TR - Artigos de Periódicos

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    A educação física na educação escolar indígena: a produção acadêmico-científica na área 21 como perpspectiva de diálogo e (re)conhecimento intercultural
    (Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2020) Skolaude, Lucas Silva; Canon-Buitrago, Edwin Alexander; Bossle, Fabiano
    O estudo tem por objetivo analisar a produção acadêmico-científica sobre a Educação Física, centrada na Educação Escolar Indígena. As buscas foram realizadas no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES e nos periódicos nacionais da Educação Física e da Educação que publicam na Área 21. Durante o agrupamento temático das materialidades encontradas, a interculturalidade ganhou relevância devido ao diálogo que suas produções apresentam para Educação Escolar Indígena e da Educação Física. A dialogicidade é categoria central de análise em razão de apresentar uma perspectiva crítica relações muito próximas entre a visão intercultural e os saberes que a Educação Física pode desenvolver para o reconhecimento desse “outro” cultural. O resultado de análise foi à interpretação de uma “subalternidade” no tratamento das questões indígenas no campo da Educação Física e nos periódicos que publicam na área 21
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    Identidade, Cuidado e Direitos: a Experiência das Rodas de Conversa sobre a Saúde dos Povos Indígenas
    (Associação Brasileira de Educação Médica, 2020) Luna, Willian Fernandes; Malvezzi, Cecília; Teixeira, Karla Caroline; Almeida, Dayane Teixeira; Bezerra, Vandicley Pereira
    Introdução: Há uma fragilidade histórica na formação dos profissionais da atenção à saúde indígena no Brasil e reconhece-se o despertar da sensibilidade para situações de diálogo entre diferentes culturas como essencial nesse contexto. Assim, surge em 2016 o projeto de extensão “Rodas de Conversa sobre a Saúde dos Povos Indígenas”, criado numa parceria entre professores de Medicina e estudantes indígenas do Programa de Educação Tutorial Indígena - Ações em Saúde, da Universidade Federal de São Carlos. Método: Este é um relato sobre os três anos dessa experiência, tendo sido construído a partir de uma análise documental de abordagem qualitativa. Os objetivos foram resgatar os temas e conteúdos desenvolvidos e discutir as vivências, as perspectivas e os diálogos desse espaço de encontro. Ao longo do texto há descrição das atividades realizadas e reconhecimento de suas potencialidades e seus limites. Resultados: Com base nos círculos de cultura e instrumentos de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, os encontros trataram de temas relacionados à saúde indígena, aqui agrupados em três categorias: identidade, cuidado e direitos indígenas. O formato em rodas de conversa possibilitou a construção de saberes no campo da saúde indígena relacionados às diferentes culturas, às políticas de saúde específicas e às concepções do processo saúde-doença, propiciando aproximação inicial com o contexto de saúde indígena no Brasil. Adicionalmente, proporcionou um espaço com protagonismo indígena que ousou apontar para olhares inovadores sobre questões identitárias e compreensões de saúde, doença e processos de cura, levantando inclusive epistemologias intrínsecas a essas populações. Conclusões: A partir do diálogo entre diferentes atores, foi possível despertar o interesse dos participantes para especificidades étnico-culturais e dar visibilidade à presença dos indígenas na universidade. Além disso, pode ser um primeiro passo para a construção de disciplinas interdisciplinares optativas e a inserção da temática nos currículos de graduação na área da saúde
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    Características da violência por parceiro íntimo em Mato Grosso do Sul, 2009-2018
    (Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, 2023) Santos, Jacqueline dos; Carmo, Cleber Nascimento do
