e anti-HBe) e da hepatite Delta (anti-HDV) na população de zero a 14 anos das tribos Txucarramae e Caiabi do Parque Indígena do Xingu, Brasil Central(1992) Azevedo, Ramiro Anthero de; Baruzzi, Roberto GeraldoItem A caminho da farmácia: pluralismo médico entre os Wari' de Rondônia(1996) Novaes, Marlene Rodrigues de; Wright, Robin Michel; Buchillet, DominiqueItem O caso Yanomami do Brasil: uma proposta estratégica de vigilância epidemiológica(1996) Lobo, Maria Stella de Castro; Confalonieri, Ulisses E. C.Considera-se a necessidade premente de se desenvolver um modelo de atençäo à saúde indígena que contemple as especificidades culturais, que integre a informaçäo às práticas de serviço e que empregue o método epidemiológico em sua elaboraçäo técnica e monitorizaçäo. Dentro desta perspectiva, o objetivo do trabalho consiste na contruçäo de um modelo teórico de vigilância epidemiológica que possa servir de referência para aplicaçäo junto a populaçöes indígenas. Como ponto de partida, realiza um estudo de caso baseado na experiência do Distrito Sanitário Yanomami (DSY), criado em 1991,a qual representa uma tentativa pioneira de padronizaçäo da coleta de dados de acordo com as especificidades e prioridades de saúde locais. A metodologia consiste no levantamento e revisäo da literatura referente ao histórico do contato e da saúde Yanomami, na análise crítica dos dados quantitativos gerados pelo DSY desde a sua criaçäo e na revisäo da literatura sobre o estado de arte da vigilância epidemiológica, com ênfase na busca de indicadores que possam ser aplicáveis neste modelo alternativo, quais sejam, condiçöes marcadoras e eventos-sentinela. A partir do caso Yanomami, uma vez analisados criticamente os indicadores quantitativos, confrontando-os com o contexto histórico, säo sistematizados e discutidos os aspectos conceituais e operacionais para a vigilância epidemiológica junto a esta etnia. Um esquema geral, complexo e estratégico, de operacionalizaçäo para o modelo elaborado é apresentado tendo como base o desenvolvimento de critérios de escolha, investigaçäo ampla dos fatores determinantes e açäo oportuna para as condiçöes mórbidas relevantes, aqui concebidas enquanto eventos-sentinelas.Item Avaliação do estado nutricional da população Xavánte de São José, terra indígena Sangradouro - Volta Grande, Mato Grosso(1998) Leite, Maurício Soares; Santos, Ricardo VenturaItem Alguns aspectos das condiçöes de saúde bucal de uma populaçäo indígena Guarani Mbyá no Município de Säo Paulo(2000) Fratucci, Maristela Vilas Boas; Fernandez, Roberto Augusto CastellanosObjetivo: Realizar diagnóstico de saúde bucal da comunidade indígena Guarani, Mbyá da Aldeia Morro da Saudade, Distrito de Parelheiros, Município de Säo Paulo, por meio de levantamento epidemiológico em saúde bucal. Métodos: Os índices foram utilizados segundo os códigos e critérios recomendados pela Organizaçäo Mundial da Saúde (OMS), na 4ª ediçäo do manual "Oral health surveys - basic methods" (1997). O estudo foi realizado sem amostra pré-estabelecida, sendo apuradas todas as idades examinadas. Conclusöes: Considerando-se os indivíduos examinados, pode-se observar que o perfil epidemiológico das doenças bucais tem um comportamento diferenciado da sociedade nacional, embora näo exista acesso a programas preventivos e assistenciais. No levantamento em questäo, a cárie, a doença periodontal, a fluorose e as oclusopatias têm uma severidade menor que a observada em estudos realizados no Município e Estado de Säo Paulo. Porém, as necessidades de tratamento acumuladas e as condiçöes de vida dessas populaçöes, demonstram que será necessária a implantaçäo de propostas de atençäo à saúde bucal para que esses índices näo continuem evoluindo de maneira drástica.Item Estudo da prevalência de alterações da mucosa bucal entre os indígenas Waimiri-Atroari(2002) Santos, Paulo José Benevides dos; Carmo, Maria Auxiliadora Vieira doFoi realizado um estudo transversal das alterações da mucosa bucal entre os indígenas Waimiri-Atroari, habitantes da região amazônica central brasileira, não miscigenados, mantenedores de seus costumes sociais e modo de vida tradicionais, e livres de hábitos como o tabagismo e o alcoolismo. Respeitaram-se as exigências éticas da legislação brasileira, bem como os aspectos legais