Browsing by Author "Baruzzi, Roberto Geraldo"
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Item Avaliação antropométrica de adolescentes Kamayurá, povo indígena do Alto Xingu, Brasil Central (2000-2001)(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, 2007-06) Sampei, Miriam A.; Canó, Eduardo N.; Fagundes, Ulysses; Lima, Evandro E. de Souza; Rodrigues, Douglas; Sigulem, Dirce Maria; Baruzzi, Roberto GeraldoApesar da proximidade dos grupos indígenas do Alto Xingu com a sociedade, os estudos têm mostrado adequação do peso para estatura e déficit de estatura para idade das crianças desses povos. Em relação aos adolescentes, pouco se conhece sobre suas condições nutricionais. O presente estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional de adolescentes Kamayurá, valendo-se de variáveis antropométricas. As medidas de peso, estatura, pregas cutâneas e circunferências corporais foram coletadas de 65 adolescentes, sendo 31 indivíduos masculinos e 34 femininos. As médias de estatura em relação à idade foram menores do que aquelas encontradas na Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição e na população de referência do National Center for Health Statistics. Houve taxa elevada de sobrepeso no sexo masculino (38,7%) e no feminino (23,5%); a obesidade foi encontrada em uma adolescente (2,9%). Nenhum adolescente com sobrepeso apresentou ambas as pregas tricipital e subescapular acima do percentil 90. Não houve casos de déficit nutricional em adolescentes de ambos os sexos. Apesar da alta prevalência de sobrepeso, o estado nutricional dos adolescentes em estudo é adequado, dada a baixa adiposidade.Item Avaliação do estado nutricional e da composição corporal das crianças índias do Alto Xingu e da etnia Ikpeng(Sociedade Brasileira de Pediatria, 2004) Fagundes, Ulysses; Kopelman, Benjamin; Oliva, Carlos Alberto Garcia; Baruzzi, Roberto Geraldo; Fagundes Neto, UlyssesOBJETIVOS: Avaliar o estado nutricional e a composição corporal de crianças índias das populações alto-xinguana e Ikpeng, comparando as populações. MÉTODOS: Avaliamos 95 crianças do Alto Xingu e 69 Ikpeng com idades entre 24 e 117 meses. Obtivemos dados sobre idade, peso, estatura, pregas cutâneas, circunferência do braço e impedância bioelétrica. Calculamos escores z para peso, estatura e estimativas da composição corporal. Tendo como referência o NCHS 2000, determinamos diagnóstico de baixo peso e baixa estatura como sendo inferior a -2 escores z para os indicadores peso/idade ou índice de massa corporal/idade e estatura/idade, respectivamente. Para obesidade, o ponto de corte foi 2 escores do indicador índice de massa corporal/idade. As massas corporais magra e gordurosa foram calculadas a partir de duas equações validadas na literatura. RESULTADOS: Diagnosticamos baixa estatura em 8,4% das crianças do Alto Xingu e em 37,7% das Ikpeng (p < 0,001). Baixo peso foi verificado apenas entre as crianças Ikpeng (12,5%). Para os dados relativos à composição corporal, verificamos que as crianças do Alto Xingu apresentaram valores estimados de massa corporal magra superiores aos das crianças Ikpeng (p < 0,05). Na amostra estudada, nenhuma criança apresentou obesidade. CONCLUSÕES: Crianças Ikpeng apresentaram incidências de baixo peso e baixa estatura maiores do que a população do Alto Xingu. Quando a comparação ocorreu para valores relativos à composição corporal, crianças alto-xinguanas apresentaram valores maiores. Portanto, o estado nutricional observado entre as crianças alto-xinguanas foi melhor do que o das crianças Ikpeng, independentemente do critério utilizado, dentre os disponíveis neste estudo.Item Condições de nutrição em crianças Kamaiurá: povo indígena do Alto Xingu, Brasil Central(Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2007) Mondini, Lenise; Canó, Eduardo N.; Fagundes, Ulysses; Lima, Evandro E. Souza; Rodrigues, Douglas; Baruzzi, Roberto GeraldoEste estudo teve por objetivo avaliar o estado nutricional, incluindo a prevalência de anemia, de crianças Kamaiurá, povo indígena