    Objetivo: analisar a violência por parceiros íntimos (VPI) em Mato Grosso do Sul, Brasil, com destaque para violência física. Métodos: estudo transversal, com análise de correspondências (AC) dos registros no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, em 2009-2018. Resultados: de 9.950 notificações registradas, 91,8% foram de violência física; maiores taxas foram encontradas em jovens do sexo feminino (189,2/100 mil), com escolaridade até o ensino médio incompleto (139,6/100 mil), com companheiro (202,7/100 mil), indígenas (488,8/100 mil) e residentes na fronteira (223,1/100 mil); os agressores eram majoritariamente parceiros atuais (76,9%) e homens (95,5%); sobre a violência física, a AC revelou predominância em fins de semana, à noite, com utilização de força corporal e agressor sob efeito de álcool; entretanto, ocorreu principalmente fora da residência, cometida por parceiro atual e não constituiu evento de repetição. Conclusão: destacaram-se vítimas jovens, com companheiro, baixa escolaridade, mulheres indígenas e ocorrência expressiva em região de fronteira
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    Estudantes de Medicina em Roda: os Diálogos da Extensão Popular com os Indígenas Potiguara
    (Associação Brasileira de Educação Médica, 2020) Luna, Willian Fernandes; Nordi, Aline Barreto de Almeida; Rached, Karolina Saad; Correia, Marcella Barros Alencar; Carvalho, Alice Ribeiro Viana de; Morais, Lenildo Filho Dias De
    Introdução: A extensão universitária com populações excluídas socialmente pode ser uma estratégia na formação de profissionais sobre a diversidade cultural e social brasileira. A perspectiva da Educação Popular em Saúde (EPS) nesse contexto é uma das possibilidades para fomentar interações dialógicas entre ensino e comunidade, favorecendo espaço para o desenvolvimento da formação em saúde com compromisso social. O Projeto de Extensão Îandé Gûatá surge em 2013, na Paraíba, a partir dos princípios da EPS e da Extensão Popular, com foco no encontro entre indígenas Potiguara e estudantes de Medicina. Esta pesquisa objetivou avaliar os aprendizados construídos pelos extensionistas desse projeto em sua formação médica. Método: Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa com abordagem qualitativa a partir dos referenciais teórico-metodológicos das práticas discursivas. Utilizou-se a técnica da roda de conversa para construção de dados, realizada no momento de encerramento do ciclo do projeto. Para análise do material, foram identificados repertórios linguísticos a partir das falas dos sujeitos com construção de três conjuntos de sentidos: a extensão universitária como espaço contra-hegemônico de formação médica; o desenvolvimento de competências gerais para o futuro profissional de saúde; o encontro entre diferentes culturas nas vivências da extensão. Os repertórios linguísticos foram discutidos com base em referenciais teóricos de EPS, saúde indígena e competências na educação médica. Resultados: Nas falas dos estudantes, o projeto permitiu ganhos nos seguintes atributos: conhecimento, porque permitiu reflexões, identificação de lacunas e maior entendimento sobre o processo saúde-doença no contexto da população indígena; habilidades de fazer e receber críticas, de trabalho em equipe e de diálogo entre culturas diferentes; e atitudes, ampliando a postura do profissionalismo, a compreensão e a ação perante as questões éticas e sociais. Conclusões: Dessa forma, destacam não somente o desenvolvimento de competências gerais para o futuro médico, mas também as mais específicas, como a competência cultural. Além disso, enfatizam o desafio de dialogar na polaridade, de modo a diminuir as distâncias dentro do mesmo espaço institucional e do conflito cultural, e promover a compreensão e ação numa educação emancipatória. Esse coletivo de estudantes esperançou com a comunidade indígena a aproximação dessas distâncias, num compromisso coletivo de produzir mudança e transformação social
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    Perspectivas de estudantes de Medicina sobre a própria formação e competências para trabalhar com populações indígenas
    (Associação Brasileira de Educação Médica, 2023) Magalhães, Carolina Martins de Magalhães; Rosa, Christie Klüssner; Souza, Tamires Patrícia; Rossetto, Maíra