especiais da pesquisa em comunidades indígenas. Examinando-se 587 de um total de 922 indivíduos, foram encontradas alterações da mucosa bucal em 52,57% dos pacientes de zero a doze anos de idade examinados, e em 73,44% dos pacientes de treze anos ou mais de idade, perfazendo uma freqüência de 61,70% de indivíduos acometidos nesta população. As alterações da mucosa bucal mais encontradas foram, pela ordem decrescente de prevalência, a língua fissurada, a hiperplasia epitelial focal, lesões de etiologia traumática, a língua geográfica, grânulos de Fordyce e candidíase. A hiperplasia epitelial focal, como lesão característica de populações indígenas, foi observada nesta população com alta prevalência (20,95%), sem associação a sexo ou idade. As alterações da mucosa bucal observadas foram essencialmente as mesmas descritas em outras populações mundiais, à exceção da hiperplasia epitelial focal. Da mesma forma, associações entre as alterações da mucosa bucal e fatores demográficos e clínicos já estabelecidos na literatura estiveram, de maneira geral, presentes nesta população.Item Epidemiologia das lesões traumáticas da dentição permanente de crianças e adolescentes nas tribos Maxakali e Krenak(2002) Coelho, Erika de Aguiar Miranda; Côrtes, Maria Ilma de Souza; Bastos, Juliana VilelaSão escassos os dados sobre a saúde bucal das populações indígenas brasileiras. Uma parceria entre o curso de odontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce (FACS-UNIVALE) e a Fundação Nacional da Saúde (FUNASA) resultou no levantamento epidemiológico de saúde bucal nas tribos Maxakali e Krenak localizadas nos municípios de Bertópolis,e Santa Helena de Minas no Vale do Mucuri e Resplendor respectivamente. Foi considerado de interesse incluir informações relativas aos fatores demográficos, etiológicos e clínicos, e a freqüência de traumatismo dentário em crianças e adolescentes nas referidas tribos. Para tanto, todos os indígenas com idade entre 6 e 21 anos foram convidados aparticipar do presente estudo. Optou-se pelo recenseamento nos 69 índios da tribo Krenak e pela amostra de conveniência composta por 226 índios da tribo Maxakali. Os indígenas responderam à entrevista estruturada e foram examinados em seguida. Foi utilizada a classificação proposta por CÔRTES (2001) com o intuito de identificar as lesões traumáticas, suas seqüelas e o tratamento realizado. Fatores como idade, sexo, tipo de traumatismo e dente mais acometido, foram também considerados neste estudo. Além disto foi observada a relação entre a prevalência de traumatismo dentário e fatores clínicos tais como grau de overjet e proteção labial. Na tribo Krenak 27,6% dos indígenas apresentaram traumatismo dentário e verificou-se que a idade de maior prevalência foi a de 10 anos. A prevalência de traumatismo dentário está associada à idade e ao overjet, sendo que o índio krenak com idade entre 19 a 21 anos e apresentando um overjet >5mm tem 77,3% de probabilidade de apresentar um dente traumatizado no momento do exame. A principal etiologia do traumatismo dentário foi queda decorrente de brincadeiras (31,3%) e a maioria dos acidentes aconteceu em casa (37,5%) seguido de acidentes no "Córrego da Gata" (25,0%). Os dentes mais acometidos foram os incisivos centraissuperiores (35,6%) apresentando na sua maioria fratura de esmalte (53,8%). Na tribo Maxakali verificou-se que a prevalência de traumatismo dentário (6,6%) foi mais baixa que na tribo Krenak, não sendo possível, entretanto identificar a idade de maior prevalência, uma vez que somente 3 indígenas souberam relatar a idade de ocorrência do acidente. A prevalência de traumatismo dentário está associada à idade e ao sexo, sendo que o índio maxakali com idade entre 19 e 21 anos do sexo masculino apresenta 39,5% de probabilidade de apresentar um dente traumatizado no momento do exame. A principal etiologia foi queda de cavalo (30,0%) e a maioria dos acidentes aconteceu na estrada perto da aldeia (30,0%). Os dentes mais acometidos foram os incisivos centrais superiores (6,6%) apresentando na maioria avulsão (36,0%).Item Enteroparasitoses em populações indígenas no Brasil: uma revisão sistemática da produção científica(2003) Vieira, Giovane Oliveira; Santos, Ricardo VenturaOs povos indígenas no Brasil vêm experimentando, ao