do Alto Xingu, Brasil Central. Foram estudadas 112 crianças menores de dez anos de idade em 2000/2001. O perfil do crescimento infantil foi descrito segundo a distribuição dos índices altura/idade e peso/altura expressos em escore-z da população de referência do National Center of Health Statistics – NCHS. Os diagnósticos de déficit de altura e da relação peso/altura e o diagnóstico de obesidade corresponderam, respectivamente, aos valores abaixo de -2 escores- z de altura/idade e peso/altura e aos valores acima de 2 escores-z de peso/altura. O diagnóstico de anemia foi determinado a partir de concentrações de hemoglobina sérica inferiores a 11 g/dl para crianças entre seis meses e cinco anos de idade e inferiores a 11,5 g/dl para as crianças com idade entre cinco e dez anos incompletos, conforme recomendação da OMS. Aproximadamente um terço das crianças apresentou déficit de crescimento, enquanto déficit de peso/altura e obesidade não foram diagnosticados entre elas. A anemia esteve presente em mais da metade das crianças índias estudadas, 15% delas apresentando anemia grave. Há necessidade de implementação de ações que visem a melhoria das condições socioambientais, de saúde e nutrição desse povo indígenaItem Condições de nutrição em crianças Kamaiurá: povo indígena do Alto Xingu, Brasil Central(Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2007) Mondini, Lenise; Canó, Eduardo N.; Fagundes, Ulysses; Lima, Evandro E. Souza; Rodrigues, Douglas; Baruzzi, Roberto GeraldoEste estudo teve por objetivo avaliar o estado nutricional, incluindo a prevalência de anemia, de crianças Kamaiurá, povo indígena do Alto Xingu, Brasil Central. Foram estudadas 112 crianças menores de dez anos de idade em 2000/2001. O perfil do crescimento infantil foi descrito segundo a distribuição dos índices altura/idade e peso/altura expressos em escore-z da população de referência do National Center of Health Statistics – NCHS. Os diagnósticos de déficit de altura e da relação peso/altura e o diagnóstico de obesidade corresponderam, respectivamente, aos valores abaixo de -2 escores- z de altura/idade e peso/altura e aos valores acima de 2 escores-z de peso/altura. O diagnóstico de anemia foi determinado a partir de concentrações de hemoglobina sérica inferiores a 11 g/dl para crianças entre seis meses e cinco anos de idade e inferiores a 11,5 g/dl para as crianças com idade entre cinco e dez anos incompletos, conforme recomendação da OMS. Aproximadamente um terço das crianças apresentou déficit de crescimento, enquanto déficit de peso/altura e obesidade não foram diagnosticados entre elas. A anemia esteve presente em mais da metade das crianças índias estudadas, 15% delas apresentando anemia grave. Há necessidade de implementação de ações que visem a melhoria das condições socioambientais, de saúde e nutrição desse povo indígenaItem Demographic dynamics of the Suyá, a Jê people of the Xingu Indigenous Park, Central Brazil, 1970-2004(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, 2007) Pagliaro, Heloisa; Carvalho, Natália da Silva; Rodrigues, Douglas; Baruzzi, Roberto GeraldoItem Estado nutricional de crianças índias do Alto Xingu em 1980 e 1992 e evolução pondero-estatural entre o primeiro e o quarto anos de vida(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo Cruz, 2003) Morais, Mauro Batista de; Fagundes Neto, Ulysses; Mattos, Ângela Peixoto de; Baruzzi, Roberto GeraldoOs objetivos deste estudo realizado com a população infantil do Alto Xingu foram: (1) analisar a evolução do peso e da estatura entre o primeiro e o quarto anos de vida, (2) comparar o estado nutricional em 1980 e 1992. Avaliaram-se o peso e a estatura de: (1) 81 crianças no primeiro e no quarto ano de vida; (2) 264 crianças avaliadas em 1980 e de 172 em 1992 (idade < 10 anos). As medianas dos escores Z das 81 crianças examinadas no primeiro e no quarto ano de vida revelaram: (1) diminuição do peso para a idade (-0,12 no primeiro ano e -0,51 no quarto ano de vida; p = 0,002); (2) diminuição do peso para a estatura (+1,31 e +0,08; p < 0,001); (3) aumento da estatura para a idade (-1,50 e -0,94, p < 0,001). Entre 1980 e 1992, observou-se: (1) manutenção do peso para a idade (-0,61 em 1980 e -0,62 em 1992; p = 0,90); (2) manutenção do peso para a estatura, (+0,27 e +0,34; p = 0,10); e (3) redução da estatura para a idade (-1,04 e -1,22; p = 0,02). Entre o primeiro e quarto ano de vida observou-se redução do déficit de estatura para a idade e do excesso de peso para a estatura. Entre 1980 e 1992, observou-se diminuição da estatura para idade, indicando a necessidade de monitorização do estado nutricional desta comunidade.Item Estado nutricional de crianças índias do Alto Xingu em 1980 e 1992 e evolução pondero-estatural entre o primeiro e o quarto anos de vida(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, 2003) Morais, Mauro Batista de; Fagundes Neto, Ulysses; Mattos, Ângela Peixoto de; Baruzzi, Roberto GeraldoOs objetivos deste estudo realizado com a população infantil do Alto Xingu foram: (1) analisar a evolução do peso e da estatura entre o primeiro e o quarto anos de vida, (2) comparar o estado nutricional em 1980 e 1992. Avaliaram-se o peso e a estatura de: (1) 81 crianças no primeiro e no quarto ano de vida; (2) 264 crianças avaliadas em 1980 e de 172 em 1992 (idade < 10 anos). As medianas dos escores Z das 81 crianças examinadas no primeiro e no quarto ano de vida revelaram: (1) diminuição do peso para a idade (-0,12 no primeiro ano e -0,51 no quarto ano de vida; p = 0,002); (2) diminuição do peso para a estatura (+1,31 e +0,08; p < 0,001); (3) aumento da estatura para a idade (-1,50 e -0,94, p < 0,001). Entre 1980 e 1992, observou-se: (1) manutenção do peso para a idade (-0,61 em 1980 e -0,62 em 1992; p = 0,90); (2) manutenção do peso para a estatura, (+0,27 e +0,34; p = 0,10); e (3) redução da estatura para a idade (-1,04 e -1,22; p = 0,02). Entre o primeiro e quarto ano de vida observou-se redução do déficit de estatura para a idade e do excesso de peso para a estatura. Entre 1980 e 1992, observou-se diminuição da estatura para idade, indicando a necessidade de monitorização do estado nutricional desta comunidade.Item Estado nutricional e níveis de hemoglobina em crianças Aruak e Karibe - povos indígenas do Alto Xingu, Brasil Central, 2001-2002(Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2009) Mondini, Lenise; Rodrigues, Douglas A.; Gimeno, Suely G. A.; Baruzzi, Roberto GeraldoOBJETIVO: Avaliar o estado nutricional de crianças dos povos indígenas de famílias lingüísticas Aruak e Karibe do Alto Xingu, no Brasil Central, e verificar a associação entre os níveis de hemoglobina das crianças segundo sexo, idade e estado nutricional. Foram estudadas, no total, 470 crianças menores de dez anos de idade em 2001/2002. MÉTODOS: Para as crianças menores de cinco anos de idade, o diagnóstico de desnutrição foi realizado com base nos índices altura/idade e peso/altura, adotando-se como ponto de corte dois desvios-padrão aquém da média esperada para idade e sexo da referência - WHO, 2006. O diagnóstico de excesso de peso foi definido de acordo com o índice peso/altura acima de dois desvios-padrão da média esperada da mesma referência; as crianças com idade entre cinco e dez anos foram classificadas com baixo peso, sobrepeso ou obesidade de acordo com valores do índice de massa corporal, segundo sexo e idade, propostos por Cole e cols. O diagnóstico de anemia foi determinado a partir de concentrações de hemoglobina inferiores a 11,0 g/dL e inferiores a 11,5 g/dL para as crianças com idade entre 6 e 59 meses e entre 60 e 120 meses, respectivamente. RESULTADOS/CONCLUSÃO: Verificou-se entre as crianças indígenas elevada prevalência de déficit de estatura; a condição de baixo peso praticamente inexiste e o excesso de peso é expressivo entre as crianças mais novas e as de maior idade. A magnitude da anemia alcança cerca de 70% e a idade parece ser o principal fator associado às baixas concentrações de hemoglobina.Item Estudo dos anticorpos contra os vírus da influenza em índios do