ASMT - Trabalhos de Conclusão de Curso
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Documento escrito apresentado para conclusão de curso de graduação, especialização, entre outros.
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Item Cândida Patté, parteira tradicional do Povo Xokleng Laklãnõ: retomada de práticas tradicionais e a saúde das mulheres(2020) Camlém, Elaine Kosiclã; Schild, Joziléia Daniza Jagso InacioEsta pesquisa apresenta a discussão em torno das memórias sobre Cândida Patté, conhecida entre os Xokleng como dona Candinha, mulher indígena Laklãnõ Xokleng, parteira, que detinha saber ancestral e tradicional do ato de partejar, e de cuidar de outras mulheres. Procurei compreender a importância do parto tradicional e o saber ancestral associado a esta prática que envolve a massagem, o banho, os chás, a dieta e o cuidado de uma para com as outras. Trouxe os relatos das mulheres mais velhas e das jovens que, embora tenham tido acompanhamento da equipe multidisciplinar da SESAI, buscaram dona Candinha durante a gestaçãoItem Conhecimento e uso de plantas pelos kaingang na Terra Indígena Guarita, RS(2015) Amaral, Argeu Mĩg; Peroni, NivaldoEste trabalho trata das questões relacionadas ao uso de plantas de várias formas pelas comunidades do setor de Linha São Paulo, São João do Irapuá e Mato Queimado da Terra Indígena da Guarita do estado do Rio Grande Sul, (RS). Seus objetivos são para questionar a relação da comunidade com as plantas principalmente as que não são cultivadas nas lavouras e o modo de uso bem como na alimentação, remédios, artesanatos e construções entre vários outros usos. O texto foi feito a partir da experiência vivida nas três comunidades, através de observação e entrevistas e da valorização das sabedorias dos mais velhos. Assim contém tabelas com mais de noventa (90) nomes de plantas cada uma seus respectivos usos. E foi visto também como era transmitido o conhecimento sobre as plantas no passado e hoje, ainda a situação do meio ambiente no passado e atualmente naquela localidade. De modo que valoriza os conhecimentos e a sua transmissão, com isso será possível sensibilizar a comunidade para preservação do meio ambiente.Item Kunhangue arandu rekó, ta´ánga re a´egui nhembopara: sabedoria dos ciclos de vida das mulheres guarani em pinturas e palavras(2020) Timóteo Ara'i, Gennis Martins; Zea, Evelyn Martina SchulerEste trabalho de conclusão de curso tem como tema central o ciclo da vida das mulheres Guarani da minha família, trazendo uma conexão entre a arte das minhas pinturas e a ciência da escrita. A pesquisa traz como referencias principais os conhecimentos tradicionais ensinados pela minha mãe e o modo de ser mulher guarani da minha família. Cada capítulo inicia com uma pintura que faz menção a cada ciclo da vida da mulher. Começando pela menarca que é uma iniciação importante para a menina Guarani. Porque é um momento em que se iniciará uma nova caminhada pelo mundo dos adultos. Após a menarca surgirão outras novas fases do ciclo, como a gestação que é o momento único sagrado. O parto e o pós-parto que são fases em que nós mulheres trazemos ao mundo novos seres humanos e que devemos cuidar e amar. A menopausa, que é o momento em que nossa fertilidade do útero chega ao fim, mas que nosso coração de mãe continuará fértil. E finalmente chega a fase da ancianidade em que somos consideradas anciãs. É quando já acumulamos muitas experiências e conhecimentos. Tornamo-nos sábias, conhecedoras de todos os segredos de cura e de toda a sabedoria da vida feminina Guarani.Item Práticas e dosagens tradicionais da medicina Pataxó da Aldeia Boca na Mata(2018) Santana, Joseane Ponçada; David, Maria ManuelaO trabalho apresenta algumas ervas utilizadas pelo povo Pataxó no processo tradicional de cura, assim como analisa a forma de preparo e as dosagens utilizadas na elaboração dos remédios tradicionais da medicina Pataxó da Aldeia Boca da Mata. Para a realização do mesmo foram feitas entrevistas, rodas de