    Introdução: A formação médica brasileira tem sido repensada a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais que mostram a necessidade de inserir nos currículos abordagens que considerem a formação de médicos generalistas, voltados à assistência de populações vulneráveis. Objetivo: Este estudo teve como objetivos descrever o perfil de estudantes de Medicina das universidades de Santa Catarina e analisar quais competências eles consideram necessárias para atender a população indígena. Método: Trata-se de uma pesquisa com abordagens quantitativa do tipo transversal e qualitativa de natureza exploratória. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário on-line com estudantes de Medicina do estado de Santa Catarina. Realizou-se a análise quantitativa dos dados por meio de estatística descritiva, e, no caso dos dados qualitativos, adotou-se a análise de conteúdo. Resultado: No perfil foi identificado predomínio de mulheres (66,95%), com idade média de 24,47 anos (± 5,35). Dos estudantes, 83,26% se autodeclararam de raça/cor branca, 76,99% nasceram na Região Sul do Brasil, 41,43% cursavam o ciclo básico do curso, e 45,61% não ingressaram por cota. Em relação à renda, 52,3% possuíam renda familiar de até cinco salários mínimos. As categorias que emergiram da análise foram habilidades comunicativas (capacidade de construir uma boa relação médico-paciente e de se comunicar), empatia (vontade de olhar o indivíduo pelas experiências dele e utilizar isso para auxiliar o tratamento), aspectos culturais (conhecimento antropológico e cultural da comunidade à qual for prestar assistência) e determinantes sociais (compreensão das vulnerabilidades específicas dessa população). Conclusão: O presente artigo permitiu refletir sobre o estudo da pluralidade acerca dos processos de saúde e doença no que diz respeito à saúde indígena, e analisou quem são os estudantes e de que forma a saúde indígena e as competências médicas para atender essa população estão sendo abordadas ao longo da formação no estado de Santa Catarina
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    Intertextuality and knowledge translation in travel reports: the Capim River and its inhabitants in the narratives of Alfred Russel Wallace (1849), João Barbosa Rodrigues (1874–1875) and Emil Goeldi (1897)
    (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2022) Sanjad, Nelson; Ximenes, Cláudio
    O artigo analisa as narrativas de três viagens ao longo do rio Capim, no estado do Pará, entre 1849 e 1897: as de Alfred Russel Wallace (1823–1913), de João Barbosa Rodrigues (1842–1909) e de Emílio Goeldi (1859– 1917), que viajou na companhia de um outro cientista, Jacques Huber (1867–1914). Esses são considerados os primeiros cientistas a explorarem o rio e a publicarem trabalhos sobre ele. Destacamos a intertextualidade presente nos relatos que escreveram e também o processo de tradução de conhecimentos entre os viajantes e seus interlocutores, uma abordagem que reputamos como necessária e incontornável ao desenvolvimento desse campo de investigações. Nossas principais fontes são as narrativas publicadas, por vezes associadas a manuscritos e à iconografia
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    Remote spatial analysis lacking ethnographic grounding mischaracterizes sustainability of Indigenous burning regime
    (BIOTA - FAPESP, 2022) Welch, James R.; Brondizio, Eduardo S.; Coimbra Jr., Carlos E. A.
    A pesquisa científica que pretende avaliar regimes indígenas de queimadas na ausência de dados ecológicos contextualizados etnograficamente corre o risco de exacerbar o jogo de culpabilização do fogo, fornecendo evidências para apoiar narrativas distorcidas apresentadas por militantes anti-indígenas. A análise espacial de cicatrizes de fogo em territórios indígenas pode ser uma ferramenta eficaz para caracterizar regimes culturais de fogo em termos de distribuição e frequência, especialmente quando qualificada por ligações a diferentes ecossistemas locais. Um artigo publicado recentemente se baseou no mapeamento de cicatrizes de fogo a partir de imagens de satélite para avaliar a distribuição e frequência antropogênica de fogo na Terra Indígena Pimentel Barbosa, Brasil Central. Os autores usam seus resultados para caracterizar o uso do fogo pelos A'uwẽ (Xavante) como não manejado e um modelo insustentável de uso de recursos do cerrado. Neste artigo, discutimos o artigo recente de Aguiar & Martins à luz de nossa pesquisa de longa duração sobre a caçada com fogo praticada pelos A'uwẽ na Terra Indígena Pimentel Barbosa, argumentando que os caçadores A'uwẽ queimam de acordo com protocolos culturais estabelecidos, manejam o fogo de maneira conservacionista e não causam degradação ambiental pela queimada
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    Experiências de médicos brasileiros em seus primeiros meses na Atenção Primária à Saúde na Terra Indígena Yanomami