Alto Xingu (Brasil Central)(Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 1971) Pereira, Helio Gelli; Baruzzi, Roberto Geraldo; Carvalho, Renato Piza de SouzaEm soros de índios do Xingu (Brasil) colhidos em 1966 e 1967, a presença de anticorpos inibidores da hemaglutinação para os vírus da influenza, foi sensìvelmente mais baixa do que nas populações civilizadas: PR8, 11,0%; A1, negativa; A2/57, 49,4%; A2/68, 2,3%; B, 41,6%; e negativa para a amostra suína S15. A média geométrica dos títulos dos anticorpos foi também muito baixa: PR8, 1,4%; A2/57, 6,9 e B, 5,1. Êstes resultados mostram que esta população foi seguramente infectada pelas amostras A2/57 e B, mas apresenta nível imunitário extremamente baixo. Nos soros colhidos em 1969 foi dosado anticorpo só para a amostra A2/68 (Hong Kong) e houve inversão do comportamento observado na série anterior, isto é, elevada porcentagem de soros positivos (72,8%) com títulos elevados (média geométrica igual a 35,2) mostrando claramente a recente infecção da população examinada por esta amostra, não havendo necessidade de vacinação.Item Fecundidade e saúde reprodutiva das mulheres Suyá (Kisêdjê): aspectos demográficos e culturais(Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Centro de Recursos Humanos, 2009) Pagliaro, Heloisa; Mendonça, Sofia; Baruzzi, Roberto GeraldoAssim como vem ocorrendo com outros povos indígenas no Brasil, os Suyá, povo habitante do Parque Indígena do Xingu (MT), têm vivenciado, desde 1970, um processo de recuperação demográfica. Trabalhos recentes discutem as razões que levaram à reversão do longo processo de depopulação vivenciado pelos povos indígenas no Brasil. A suposição de que o processo de recuperação populacional dos Suyá tenha sido gerado por mudanças socioculturais, com repercussão no seu comportamento reprodutivo, estimulou a realização deste estudo, que descreve os seus níveis e padrões da fecundidade entre 1970 e 2007. As bases de dados são estatísticas vitais contínuas e levantamento de campo. A discussão dos resultados apoia-se em informações sobre o sistema sociocultural e os conhecimentos tradicionais de saúde reprodutiva desse povo indígena.Item Marcadores sorológicos da hepaite viral B e alfa 1 antitripsina em índios da tribo Mekranhotire(Escola Paulista de Medicina, 1985) Franco, Virginia Sgai; Guimarães, Rubens Xavier; Franco, Laércio Joel; Baruzzi, Roberto Geraldo; Novo, Neil FerreiraOs autores estudaram marcadores sorológicos do vírus B da hepatite e alfa1 antitripsina em 80 índios da tribo Mekranhotire, grupo Jê, localizados no sul do Pará, à cabeceira do rio Iriri. Foi encontrada positividade de 8,75% para o AgHBs, 91,2% para o anti-HBc, 11,5% para o anti-HBs e 0,0% para AgHHe entre os 80 índios estudados. O grupo controle mostrou positividade em 1% para o AgHBs. 15% para o anti-HBc, 24,7% para o anti-HBs e 0% para AgHBe. Verificaram diferenças significantes quanto aos marcadores AgHBs e anti-HBc. Näo encontraram diferenças significativas quanto ao anti-HBs e AgHBe. As taxas de alfa1 antitripsina foram menores na populaçäo indígena, quando comparadas às do grupo controle (AU)Item Perfil demográfico dos Hupd'äh, povo Maku da região do Alto Rio Negro, Amazonas (2000-2003)(Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 2009) Machado, Marina; Pagliaro, Heloisa; Baruzzi, Roberto GeraldoOs Hupd'äh são um povo de língua Maku, habitante da região do Alto Rio Negro, Amazonas, Brasil. Lideranças indígenas, antropólogos, missionários e profissionais de saúde afirmam que eles estariam vivendo em condições de saúde precárias, com alta mortalidade geral e infantil. A partir de dados provenientes do Distrito Especial Indígena do Rio Negro - DSEI-RN, da Funasa/MS, para o período 2000-2003, foi realizado um estudo descritivo para avaliar o perfil demográfico e conhecer melhor essa população, contribuindo para a implementação de políticas públicas que lhe favoreçam e para os debates em antropologia, demografia e saúde indígena. A população de 1.487 indivíduos, em 2003, cresceu 8,4% ao