conversas com os mais velhos, gravações audiovisuais e observações a partir da produção dos medicamentos. Foi possível compreender de forma relevante, como é realizada a prática e a dosagem tradicional da medicina Pataxó, foco da minha pesquisa. Dessa forma, registrei os modos de preparo dos “banhos” quentes e frios e de alguns remédios caseiros, evidenciando suas quantidades e dosagens, mostrarei a importância das “rezas” que são feitas por benzedores da Aldeia. Na intenção de mostrar como se encontra a prática cultural, relacionada à medicina tradicional no cenário atual, procuro perceber o quanto as práticas medicinais estão presentes entre os “mais velhos”, mães com filhos pequenos, parteiras, bem como lembrar dos momentos de luta, sofrimento e grandes conquistas dos Pataxó ao longo da históriaItem Plantas medicinais do povo Gavião: revitalização do conhecimento tradicional(2015) Gavião, José Palavh; Nunes, Reginaldo de OliveiraO trabalho de conclusão de curso tem papel fundamental para o povo Gavião de Rondônia, principalmente quando se fala da preservação e resgate dos conhecimentos empíricos do povo e valorização destes conhecimentos sobre plantas medicinais. Assim, podemos garantir a manutenção dos conhecimentos às futuras gerações, para que os mesmos conheçam os modos de preparo, potencial de cura, os valores e deste modo possa vir a garantir a preservação tanto deste conhecimento quando do meio ambiente que nos cerca. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo identificar e categorizar as ervas medicinais conforme os conhecimentos do povo Gavião. O estudo foi realizado na comunidade Cacoal, povo Gavião, município de Ji-Paraná, contando com aproximadamente 60 pessoas, sendo 04 idosos. Adotou-se a pesquisa qualitativa, utilizando-se como instrumento de coleta de dados entrevista com os sabedores mais velhos da Aldeia. As coletas das espécies referenciadas nas entrevistas foram realizadas na área de vegetação nativa da aldeia. Para identificação das espécies, utilizou-se de fotografias e informações morfológicas e anatômicas das plantas. A análise se baseou nas informações sobre as partes da planta utilizadas e suas finalidades, bem como os rituais de preparo dos remédios tradicionais. Observa-se um conhecimento essencial para a preservação da cultura tradicional sobre as plantas medicinais do povo Gavião, onde foram listadas 24 plantas com diversas finalidades. Neste sentido, o trabalho não tem somente a função de registrar essas plantas, mas sim compartilhar esse conhecimento sistematizado com toda a população da comunidade indígena.Item O processo de cura com plantas medicinais do povo Karitiana(2016) Karitiana, Marcelo Tasegngã; Nunes, Reginaldo de OliveiraA pesquisa teve como objetivo, pesquisar as plantas medicinais que o povo Karitiana utiliza para prevenir e curar suas doenças. Usou as entrevistadas com o sabedor para obter as informações sobre as plantas, e também fomos ao local onde existem as plantas para fazer o registro das fotografias. O trabalho é importante, pois visa registrar as espécies que o povo usa e deixar guardado para os filhos, netos e bisnetos do povo. Ao todo foram registradas 35 espécies de plantas com demonstração da parte que utiliza e como utiliza e para que servem. Também foram citados mais 57 nomes de plantas medicinais e o registro fotográfico de algumas das espécies em anexo. Foi muito importante desenvolver a pesquisa e ainda tem muito a se pesquisar, espero que os novos acadêmicos Karitiana deem continuidade no estudo para aumentar a relação das plantas usadas pelo povo Karitiana, que garantem a saúde e sobrevivência do nosso povo.Item As plantas medicinais da Aldeia Prata no território Xakriabá: resgatando e valorizando os conhecimentos tradicionais(2019) Araújo, Lindaura Gomes de; Silveira Junior, Célio da; Andrade, Rebeca CássiaEsse trabalho foi realizado na aldeia Prata, Terra Indígena Xakriabá município de São João das Missões no norte de Minas Gerais. Visou fortalecer o uso