longo do tempo, experiências distintas de interação com a sociedade nacional. Não obstante, é inquestionável a intensidade dos processos de mudanças sócio-econômicas, culturais e ambientais, com amplos impactos sobre a saúde. A ineficiência dos sistemas de informações impossibilita o delineamento e a análise satisfatória do perfil epidemiológico dos povos indígenas, ainda que seja evidente que as doenças infecto-parasitárias representem uma das principais causas de morbimortalidade. O enteroparasitismo constitui um importante agravo à saúde indígena. Ainda que o número de pesquisas desenvolvidas nas últimas décadas seja reduzido, nota-se que têm crescido em número. O objetivo desta pesquisa foi avaliar, de forma crítica e sistematizada, a produção científica sob a forma de artigos, dissertações/teses e resumos de congresso que abordem o enteroparasitismo em populações indígenas no Brasil. Os resultados indicam que, apesar do aumento da produção científica abordando o tema e do incremento da complexidade metodológica dos mesmos, ainda há acentuadas lacunas no que diz respeito à qualidade dos dados apresentados. A ampla maioria dos estudos é de prevalência. Em muitos estudos não foi possível identificar quais foram os procedimentos amostrais utilizados, tendo em geral prevalecido a amostragem por conveniência. Uma importante parcela dos estudos não apresenta os resultados especificando a ocorrência do parasitismo por sexo e/ou idade. Há grande heterogeneidade quanto aos critérios de diagnóstico adotados, com predomínio de técnicas qualitativas. Poucos mencionaram técnicas para determinação da intensidade parasitária. Não há uniformidade quanto à apresentação os fatores de exposição, tornando difícil o resgate dessas informações. Em geral, os estudos apontam para altas prevalências de parasitismo por helmintos (sobretudo Ascaris lumbricoides e ancilostomídeos) e protozoários, bem como de poliparasitismo. Na parte final da dissertação, os achados são contextualizados levando em consideração o crescimento das pesquisas em saúde indígena no âmbito da saúde coletiva no Brasil. É também apontada a necessidade de uma maior padronização das pesquisas sobre enteroparasitismo, de modo a aumentar a comparabilidade e, eventualmente, subsidiar os serviços de saúde com informações relevantes para efetuar intervenções.Item Malária em terras indígenas habitadas pelos Pakaanôva (Wari), estado de Rondônia, Brasil. Estudo epidemiológico e entomológico(2003) Sá, Daniella Ribeiro; Santos, Reinaldo Souza dos; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresItem Perfil epidemiológico e clínico de índias Terena climatéricas(2004) Pontes, Maria Auxiliadora Budib Dorsa; Baracat, Edmund ChadaONJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico e dados clínicos de índias Terena climatéricas, comparando os com os e índias no período reprodutivo. MÉTODOS: A amostra de estudo constituiu-se de 52 índias Terena com idade variável entre 35 e 75 anos. Foram realizados, em todas, mensuração da relação cintura/quadril; Índice de Massa Corpórea; glicemia de jejum; determinação sérica de FSH, estradiol, colesterol total e grações, triglicérides. Registrou-se também a idade da menarca e da menopausa, início da atividade sexual, hábito de tabagismo, atividade física, número de gestações, partos e abortos. Avaliou-se ainda o índice menopausal de Blatt. RESULTADOS: Observou-se aumento estatisticamente significante nos níveis de colesterol total, glicemia, FSH e estradiol nas índias pós-menopausicas. Quanto ao perfil epidemiológico, a idade média da menarca foi de 12,9 anos; a da coitarca foi de 17,6 anos e a da menopausa de 44 anos. Observou-se ainda que as índias Terena tiveram um número elevado de partos, sendo a média de 7,5 gestações. A grande maioria das mulheres eram sedentárias (82,7%), apresentavam sobrepeso ou obesidade (70%), com média da relação cintura/quadril de 0,9; sendo 23,1% tabagistas. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que as índias climatéricas apresentam diversos fatores de risco cardiovascular, que justificam a necessidade de mudança de estilo de vida, bem como de melhor assistência médica, com implantação de ações preventivas em saúdeItem Estudo do perfil epidemiológico de algumas populações Mbyá-Guarani do Rio Grande do Sul decorrente do seu contato com a civilização chamada ocidental(2005) Wilson, Edwing Martin Holguin; Silveira, Elaine daItem Investigação sorológica e clínica de auto-anticorpos em indígenas Kaingang e Guarani, da Reserva de Mangueirinha, do estado do Paraná /(2007) Ribas, João Luiz Coelho; Messias, Iara José Taborda de; Utiyama, Shirley Ramos da RosaAs doenças autoimunes apresentam alta prevalência e gravidade em diferentes populações indígenas do mundo, e a pesquisa de auto-anticorpos, por sua vez, constituem-se num instrumento valioso no seu diagnóstico e monitoramento. O presente estudo teve por objetivo realizar um amplo perfil de autoanticorpos na população de índios Kaingang, Mestiços e Guarani da Reserva de Mangueirinha, Estado do Paraná, visando determinar a prevalência dos mesmos nas populações estudadas e associar com dados demográficos, epidemiológicos, hábitos individuais (tabagismo e etilismo) e dados clínicos dos indivíduos. Foram analisadas amostras de soro de 321 índios (125♂ e 196♀; 4-86 anos), sendo 158 Kaingang, 65 Mestiços e 98 Guarani, bem como 180 indivíduos não indígenas. Os anticorpos anti-músculo liso (AML), anti-mitocôndria (AMA), anti-microsoma de fígado e rim (LKM), anti-célula gástrica parietal (CGP), anti-nuclear (FAN) e antiendomísio (EmA-IgA) foram testados por imunofluorescência indireta (IFI), e o fator reumatóide (FR) por aglutinação em látex e turbidimetria. As amostras positivas para o FAN também foram testadas para o anticorpo anti-DNA, anti-Sm, anti-RNP, antiSS-A/Ro e anti-SS-B/La. Os resultados obtidos mostraram aumento significativo na freqüência total de auto-anticorpos: na população indígena em relação à não indígena (p=0,048); nos Kaingang comparados aos Guarani (p<0,001) e nãoindígenas (p=0,001). Resultados significantes também foram observados entre mestiços em relação aos Guarani (p=0,009) e não-indígenas (p=0,049). O FR foi superior nos Kaingang quando comparados aos Guarani (p=0,009), aos Mestiços (p=0,061) e aos não indígenas (p=0,010). O AML também apresentou aumento nos Mestiços em relação aos Guarani e não indígenas (p≤ 0,044). Não se observou diferença significativa na freqüência total de auto-anticorpos com relação ao sexo, entre os grupos investigados, porém um aumento significativo do FR foi observado nas mulheres Kaingang em relação aos homens (p=0,002). Entre as mulheres, um aumento significativo no total de auto-anticorpos foi detectado nas Kaingang e Mestiças quando comparadas com as Guarani (p≤ 0,039), estando o AML aumentado nas Mestiças em relação às não-indígenas (p=0,014) e o FR nas Kaingang em relação às Mestiças e Guarani (p≤ 0,008). Com relação à idade, diferenças significantes foram detectadas na faixa de 19-50 anos (Kaingang vs Guarani, p=0,006 e não-indígenas, p=0,006; Mestiços vs Guarani, p=0,046). Essas diferenças mantiveram-se somente para o sexo feminino. A análise dos dados soroepidemiológicos caracterizou associação apenas do anticorpo anti-HBc com a presença de auto-anticorpos na população Mestiça (p=0,018). Não foi evidenciada relação entre a presença de auto-anticorpos e o etilismo e tabagismo nas populações estudadas, enquanto no aspecto ocupacional os dados sugerem uma relação das atividades agrícolas com a presença de auto-anticorpos em Mestiços e Kaingang. A associação clínico-laboratorial confirmou artritre reumatóide em 2 indivíduos Kaingang, sendo que outros 2 (FR positivos) permanecerão em acompanhamento clínico, assim como 2 Mestiços (FR positivo e anti-CGP). As diferenças observadas entre as populações em estudo sugerem influência de fatores genéticos, hormonais e ambientais no desenvolvimento de auto-anticorpos nessas populações.Item Perfil epidemiológico de saúde bucal da população do parque indígena do Xingu, entre os anos de 2001 e 2006(2007) Pacagnella, Raquel de Carvalho; Rorigues Júnior, Antonio LuizA epidemiologia da saúde bucal dos povos indígenas no Brasil ainda é pouco conhecida. Os dados disponíveis, em geral, são pertinentes às zonas urbanas. As informações sobre a epidemiologia dessas doenças no Parque Indígena do Xingu (PIX) resultam de investigações nas quais foram utilizadas diferentes metodologias de coletas e análises de dados, dificultado assim um adequado panorama epidemiológico. A partir da