ano no período estudado. Sua composição por idade e sexo indica concentração de jovens (44,9% com menos de 15 anos), além da predominância de população do sexo masculino. A taxa bruta de natalidade (TBN) média do período foi de 33,4 nascimentos por mil habitantes, a de fecundidade total (TFT) correspondeu a 3,4 filhos por mulher, a de mortalidade (TBM) foi de 10 óbitos por mil habitantes e a de mortalidade infantil (TMI) chegou a 116,3 óbitos por mil nascimentos. O aperfeiçoamento da coleta de informações, o elevado crescimento vegetativo e a intensa mobilidade espacial dos Hupd'äh poderiam explicar o alto ritmo de crescimento verificado entre 2000 e 2003.Item Perfil demográfico dos Hupd'äh, povo Maku da região do Alto Rio Negro, Amazonas (2000-2003)(OJS/PKP, 2009) Machado, Marina; Pagliaro, Heloisa; Baruzzi, Roberto GeraldoOs Hupd'äh são um povo de língua Maku, habitante da região do Alto Rio Negro, Amazonas, Brasil. Lideranças indígenas, antropólogos, missionários e profissionais de saúde afirmam que eles estariam vivendo em condições de saúde precárias, com alta mortalidade geral e infantil. A partir de dados provenientes do Distrito Especial Indígena do Rio Negro - DSEI-RN, da Funasa/MS, para o período 2000-2003, foi realizado um estudo descritivo para avaliar o perfil demográfico e conhecer melhor essa população, contribuindo para a implementação de políticas públicas que lhe favoreçam e para os debates em antropologia, demografia e saúde indígena. A população de 1.487 indivíduos, em 2003, cresceu 8,4% ao ano no período estudado. Sua composição por idade e sexo indica concentração de jovens (44,9% com menos de 15 anos), além da predominância de população do sexo masculino. A taxa bruta de natalidade (TBN) média do período foi de 33,4 nascimentos por mil habitantes, a de fecundidade total (TFT) correspondeu a 3,4 filhos por mulher, a de mortalidade (TBM) foi de 10 óbitos por mil habitantes e a de mortalidade infantil (TMI) chegou a 116,3 óbitos por mil nascimentos. O aperfeiçoamento da coleta de informações, o elevado crescimento vegetativo e a intensa mobilidade espacial dos Hupd'äh poderiam explicar o alto ritmo de crescimento verificado entre 2000 e 2003.Item Perfil metabólico e antropométrico de índios Aruák: Mehináku, Waurá e Yawalapití, Alto Xingu, Brasil Central, 2000/2002(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, 2007) Gimeno, Suely Godoy Agostinho; Rodrigues, Douglas; Pagliaro, Heloisa; Canó, Eduardo N.; Lima, Evandro Emilio de Souza; Baruzzi, Roberto GeraldoItem Perfil metabólico e antropométrico dos Suyá: Parque Indígena do Xingu, Brasil Central(Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 2009) Salvo, Vera Lúcia Morais Antonio de; Rodrigues, Douglas; Baruzzi, Roberto Geraldo; Pagliaro, Heloisa; Gimeno, Suely Godoy AgostinhoObjetivo: Descrever o perfil metabólico e antropométrico de índios Suyá que vivem no Parque Indígena do Xingu (Mato Grosso). Método: Neste estudo transversal foram avaliados 86 índios Suyá com idade de ≥ 20 anos, de ambos os sexos. Durante o exame físico foram obtidos os valores de pressão arterial, peso, altura, perímetros corporais e dobras cutâneas. Amostras de sangue foram coletadas para dosagem de lipoproteínas, glicemia e ácido úrico. Na análise dos dados foram utilizados os testes estatísticos qui-quadrado (para proporções) ou t de Student (para valores médios) nas comparações das distribuições das variáveis relativas ao estado nutricional e perfil metabólico, segundo sexo e faixa etária dos sujeitos. Resultados: As mulheres, quando comparadas aos homens, apresentaram valores médios estatisticamente menores das variáveis antropométricas (peso, índice de massa corporal, perímetro de cintura, do braço e dobras cutâneas), de pressão arterial, triglicérides, VLDL e ácido úrico. Foram encontrados, entre os Suyá, 46,5%, com excesso de peso, 12,8% com obesidade generalizada, 38,4% com obesidade central, 26,7%, apresentaram alterações pressóricas, 4% glicemia de jejum alterada, 63,9% dislipidemia e 21,9% síndrome