das plantas medicinais e deixar registrado os conhecimentos tradicionais do povo Xakriabá da aldeia Prata sobre as plantas que servem de remédio. As plantas medicinais são algo que eu gosto muito, e por isso fiz o percurso sobre esse assunto. Também para que a juventude possa dar mais valor na medicina tradicional Xakriabá e assim reforçar a pratica cultural em relação as plantas medicinais. As plantas estão muito presentes na vida das pessoas da minha aldeia, porem atualmente os jovens estão perdendo aos poucos o uso e alguns conhecimentos sobre elas e substituindo-as por remédios de farmácia (comprimidos). É importante que esse conhecimento não se perca e que fique registrado para as próximas gerações, fazendo com que nossa cultura permaneça viva e praticada pelos jovens. Assim, a diversidade de plantas também pode ser preservada e os conhecimentos tradicionais valorizados por todos. A análise feita neste trabalho foi dividida em nove categorias de acordo com as entrevistas e o desenvolvimento das mesmas, essas categorias são: plantas, seus usos, indicações, partes usadas e métodos de preparação; casa de medicina; transmissão do conhecimento de uma geração para outra; cultivo de plantas; preservação das plantas; relação com saúde; fonte de renda; ciências das plantas; e a escola e as plantas no currículo. Foram realizadas quatro entrevistas com pessoas da minha aldeia; além do registro com fotos de plantas do quintal e da mata. A realização desse trabalho foi muito importante para mim, pois aprendi bastante. Com ele conheci muitas plantas medicinais. Foi um aprendizado não só na teoria mas também na pratica. Através das análises de dados pude perceber ainda mais que as plantas medicinais e os conhecimentos sobre elas são muito importantes e valorizados pelas pessoas da minha comunidade. Hoje falta algumas espécies de plantas, devido à falta de agua. Porém, os ensinamentos sobre as plantas medicinais devem permanecer, para que as futuras gerações conheçam as utilidades delas.Item O uso das ervas medicinais na atualidade kaingang da Terra Indígena Xapecó, Santa Catarina, Brasil(2015) Mendes, Ivania; Diehl, Eliana ElisabethO uso das ervas medicinais vem crescendo entre as populações do mundo todo devido ao alto poder de cura e benefício para a saúde humana. Na botânica, existem inúmeras experiências de identificação devido à grande biodiversidade delas no Brasil, com grande repercussão nos meios sociais, havendo ainda muitas plantas a serem reconhecidas e catalogadas pelos biólogos e cientistas. O objetivo geral deste estudo é analisar os usos das ervas medicinais no cotidiano Kaingang da aldeia Pinhalzinho (TI Xapecó, SC), relacionando com a situação ambiental atual. Durante o período da pesquisa, realizada entre abril e novembro de 2014, fiz entrevistas com kujá (kujá é uma pessoa com dons espirituais, que tem o conhecimento do tempo, espaço, rituais, cânticos, língua dos animais e sobre ervas medicinais), kofá, mulheres e jovens. Na etnia Kaingang, as ervas (plantas) medicinais são usadas em tratamento de doenças em geral, sendo que houve época que só faziam o uso das ervas orientados pelos kujá, rezadores (são as pessoas que participam ajudando o kujá nos rituais do Kiki, para a passagem dos mortos, para o descanso eterno) e benzedores (são as pessoas que têm o conhecimento da prática de benzimentos para algumas doenças, como cobreiro, vermes, susto, entre outras). Há alguns anos esse conhecimento das ervas se tornou mais frequente entre as famílias, repassado de pais para filhos. Porém, até hoje tem conhecimento que somente o kujá sabe e que é repassado a alguém de sua inteira confiança e que será assim repassado a outros que guardarão sigilo até o fim de sua vida. A prática do uso de ervas medicinal vem diminuindo aos poucos na aldeia devido ao aumento da demanda da oferta e procura de medicamentos no posto de saúde. A existência, no posto de saúde da aldeia, de um horto medicinal com uma cozinha de fitoterápicos que fornece