implantação do Distrito Sanitário Especial Indígena do Xingu (DSEI-Xingu), em 1999, foram realizados três inquéritos epidemiológicos para doenças bucais, baseados na metodologia proposta pela OMS. O presente estudo teve como objetivo analisar a epidemiologia das referidas doenças no PIX, especificamente de quatro aldeias de diferentes etnias, considerando as necessidades assistenciais odontológicas. Para tal, foi realizado um estudo epidemiológico descritivo, utilizando dados secundários colhidos pela equipe do DSEI-Xingu, provenientes de inquéritos realizados em três momentos distintos: 2001, 2003 e 2006. Foram utilizados:o índice CPO-D, para avaliação da experiência de cárie e para aferir a doença periodontal, o índice periodontal comunitário (IPC). A análise dos resultados mostrou que nas aldeias estudadas, o principal problema de saúde bucal é a cárie, atingindo no ano de 2006, 81% da população. Em relação à cárie, nota-se uma queda nas médias do CPO-D para a maioria das faixas etárias no ano de 2006 em relação a 2001 e houve melhora também nos percentuais de pessoas livres de cárie para as idades entre 0 e 19 anos. As médias de ceo-d para o grupo etário de 0 a 3 anos apresentam elevação no período, exceto na aldeia Moigu, que mostrou diminuição de 8,0 em 2001 para 1,8, em 2006. Ao se analisar os componentes do CPO-D e ceo-d, quando comparados os dados obtidos em 2006 e 2001, foi possível verificar que o componente "cariado" apresentou redução para a maioria das faixas etárias em todas as aldeias, assim como o aumento dos componentes "obturados e perdidos". Observou-se que para a dentição decídua o componente cariado possui grande contribuição no ceo-d em todas as aldeias, variando entre 69% a 86% do índice. Isso traduz dificuldades no acesso dessa população aos serviços odontológicos. O índice IPC mostrou aumento do percentual de pessoas sem doença periodontal em todas as aldeias, queda no percentual de pessoas com algum tipo de bolsa periodontal e cálculo como o principal problema. Em relação às necessidades de tratamento verificou-se que restaurações foram as indicações mais freqüentes e houve um aumento no número de dentes sem nenhuma necessidade. Para a doença periodontal, observou-se que mais de 80% das pessoas acima de 15 anos precisam de tratamento e necessidade de profilaxia; as necessidades por cuidados mais complexos representam apenas 3% . Concluímos que no período de 2001 a 2006,houve uma melhoria nas condições de saúde bucal dessas populações. Uma hipótese explicativa seria a estruturação do programa de saúde bucal nestas áreas.Item Estudo epidemiológico em saúde bucal em uma comunidade Yanomami do Amazonas(2007) Pereira, Sandro Magno Costa; Mainbourg, Evelyne Marie ThereseO presente trabalho diz respeito a um inquérito epidemiológico em saúde bucal e um estudo sobre determinantes da cárie dental em uma comunidade indígena do norte do Brasil, no estado do Amazonas. O objetivo da pesquisa foi avaliar a saúde bucal dos Yanomami da comunidade do Maiá através de um levantamento da prevalência de cárie dentária e sua relação com a higiene oral e o consumo de alimentos industrializados. Os índices ceod e CPOD foram usados para determinar a prevalência da doença. A higiene oral foi avaliada a partir do Índice de Higiene Oral Simplificado (OHIS). E o consumo de alimentos industrializados obtidos através da observação dos produtos consumidos pelos Yanomami em quatro domicílios durante um período de três dias não consecutivos. O teste estatístico de Pearson foi usado para verificar a correlação entre a prevalência de cárie dental e os determinantes investigados. Os dados referentes ao inquérito epidemiológico revelaram que a saúde bucal no Maiá é precária, apresentando altos índices de cárie para maioria das faixas etárias investigadas. Os resultados referentes ao consumo alimentar mostram que o alimento industrializado faz parte da dieta dos Yanomami do Maiá. A partir dos dados do levantamento do Índice de Higiene Oral Simplificado verificouse que a higiene oral destes índios é adequada. Não houve correlação significativa entre os índices de cárie e o consumo de alimentos industrializados, e a correlação entre os índices de cárie e Índice de Higiene Oral Simplificado foi alta e significativa.Item Saúde bucal dos Yanomami