metabólica. Conclusão: Foram observadas alterações metabólicas e antropométricas entre os índios Suyá. Intervenções educativas devem ser implementadas para resgatar hábitos e estilo de vida tradicionais a fim de conter o avanço deste quadroItem Prevalência dos marcadores sorológicos da hepatite B (HBsAg, anti-HBs, anti-HBc, HBeAg e anti-HBe) e da hepatite Delta (anti-HDV) na população de zero a 14 anos das tribos Txucarramae e Caiabi do Parque Indígena do Xingu, Brasil Central(1992) Azevedo, Ramiro Anthero de; Baruzzi, Roberto GeraldoItem Programa médico preventivo da Escola Paulista de Medicina no Parque Nacional do Xingu(Universidade de São Paulo, 1978) Baruzzi, Roberto Geraldo; Iunes, Magid; Marcopito, L. G.Item Radiological survey of tuberculosis in an isolated Indian population in Central Brazil(Radiological Society of North America, 2002) Kobayashi, F. K.; Reibscheid, Samuel; Faintuch, Salomao; Baruzzi, Roberto Geraldo; Lederman, H. M.; Szejnfeld, J.Item Rastreamento do câncer de colo uterino em índias do Parque Indígena do Xingu, Brasil central(Pan American Health Organization, 2000) Taborda, Wladimir Correa; Ferreira, Selma Carneiro; Rodrigues, Douglas; Stávale, João Norberto; Baruzzi, Roberto GeraldoEmbora a literatura apresente dados preocupantes sobre a incidência do câncer de colo uterino entre povos indígenas, no Brasil são muito escassas as informações a respeito da ocorrência do câncer nessa população. Assim, o objetivo do presente estudo descritivo foi analisar a prevalência de câncer do colo uterino e de infecções cérvico-vaginais em 423 mulheres índias, habitantes do Parque Indígena do Xingu, Estado do Mato Grosso, com vida sexual ativa presente ou pregressa. Os dados foram coletados entre 1989 e 1996. Foram realizados exames clínico e ginecológico previamente à obtenção de esfregaço da cérvice uterina e estudo da citologia oncológica, complementados por colposcopia e biópsia nos casos positivos. Os resultados demonstraram que 1% das mulheres apresentava carcinoma invasivo e 3% apresentavam lesões pré-malignas. Além disso, evidenciou-se que 84% das mulheres apresentavam atipias celulares de natureza inflamatória, decorrentes de infecções genitais sexualmente transmitidas. Estes achados estão de acordo com a literatura internacional quanto à elevada prevalência dessas doenças em populações nativas e indicam a importância de serem estendidos aos povos indígenas do Brasil os programas de controle, tanto das doenças sexualmente transmissíveis, como de detecção e tratamento precoces do câncer do colo do útero.Item Saúde e doença em índios Panará (Kreen-Akarôre) após vinte e cinco anos de contato com o nosso mundo, com ênfase na ocorrência de tuberculose (Brasil Central)(Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, 2001) Baruzzi, Roberto Geraldo; Barros, Vera Lucia de; Rodrigues, Douglas; Souza, Ana Lucia Medeiros de; Pagliaro, HeloisaEm 1973, houve a quebra do estado de isolamento dos Panará (Kren-Akarore) no interior da floresta amazônica. Dois anos após estavam reduzidos a 82 indivíduos, de uma população estimada em 400 a 500 em meados dos anos 60. Em 1998, o exame dos Panará, nas cabeceiras do rio Iriri, sul do Pará, levou ao diagnóstico presuntivo de tuberculose em 15 indivíduos, dos quais 10 foram confirmados na cidade de Colider com base em dados clínicos e radiológicos. Desses 10 casos, 6 eram menores de 10 anos de idade e 4 tinham de 40 a 50 anos. Todos da tribo apresentavam cicatriz vacinal do BCG. Em crianças, a prevalência de desnutrição crônica e de anemia ferropriva foi menor do que a relatada em outros grupos indígenas da região amazônica. As medidas de controle da Tb, a nível local, incluíram: a) continuidade do tratamento dos pacientes, na aldeia, sob supervisão do Auxiliar de Enfermagem e do Agente Indígena de Saúde; b) observância dos critérios de cura; c) acompanhamento clínico de comunicantes e não-comunicantes dada a elevada prevalência da doença; d) implantação de sistema de referência e contra- referência com serviços de saúde de Colider