chás, xaropes e pomadas para a população também pode estar desestimulando a busca das ervas no mato. O aumento de lavouras e o uso de agrotóxicos também têm contribuído para a diminuição das espécies de muitas ervas medicinais de extrema importância para o tratamento de doenças e usadas em rituais. O surgimento de outras crenças aos poucos tem se propagado e muitos Kaingang se convertem a essas religiões, deixando de lado o uso de plantas medicinais.Item Moã Ka’Aguy Regua - Tekoa Mbiguaçu: As memórias das plantas medicinais(2020) Martins, Daniel Timóteo; Heusi, NádiaA presente pesquisa trata das formas tradicionais de aprendizagem e sabedorias das plantas medicinais guarani da minha família e da minha comunidade, Tekoa Yyn Morontchi Whera (T.I. MBIGUAÇU), localizada no litoral de Santa Catarina. A partir da minha vivência como Guarani Nhandeva-Tchiripa, trago a memória e o meu aprendizado do dia a dia e das relações sociais com a comunidade. As plantas medicinais são um dos fundamentos principais para a educação corporal guarani, elas fazem parte das narrativas de criação de mundo e do reconhecimento do território tradicional. Apresento a genealogia e a caminhada da minha família até a comunidade Mbiguaçu, trago também o Nhandereko (modo de vida guarani) e as organizações internas, associados ao uso das plantas medicinais e à nossa cosmologia, bem como ao mborai, edjerodjyi (canto e dança) e outros rituais necessários para o fortalecimento do nhee (espírito). Descrevo a importância e o respeito aos espíritos das plantas e o modo como devem ser tratadas. Por fim, comento experiências do saber tradicional, repassado na escola como uma maneira de resistência e resiliência.Item Alimentação Tradicional Kaingang: plantas que alimentam, ervas que curam(2020) Paula, Sandra de; Darella, Maria Dorothea PostO presente TCC aborda saberes e práticas Kaingang sobre plantas utilizadas tradicionalmente através da alimentação dos Kaingang na Terra Indígena Toldo Imbu, situada no oeste do estado de Santa Catarina. Trata-se de uma pesquisa de campo que busca melhor compreender conhecimentos dos kófa (anciões), bem como possíveisalternativas para que a retomada de saberes culturais ancestrais aconteça de forma articulada, pensando em alimentação, saúde, meio ambiente, demarcação de terra.Justifica-se este TCC pelo fato da utilização de plantas de alimentação e medicinais para o tratamento de enfermidades estar enraizada na cultura kaingang e poder suprir, em parte, a deficiente atenção à saúde. As iniciativas de retomada são possíveis e já ocorrem no Toldo Imbu e em outras comunidades. O uso de plantas e alimentos tradicionais estão relacionados com atividades que precisam ser vivenciadas primordialmente na família e na escola, na relação com os kófa, no desenvolvimento de projetos específicos e na motivação permanente para a responsabilidade ambiental, preservando a cultura e os costumes kaingang que são preciosos, especialmente na promoção da saúde da comunidade. Com o resultado de minha pesquisa, minha visão, meu objetivo é contribuir para a conscientização das crianças e adolescentes no que diz respeito ao reflorestamento nas nascentes na Terra Indígena Toldo Imbu, pois no processo de colonização uma das riquezas exploradas foi a mata para a produção de lavouras de soja, restando apenas algumas nascentes. Estamos a um passo de deixarem de existir. Essa é a realidade do meio ambiente e das famílias do Toldo Imbu. Acentuo saberes e práticas kaingang quanto a plantas que alimentam e ervas que curam e mostro a importância de se preservar as nascentes, replantando algumas plantas nativas e preservando as folhas comestíveis que ali estão resistindo às mudanças climáticas e ao ar contaminado, devido, sobretudo, ao uso excessivo de agrotóxicos no oeste de Santa Catarina, tudo isso em função do crescimento econômico.Item Ervas medicinais na comunidade de missão indígena, TI Guarita, Rio Grande do Sul(2015) Mineiro, Tamara; Hanazaki, NataliaNa minha pesquisa