    (UNESP, 2021) Freitas, Fernanda Pereira de Paula; Luna, Willian Fernandes; Bastos, Luiz Otávio de Araujo; Ávila, Bruna Teixeira
    O Programa Mais Médicos ampliou o acesso à assistência médica nos contextos indígenas brasileiros, como na Terra Yanomami (TY). Até novembro de 2018, na TY havia exclusivamente médicos cubanos, quando foram substituídos por brasileiros. Esta pesquisa qualitativa buscou compreender as experiências desses médicos brasileiros em seus primeiros meses de trabalho. Realizou-se análise temática dos conteúdos provenientes de entrevistas semiestruturadas, tendo como fio condutor os princípios da Atenção Primária à Saúde (APS) e como referenciais teóricos o saber da experiência e as políticas de saúde indígena. Emergiram três categorias relacionadas ao cuidado em saúde indígena: processo de trabalho, encontro entre culturas e formação médica. As experiências mostraram-se complexas e heterogêneas, com demonstração de satisfação e aprendizados. Conclui-se que o cuidado em saúde indígena demanda um olhar singular e diferenciado para os princípios da APS, devendo-se construir competências para atuação médica nesse contexto
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    Mapeamento e experiências de indígenas nas escolas médicas federais brasileiras: acesso e políticas de permanência
    (UNESP, 2021) Luna, Willian Fernandes; Teixeira, Karla Caroline; Lima, Giovana Kharfan de
    A trajetória do ensino superior no Brasil é marcada pela restrição ao grupo privilegiado da população, com exclusão de pessoas indígenas. Nas últimas duas décadas, ações afirmativas foram desenvolvidas e possibilitaram o acesso de alguns indígenas às graduações de Medicina. Objetivando-se mapear e conhecer as experiências desses estudantes nas universidades federais brasileiras, desenvolveu-se uma pesquisa exploratória, quanti-qualitativa. Foram identificados 192 estudantes indígenas em 43 escolas médicas no ano de 2019. Dessas, 14 foram visitadas, realizando-se entrevistas narrativas com 24 indígenas estudantes de Medicina. Na análise temática de conteúdo emergiram experiências narradas pelos estudantes com foco em duas categorias: acesso à escola médica e políticas de permanência nas instituições. Ao conhecer as experiências desses estudantes no meio universitário, torna-se possível contribuir para sua permanência nos cursos, superando a invisibilidade e oportunizando trajetórias que correspondam às expectativas dos povos indígenas na formação médica
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    Curso em saúde mental no contexto da Covid-19 com povos indígenas por meio de ensino remoto
    (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2022) El Kadri, Michele Rocha; Melo, Bernardo Dolabella; Souza, Michele Souza e; Noal, Debora da Silva; Serpeloni, Fernanda; Pereira, Alessandra dos Santos
    O enfrentamento à Covid-19 suscitou a necessidade da formação em Saúde Mental para profissionais da saúde, educação, proteção social e lideranças comunitárias que atuam junto aos povos indígenas. Em seus cotidianos, essas comunidades já convivem com questões que impactam a saúde mental e a espiritual, mas o sofrimento psíquico ficou ainda mais evidenciado no contexto pandêmico. O curso ‘Bem viver: Saúde Mental Indígena’, voltado para mitigar o impacto psicossocial da Covid-19 nas populações indígenas da Amazônia brasileira, exigiu estratégias inovadoras ante o desafio de ensino remoto nesse contexto de conectividade limitada e isolamento territorial. Os desenhos pedagógico e operacional do curso priorizaram o diálogo intercultural na elaboração dos conteúdos com uso de diversas ferramentas de ensino para superar barreiras de conectividade e de entendimento da língua portuguesa no formato escrito. Apesar do desafio da produção coletiva e intercultural, dada a diversidade étnica, o curso foi um espaço de produção e trocas entre profissionais de diferentes áreas e lideranças comunitárias, sempre buscando um olhar ampliado sobre as práticas de cuidado, apoio psicossocial e valorizando as formas de atenção à saúde utilizadas pelas comunidades
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    A flora da antiga capitania de Porto Seguro na viagem de Wied-Neuwied, 1815-1817: prática científica, inventário naturalista e colaboração indígena
    (Casa de Oswaldo Cruz, 2021) Cancela, Francisco