da região de Xitei e Ketaa Roraima - Brasil(2008) Freitas, Luciana Pires de; Rebelo, Maria Augusta BessaThis paper results from the data analysis of the oral health epidemiological survey of the Yanomami indigenous community based on Xitei indigenous area and Ketaa indigenous sub-area. It was followed the SB Brasil 2003 Project and WHO methodology rules. The variable observed were: Decay, Missed and Filled Tooth index (DMF-T); treatment necessity; use and necessity of prosthesis; community periodontal index (CPI); periodontal attachment loss index (PALI). In this study, 823 indigenous of a total of 1220 resident indigenous in this region, being 50.6% of masculine sex and 49.4% of the feminine sex, had been examined. The age of this sample approaches to the total population above of 2 years. The tooth attacked by caries average in the examined population was 0,23 ± 0,60; 0,33± 0,75; 1,43± 1,39 in age bands 12, 15-19 and more than 60 years, respectively. The values found for index DMF-T had been very low, near to zero in all the age bands except for people above of 50 years (DMF-T = 1.21). It was observed that 82.3% of the total of the sample were presented free of caries. Differences between men and women in the prevalence of caries had gotten no statistical significance. The results found for the periodontal condition had demonstrated a bigger prevalence of bleed, calculus and 4-5 mm pockets when compared to the data in the same age bands of the Brazilian population and North Brazilian Region population. Rare dental losses had been registered between the investigated population and no patient was identified who needed prótese removable or total prosthesis. The condition of very low prevalence of caries found between the Yanomami of Xitei makes to assume that the distance of the places of food commercialization allies to the strategy of systematization in the relations of exchange between indigenous and non-indigenous in the region, that do not include strange item to the traditional feeding, probably have influenced the maintenance of a good condition of oral healthItem Prevalência da síndrome metabólica no envelhecimento indígena(2009) Rocha, Ana Karina Silva da; Machado, Denise Cantarelli; Bós, Ângelo José GonçalvesA prevalência da síndrome metabólica (SM), encontrada em diferentes estudos tem ampla variação dependendo da população e do critério de diagnóstico utilizado. A SM é caracterizada por alterações no metabolismo glicídico, obesidade, hipertensão e dislipidemia. A presente pesquisa teve por objetivo descrever a prevalência da SM em indígenas de meia idade e idosos rurais e urbanos do sul do Brasil. Este é um estudo de corte transversal descritivo analítico, realizado nos municípios de Porto Alegre e Nonoai-RS, Brasil do qual participaram 150 indígenas com 40 anos ou mais. A prevalência da SM foi estimada aplicando os critérios diagnósticos do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III. Foram realizados testes bioquímicos, antropométricos e um recordatório alimentar de 24 horas, analisado conforme fatores de frequência associados ao hábito saudável de alimentação por meio da observação da adesão aos 10 passos para uma alimentação saudável propostos pelo Ministério da Saúde. A prevalência da SM foi de 65,3% sendo mais prevalente no sexo feminino. Emborra não tenha sido detectado uma diferença estatisticamente significativa, provavelmente decorrente da discrepância do número amostral, houve maior prevalência da SM em indígenas do meio rural. Os valores para SM, a hipertensão, triglicerídeos, os níveis de HDL, a circunferência abdominal e a glicemia foram significativos. Em relação ao recordatório alimentar, observou-se que as pessoas com SM apresentaram piores resultados em 5 dos 8 passos para uma alimentação saudável avaliados: consumo de vegetais/frutas e legumes, consumo de doces, álcool e refrigerante, peso saudável e atividade física. Acredita-se que a educação para a saúde dos indivíduos portadores de SM seja o melhor caminho para o controle desse problema desde que se promova a sua adequação aos indígenas com SM e a motivação para mudanças de hábitos melhorando a qualidade de vida.Item Tuberculose nas populações indígenas de Rondônia (1997-2006), Amazônia Ocidental Brasil: uma análise com