mostro a importância das ervas medicinais para as famílias Kaingang na comunidade do Setor Missão Indígena, como alguas ervas são usadas e quando. Esta pesquisa foi baseada em entrevistas com alguns moradores mais antigos. Segundo eles, o mais importante na utilização de plantas medicinais é saber identificar as plantas, e a melhor maneira de fazer isso é ver a planta no seu estado natural, pois cada espécie de erva tem os seus espíritos por isso quando for coletar tem que conversar com a planta pra ela pode fazer o rapido efeito na pessoa que vai usar. Também é importante na coleta das ervas usar muito os sentidos como: a visão, olfato, tato e o paladar, pois cada espécie de erva é diferente. As diferentes ervas são encontradas em matas pequenas no quintal das casas, nas roças nas beiras dos rios, e algumas espécies são mais raras e encontradas na mata, como por exemplo a erva-cruzeiro. Apesar do uso de ervas medicinais não acontecer em todas as famílias, ainda existem ervas importantes no Setor Missão. Por isso é importante não esquecer os conhecimentos Kaingang sobre as ervas medicinais, porque isso sempre fez parte da cultura.Item A utilidade das plantas medicinais para o povo Pataxó de Aldeia Velha(2019) Meira, Wagner Santos; Silveira, Katia Pedroso; Ribeiro, Natália AlmeidaEste trabalho foi desenvolvido na Comunidade Indígena Pataxó Aldeia Velha, localizada no Distrito de Arraial D’Ajuda, Porto Seguro BA, e teve como objetivo resgatar os saberes tradicionais sobre o uso e as utilidades das plantas medicinais para alimentação, remédios, chás, banhos e defumadores. O uso dessas plantas sempre foi feito pelo nosso povo, uma cultura milenar a qual é passada de pai para filho. Para atingir o objetivo deste trabalho entrevistei quatro anciões da aldeia. Estes foram escolhidos por conhecerem muito bem cada um dos usos e utilidades mencionadas. Este trabalho contribuiu tanto para nos ajudar a compreender mais sobre os saberes tradicionais que envolvem as plantas medicinais quanto para o levantamento de informações sobre o tema para uso na nossa escola e na comunidade. Em meio a tanta tecnologia, que atrai nossos jovens, cada vez mais intensamente, percebi que muitas crianças estavam perdendo o prazer de praticar sua cultura para ficar horas brincando com o celular, com tudo isso, é que procuramos contribuir para que essa cultura continue viva e de grande importância para nosso povoItem Kujá e ervas medicinais(2015) Bento, Armandio Kankar; Brighenti, Clovis AntonioO presente trabalho, tem como objetivo compreender uma das principais caraterísticas dos costumes e tradições Kaingang que é o usos das ervas medicinais. Com o título Kujà e suas ervas medicinais nosso artigo aborda sobre como esses costumes são utilizados hoje, como são transmitidos às nossas crianças quando estas estão aptas a adquirir o conhecimento sobre as ervas medicinais. A tradição das ervas não pode ser dissociado de outros costumes tradicionais nossos, principalmente a nossa língua. Discutiremos como esses conhecimentos estão sendo repassados aos mais novos Kaingang pelos Kujá, que são as pessoas que dominam hoje uma das partes mais importantes de nossos costumes e detém conhecimentos sobre as ervas medicinais. No decorrer do relato abordaremos muitos desses conhecimentos com uma melhor clareza, até mesmo porque o determinado tema precisa ser tratado com muita responsabilidade diante do compromisso que assumo com o nosso conhecimento tradicional. Digo pois, conhecimentos esses historicamente repassados às gerações e principalmente considerando a oralidade, dentro de uma realidade totalmente diferente da nossa época de agora, onde os nossos Kujá não sofriam repreensão pelas religiões ocidentais. Pretendemos discutir esse tema tomando aspectos de seu uso social na comunidade e nas suas formas de transmissão de conhecimentos, considerando o contexto atual e seus inúmeros desafios. Dada essa preocupação, verificaremos como os melhores pensadores de nosso povo estão