    O artigo revisita o relato da Viagem ao Brasil (1815-1817) de Maximiliano de Wied na perspectiva de valorizar as contribuições dos registros da expedição do príncipe naturalista para a história natural, especialmente no levantamento da flora do atual extremo sul da Bahia. A abordagem perpassa a análise das características gerais da produção científica no campo da história natural e dos relatos de viagens do século XIX, bem como do perfil biobibliográfico do viajante. O objetivo central é demonstrar como se deu a relação do naturalista com as populações indígenas na produção do seu inventário florístico, destacando a importância dos saberes e fazeres dos índios para o trabalho do naturalista europeu
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    Desafios epistemológicos da pesquisa com indígenas: reflexões baseadas na experiência com mapa conceitual
    (REBEn, 2022) Severo, Denise Osório; Dias, Ieda Maria Ávila Vargas; Hoefel, Maria da Graça Luderitz; Jardim, Paulo de Tarso Coelho
    Objetivos: discutir a aplicabilidade do mapa conceitual e suas subjacentes ancoragens teóricas; e analisar os desafios e potencialidades desse método no que tange à participação dos povos indígenas. Métodos: relato de experiência da utilização do mapa conceitual como instrumento de coleta de dados. Resultados: o estudo permitiu discutir as aproximações e distanciamentos epistêmicos, assim como analisar em que medida o mapa conceitual favoreceu o processo de produção conjunta de conhecimento com os povos indígenas. A experiência com esse tipo de delineamento de pesquisa também revelou desafios epistemológicos que refletem as relações históricas estabelecidas, cuja superação implica a construção de novas formas de relações científicas igualitárias e interculturais. Considerações Finais: o mapa conceitual compõe, teoricamente, uma metodologia participativa estruturada, que possibilita a coleta de dados e a construção coletiva de saberes, desde que sejam levadas em consideração as diversidades culturais, epistêmicas, sociais e políticas de todos os atores sociais envolvidos
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    Supervisão acadêmica de médicos em áreas indígenas durante a pandemia de Covid-19
    (UNESP, 2023) Freitas, Fernanda Pereira de Paula; Chiavo, Augusto Cezar Dal; Miranda, Camila Zambam de
    Trata-se de estudo qualitativo sobre o papel da supervisão acadêmica do Grupo Especial de Supervisão do Projeto Mais Médicos para o Brasil de Roraima (GES-RR) durante a pandemia de Covid-19. Foi realizada uma cartografia, com entrevistas e uma roda de conversa. Durante a pandemia, a Atenção à Saúde Indígena passou por rearranjos e a supervisão acadêmica do GES-RR exerceu-se remotamente, o que reduziu seu potencial, mas manteve sua relevância. O acolhimento dos médicos pelos supervisores potencializou a capacidade transformadora da assistência e diminuiu a sensação de isolamento e abandono. O GES-RR foi importante para a mediação de conflitos com a gestão, para a qualificação do trabalho médico, para a reflexão sobre as relações e condições de trabalho e como espaço privilegiado de Educação Permanente em Saúde. O estudo mostrou a importância dos papéis exercidos e da retomada presencial em momento oportuno
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    Indígenas universitários no primeiro semestre da pandemia de Covid-19: experiências em uma moradia estudantil
    (UNESP/Departamento de Saúde Pública, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2024) Souza, Raniel Martinha de; Luna, Willian Fernandes; Teixeira, Iraí Maria de Campos
    O artigo descreve experiências de indígenas universitários que viveram em uma moradia estudantil durante o período de distanciamento social ampliado no primeiro semestre da pandemia de Covid-19. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com utilização de diário de campo, levantamento documental e entrevistas. Foi realizada análise temática de conteúdo, sob a óptica dos conceitos de situação-limite, inéditos viáveis e resiliência. Foram duas categorias identificadas: sofrimento no contexto do distanciamento social e estratégias de superação de dificuldades. Vivenciaram incertezas e limites trazidos pela pandemia, medos por estarem distantes e adoecimentos. Como enfrentamento, surgiram adaptações no ensino, na pesquisa e na extensão; estratégias individuais para além de atividades acadêmicas; e busca de construções coletivas possíveis visando à resiliência e à desconstrução de visões estereotipadas no ambiente acadêmico