base no SINAN(2009) Sidon, Linconl Uchôa; Basta, Paulo Cesar; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresA tuberculose (TB) permanece como um importante problema de saúde pública no Brasil, especialmente nos povos indígenas da Região Amazônica, destacando-se os elevados coeficientes de morbidade e mortalidade descritos entre os Suruí e Warí de Rondônia (RO). O presente estudo analisou comparativamente, indicadores clínicos, epidemiológicos e operacionais da TB sobre os casos indígenas e não-indígenas e entre os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) de RO, com base nos dados disponíveis no período de dez anos (1997-2006) junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Estado da Saúde (SESAU/RO). A estratégia de identificação dos casos indígenas através de seus sobrenomes (etnias) contornou as dificuldades relacionadas à ausência de preenchimento da variável raça/cor no SINAN/TB, possibilitando que os indicadores utilizados fossem calculados entre indígenas e não-indígenas e por DSEI (Porto Velho e Vilhena). No decênio foram analisados 6.407 casos, dos quais 6,5 por cento (420) foram reclassificados como indígenas e 93,5 por cento grupados como não-indígenas. Do total de casosindígenas, 55,7 por cento pertenciam ao DSEI Porto Velho e 44,3 por cento do DSEI Vilhena, com destaque para a elevada concentração de casos nas etnias Suruí, Warí e Karitiana. Os casos não-indígenas eram, em sua maioria (80,0 por cento), residentes de áreas urbanas do Estado, ao contrário dos indígenas que provinham de áreas rurais (81,9 por cento), especialmente os que pertenciam ao território do DSEI Vilhena(91,4 por cento). (...) O preenchimento da variável raça/cor não foi realizado em 53,3 por cento das notificações durante o decênio,com pequenas variações entre os casos indígenas e não-indígenas. Além disso, destacou-se o elevado percentual de casos indígenas nas crianças menores de 15 anos (32,9 por cento) em relação aosnão-indígenas (4,4 por cento). A média de idade dos indígenas diagnosticados no decênio foi de 29,1 anos, sendo até 16,4 anos abaixo da média estimada para os não-indígenas (38,8 anos), quando comparadas às médias do DSEI Vilhena (22,4 anos). A realização dos procedimentos de diagnóstico para a TB aumentou gradativamente no período analisado, no entanto, foi significativamente menor nos indígenas em relação aos não-indígenas, inclusive quanto à qualidade dos resultados. Por outro lado, o preenchimento de informações sobre o Tratamento Diretamente Observado (DOTS) não foi suficientes tanto para os casos indígenas como para os não-indígenas.Os indígenas apresentaram os melhores percentuais de cura, abandono e óbito em relação aos não indígenas durante o decênio. Nos não-indígenas constatou-se percentual de cura (67,6 por cento) e abandono (13,8 por cento), não atingiram as metas do Programa Nacional de Controle da Tuberculose(PNCT, 2004). Os coeficientes anuais de incidência reportados por indígenas e não-indígenas apresentaram uma tendência de redução para o decênio, entretanto, o Coeficiente Médio deIncidência (TB todas as formas) estimado para os indígenas (515,1/100.000 habitantes) foi desproporcionalmente maior que para os não-indígenas (36,0/100.000 habitantes). O CMI descrito para o DSEI Vilhena (313,5/100.000 habitantes) foi maior que o estimado para o DSEI Porto Velho(254,4/100.000 habitantes), porém, o CMI gerado pelos casos Suruí foi de 1.254,0/100.000 habitantes, destacando a situação ocorrida em 2002, quando atingiu 2.116,6/100.000, o maior entreos parâmetros disponíveis para RO e toda a Região Amazônica no período analisado. A média do coeficiente de mortalidade para o período foi de 24,0/100.000 habitantes entre os indígenas, enquanto que entre os não-indígenas correspondeu a 2,0/100.000. Apesar das limitações existentes, os dados obtidos junto ao SINAN/TB/RO (1997-2006) mostraram-se úteis para a realização deanálises das desigualdades étnico-raciais em saúde. Os resultados deste estudo confirmam que os indígenas parecem adoecer mais cedo e em maior proporção em relação aos não-indígenas. Este estudo também reacende as discussões sobre a necessidade de ações específicas para o controle da TB em grupos vulneráveis, devido o perfil clínico, epidemiológico e operacional que apresentam.