estrategiando em como fazer para que nenhum Kaingang tenha receio em se autodeclarar. Assim, nós pensamos para a nossa geração futura ou seja, definir estratégias de continuar mantendo os nossos costumes e tradições, diante da nova tecnologia, não negando sua importância mas sabendo usá-laItem Parto tradicional do povo Pataxó HãHã Hãe(2019) Moraes, Sara Santos; Pena, Erica Dumont; Sierra, Luz Alba BallenO parto tradicional indígena é importante por ocorrer no aconchego familiar, promover o cuidado da mãe e do bebê com respeito e carinho a partir dos cuidados tradicionais da parteira, que com sua experiência transmite segurança e promove assim uma recuperação rápida e um começo de vida com mais saúde. O objetivo principal deste trabalho foi analisar o saber tradicional Pataxó Hã hã hãe sobre a gestação, o parto e o nascimento, como um saber histórico e cultural. O presente trabalho foi uma missão a mim confiada pela minha saudosa avó paterna, através de um sonho. No inicio relutei pois sabia que não seria fácil, por se tratar de uma área diferente da que atuo, com o passar dos dias percebi que o saber tradicional está inserido em todas as nossas vivências e passei então a me dedicar e a colocar em prática o desenvolvimento deste trabalho através de entrevistas as parteiras, anciãos, mulheres grávidas, como minha filha e minha nora, também foi realizada roda de conversa e atividades com os alunos do Estágio V EJA noturno e os alunos do 3º Ano do Ensino Médio do Colégio Estadual da Aldeia Indígena Caramuru. Os resultados desses encontros foram organizadas de acordo com as falas das entrevistadas, as quais possuem saberes próprios, constituídos na suas histórias de vida, são elas: Dona Lizinha, Hideíldes, Maria Muniz. E também a partir da minha experiência com o parto tradicional e da roda de conversa. Os relatos apresentados nesta pesquisa demonstram que o parto tradicional está presente no povo Pataxó HãHãHãe, mesmo após a colonização e os procedimentos médicos do ocidente terem chegado as aldeias. A presença do parto tradicional é muito importante porque ela pode contribuir para combater a violência que hoje as mulheres vivem na maioria dos hospitais, provocando depressão pós-parto. Para a índia Pataxó HãHãHãe a gravidez é uma esperança para seu povo permanecer vivo e passar por violência durante o parto, ameaça ainda mais a expectativa de vida porque, deste modo, não se sabe se o seu bebê vai ter uma vida longa ou vai crescer forteItem Conhecimento tradicional do povo Oro Nao' da aldeia Bom Jesus sobre as plantas medicinais(2016) Oro Nao', José Maria; Nunes, Reginaldo de OliveiraO conhecimento tradicional do povo Oro Nao’ sobre as plantas medicinais ainda é desconhecido, pois não existe nenhuma literatura que fale sobre o tema. O objetivo desta pesquisa e fazer junto aos sabedores da aldeia um levantamento das principais plantas medicinais usadas pelo povo Oro Nao’ no tratamento de suas doenças. A pesquisa foi realizada com sabedores indígenas da Aldeia Bom Jesus, localizada na Terra Indígena Pacaas Novos, município de Guajará Mirim, Rondônia. As entrevistas foram grafadas para facilitar o registro das informações e depois transcritas para o trabalho. As plantas medicinais citadas pelos sabedores foram registradas por meio de fotografias e estão ilustradas no trabalho. Percebeu que o povo Oro Nao’ conhece as plantas medicinais e ainda fazem uso para tratar suas doenças. Esse conhecimento sobre as plantas é aprendido com os mais velhos e ainda é repassado pelos pais aos seus filhos. A pesquisa foi importante, pois registrou as principais plantas medicinais utilizadas pelo povo, sendo uma forma de registro para que as futuras gerações possam ter acesso a esse conhecimento tão importante na cultura do nosso povo.Item As ervas medicinais do povo Djeoromitxi: descrição de usos e conhecimento tradicional(2015) Jaboti, José Roberto; Nunes, Reginaldo de OliveiraO presente trabalho de conclusão de curso visa, através de uma perspectiva etnobotânica