Conhecimento indígena, atributos florísticos, estruturais e espectrais como subsídio para inventariar diferentes tipos de Florestas de Campinarana no rio Içana, Alto Rio Negro.

dc.contributor.advisorNelson, Bruce Walker
dc.contributor.advisorcoShepard, Glenn
dc.contributor.authorAbraão, Marcia Barbosa
dc.date.accessioned2019-08-08T12:29:50Z
dc.date.available2019-08-08T12:29:50Z
dc.date.issued2005
dc.degree.grantorInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia . Universidade Federal do Amazonas
dc.degree.localManaus/AM
dc.description.abstractNesta pesquisa, foram utilizados os conhecimentos e a percepção indígena dos Baniwa, os inventários de composição e estrutura da vegetação, e a reflectância nas faixas do visível e do infravermelho da imagem de satélite Landsat TM5 como subsídio para identificar as Florestas de Campinarana. Através destes três eixos buscou-se identificar e distinguir diferentes tipos de Florestas de Campinarana nas comunidades de Aracu, Jandu e Juivitera no rio Içana, Terra Indígena do Alto Rio Negro. Nessas comunidades foram entrevistadas 10 pessoas e detectados 14 tipos de Florestas de Campinarana, Hamáliani na língua Baniwa. Foram realizados 15 inventários abrangendo seis tipos de vegetação, dentro dos 14 tipos acessado nas entrevistas, em um total de 0.2 ha por inventário. As parcelas de cada inventário foram espalhadas em uma área aproximada de 200 X 200 m (aproximadamente 45 pixels do sensor Landsat). Dentro dos seis tipos de Campinarana inventariados, estão incluidos dois subtipos, alto e baixo, com os seguintes nomes Baniwa: Anerima madoape kaawa (baixa) e Anerima dzenonipe (alta), Waittirima madoape kaawa (baixa), Waittirima dzenonipe kaawa (alta), Maarolina, Heridzolima, Añholima, e Waapalima. A classificação etno-ambiental permitiu a sistematização e o registro deste conhecimento, e sua correspondência foi demonstrada com os inventários estruturais e florísticos; e com os atributos derivados da imagem, através de ordenamentos (MDS, PCA) e agrupamentos. Existe um forte gradiente que estrutura as Florestas de Campinarana nessas comunidades do Içana e que foi demonstrado em dois ordenamentos tipo MDS com eixo único. Os ordenamentos explicaram 77% e 87% da composição florística, utilizando respectivamente, densidade e área basal relativa como indicadores de cada espécie. Este forte gradiente é percebido pelos Baniwa, e é congruente com o primeiro eixo de um ordenamento PCA dos inventários utilizando as três bandas do satélite. Houve forte correlação entre o gradiente da composição florística e dois atributos estruturais das parcelas: área basal/ha e altura média das árvores. No entanto, o ordenamento em que foi usado índice de similaridade qualitativo mostrouresultados diferentes agrupando os inventários pelas três áreas de estudo. Isto pode ter ocorrido pelo uso de três informantes diferentes em cada comunidade indígena, Alberto, Custódio e Roberto; ou uma possível relação entre a distância geográfica e a composição de espécies mais raras. Um ordenamento tipo MDS também foi aplicado aos tipos de Campinarana no sistema de classificação Baniwa, utilizando, como o indicador de abundância da espécie, o número de informantes (máximo 10) que disseram que uma espécie ocorre em determinado tipo. Este ordenamento também resultou em um gradiente, mas com dois grupos distintos, que são os tipos de Campinaranas com árvores baixas e as altas. A sistematização do conhecimento indígena registra os usos e as percepções do ambiente, e permite identificar as áreas que os índios utilizam para diversas atividades de subsistência como caça, pesca, agricultura, extrativismo e artesanato. Estudos com este enfoque proporcionam informações básicas sobre os recursos existentes no ambiente, e possibilitam instrumentos de planejamento, zoneamento e manejo dos recursos, bem como diálogo com as demais instâncias da sociedade. Também contribui para um melhor entendimento da diversidade de habitats da Amazônia, oferecendo um método eficiente para caracterizar e localizar ambientes ainda pouco conhecidos.
dc.identifier.citationABRAÃO, Marcia Barbosa. Conhecimento indígena, atributos florísticos, estruturais e espectrais como subsídio para inventariar diferentes tipos de Florestas de Campinarana no rio Içana, Alto Rio Negro. 2005. 108 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2005
dc.identifier.urihttps://repositorio.bvspovosindigenas.fiocruz.br/handle/bvs/810
dc.language.isopor
dc.rightsopen accessen_US
dc.subject.decsBrasil
dc.subject.decsÍndios Sul-Americanos
dc.subject.decsEcologia
dc.subject.otherBrasil
dc.subject.otherÍndios Sul-Americanos
dc.subject.otherBaniwa
dc.subject.otherEcologia
dc.titleConhecimento indígena, atributos florísticos, estruturais e espectrais como subsídio para inventariar diferentes tipos de Florestas de Campinarana no rio Içana, Alto Rio Negro.
dc.typeDissertationen_US
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