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    “Nunca mais o Brasil sem nós”: povos indígenas no Censo Demográfico 2022
    (ENSP/Fiocruz, 2024) Simoni, Alessandra Traldi; Guimarães, Bruno Nogueira; Santos, Ricardo Ventura
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    National Abortion Survey - Brazil, 2021
    (ABRASCO, 2023) Diniz, Debora; Medeiros, Marcelo; Madeiro, Alberto
    A Pesquisa Nacional de Aborto 2021 (PNA 2021) empregou questionários estruturados face a face e um questionário autoadministrado depositado em uma urna para coletar informações sobre aborto no Brasil. As entrevistas foram realizadas em uma amostra representativa de 2.000 mulheres selecionadas aleatoriamente com idades entre 18 e 39 anos e residentes em áreas urbanas. Comparamos alguns dos resultados com ondas anteriores da pesquisa, PNA 2010 e PNA 2016. O aborto está em declínio, porém segue como importante questão de saúde pública. Cerca de 10% das mulheres em 2021 disseram ter feito ao menos um aborto na vida (15% em 2010). Estimamos que aproximadamente uma em cada sete mulheres (15%) teve um aborto aos 40 anos. Houve declínio na proporção de mulheres que foram hospitalizadas para finalizar o aborto (55% em 2010; 43% em 2021; p = 0,003) e na proporção de mulheres que usaram medicamentos para o aborto (48% em 2010; 39% em 2021; p = 0,028). O aborto é um evento que ocorre no início na vida reprodutiva das mulheres: a PNA 2021 constatou que 52% tinham 19 anos ou menos quando fizeram o primeiro aborto. Taxas mais altas foram detectadas entre as entrevistadas com menor escolaridade, negras e indígenas e residentes em regiões mais pobres
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    Relatos de exploradores e viajantes e primeiras pesquisas científicas com a ayahuasca, 1850-1950, no debate atual sobre o “renascimento psicodélico”
    (Casa de Oswaldo Cruz, 2023) Lima, Vinícius Maurício de; Marinho, Maria Gabriela Silva Martins da Cunha
    O artigo descreve associações e controvérsias entre usos indígenas e ocidentais da ayahuasca, de 1850 a 1950, na relação com o “renascimento psicodélico”. Destaque na ciência desde 2000, esse movimento faz referência a 1960-1970, quando políticas antidrogas suspenderam pesquisas sobre “potenciais terapêuticos” de substâncias psicoativas. Argumenta-se que estudos pioneiros com a ayahuasca datam do início do século XX e mencionam relatos de expedições à Amazônia desde 1850. Esses artigos e relatos são analisados pelo aspecto histórico da teoria do ator-rede e de estudos recentes. Infere-se que a história ilumina o debate político atual sobre os usos, classificações e significados indígenas; o interesse farmacêutico na ayahuasca; e a discussão sobre “drogas”
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    Práticas de mulheres indígenas mediante seu processo gestacional, pré-natal, parto e puerpério
    (CDRR Editors, 2022) Kaminski, Leydyane Silva; Silva, Jéssica Pereira; Dias, Adriana Keila; Markus, Glaucya Wanderley Santos; Pereira, Reobbe Aguiar
    O Brasil é um país repleto de diversidade e lar de diferentes tribos indígenas com tradições culturais e étnicas distintas do restante da sociedade, para a mulher indígena a gravidez é tida como um sonho, que transcende o mundo sobrenatural. Nesse contexto o presente trabalho tem objetivo de descrever as práticas e a cultura de mulheres indígenas mediante seu processo gestacional, pré-natal, parto e puerpério. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica narrativa, de caráter quantiqualitativo, que utilizou dados disponíveis no Sistema de Informação de Nascidos Vivos – SINASC e artigos publicados nas bases de dados Google Acadêmico e SciELO. Observa-se que a população indígena se encontra em vulnerabilidade, onde apresenta alta taxa de fecundidade e razão de mortalidade materna, em relação ao pré-natal a maioria das mulheres indígenas realizaram de 7 a mais consultas, é importante destacar que no país as condições de saúde e influências culturais e socioeconômicas influenciam na escolha acerca do tipo de parto, e entre as mulheres indígenas no período de 2018 a 2020 o parto vaginal foi o mais recorrente, e a maioria dos partos se deu em ambiente hospitalar. Assim faz-se necessário um olhar diferenciado dos profissionais de saúde em relação as mulheres indígenas, afim de que mesmo no ambiente hospitalar seja respeitado os seus aspectos étnicos e culturais.