descritiva, levantar por meio do conhecimento tradicional, as espécies vegetais utilizadas na terapêutica do povo Djeoromitxi. Essa pesquisa tem fundamental importância para o grupo étnico, pois o uso dessas determinadas ervas pelo Povo Djeoromitxi estão se perdendo, e por esta razão, este trabalho vem contribuir com o fortalecimento da cultura. Essa pesquisa é inédita para a Universidade pois não há nenhum registro bibliográfico e autor que fale sobre as ervas medicinais utilizadas pelo Povo Djeoromitxi. A presente pesquisa foi realizada na comunidade Baía das Onças, localizada na Terra Indígena Rio Guaporé no município de Guajará-Mirim, estado de Rondônia. Antes do desenvolvimento da pesquisa, foi realizada uma reunião explicando o tema e o objetivo do projeto para a comunidade. As principais fontes de informação foram os mais velhos da comunidade, sendo obtidas informações através de entrevistas e demonstração de uso com incursão in loco em campo para registro e identificação das ervas medicinais. Foram citadas 14 espécies de plantas utilizadas para diversas finalidades. Foi possível com a realização desta pesquisa, identificar e analisar os usos das ervas medicinais do povo Djeoromitxi, que com as modificações da cultura tinham sido influenciadas e fez com que o povo deixasse de utilizar as ervas medicinais. Todo esse esforço é importante para o povo Djeoromitxi, evitando o uso direto do remédio da farmácia, que está fazendo mais mal do que curando as doenças. Com os dados apresentados, a Universidade pode conhecer o real potencial das ervas medicinais em relação as suas utilizações na cura de doenças do povo Djeoromitxi, o que fez com que o conhecimento tradicional fosse resgatado e fortalecido assim a cultura do povoItem As práticas de autoatenção: gravidez e pós-parto entre as mulheres Laklãnõ/Xokleng na Terra Indígena Laklãnõ(2015) Pripá, Lalan; Langdon, Esther JeanEsta pesquisa trata das práticas de autoatenção nos períodos de gravidez e pós-parto na Terra Indígena Laklãnõ. O objetivo deste trabalho é apresentar um panorama geral sobre o que seria prática de autoatenção e articulação que se tem com a medicina tradicional.Item Plantas medicinais do povo Paiter Suruí: sabedoria tradicional na aldeia Gabgir(2015) Suruí, Alexandre; Nunes, Reginaldo de OliveraPor acreditar na importância, valorização e uso dos remédios que os indígenas vêm usando, durante a sua vida tradicional na floresta antes de contato com não indígenas, foi que resolveu pesquisar e registrar sobre as diversas plantas medicinais do povo Paiter. A pesquisa é importante por ser também possível compreender as diferenças de usos e da cura entre as plantas medicinais e os remédios industrializados e também para levar esses conhecimentos registrados para sala de aula e futuras gerações dos Paiter ey. Considerando as sabedorias, porque os idosos estão morrendo e os jovens Paiter não estão pensando como devemos aproveitá-las, foi que se desenvolveu essa pesquisa. Também observando a grande riqueza que temos nas plantas medicinais, essa pesquisa visa deixar registrado um relatório com informações medicinais de uso e imagens de plantas medicinais para as futuras gerações do povo Paiter. Neste sentido, pode-se trabalhar com o resgate das raízes das plantas junto com meu povo e até mesmo na escola com os alunos. A verdade com esse avanço de estudo, nós indígenas, podemos aproveitar para registrar todas as histórias do povo, para que num futuro não tão distante tenhamos condições de ter parentes médicos, advogados, historiadores, enfermeiros, antropólogos, entre outros, visando sempre a melhoria da qualidade de vida na Terra IndígenaItem Saúde: a busca incessante do Povo Canela(2014) Barros, Jefte Alves; Gilberti, Andrea C.Item A influência do conhecimento das representações sociais do processo saúde-doença do povo Tukano do Alto Rio Negro, na prática dos profissionais da CASAI: sistematização de experiência.(2014) Barbosa, Diomedia Teixeira; Gilberti, Andrea Cadena