Perfil nutricional e metabólico de adultos do povo Kawaiwete (Kaiabi) da aldeia Kwarujá, Parque Indígena do Xingu, Brasil

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2017
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ntrodução: As doenças metabólicas têm sido uma das principais causas de morbimortalidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento. No entanto, ainda são escassos os estudos que avaliam a ocorrência de doenças como diabetes tipo II, hipertensão, dislipidemias e outras desordens metabólicas associadas à obesidade no campo da saúde indígena. O número crescente do surgimento dessas doenças torna-se motivo de preocupação na medida em que eles indicam uma nova realidade entre os povos indígenas. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional e metabólico de adultos indígenas do povo Kawaiwete que habitam a aldeia Kwarujá do Parque Indígena do Xingu no ano de 2013. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo transversal, de base populacional, realizado a partir de dados secundários disponibilizados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Xingu (Mato Grosso - Brasil), e de banco de dados obtido por meio de fichas médicas e relatórios técnicos disponibilizados pelo Projeto Xingu, programa de extensão da Universidade Federal de São Paulo. Foram avaliados 62 indígenas (33 mulheres e 29 homens) maiores de 19 anos da etnia Kawaiwete no ano de 2013. Para o estudo atual foram analisadas as frequências de estado nutricional, composição corporal (por meio do aparelho de impedância bioelétrica modelo tetrapolar) e fatores de risco cardiometabólicos. A síndrome metabólica foi determinada pela presença de pelo menos três dos seguintes componentes: obesidade central, níveis pressóricos elevados, hipertrigliceridemia, baixo HDL-colesterol e intolerância à glicose. Para a análise estatística, utilizou-se o programa SPSS® (versão 22). Resultados: Do total dos 62 indígenas avaliados identificou-se em 25,8% a presença de síndrome metabólica. Em relação ao perfil nutricional e de fatores de risco cardiometabólicos, 35,5% apresentaramsobrepeso, 4,8% obesidade, 24,2% níveis pressóricos elevados, 25,8% pré-diabetes, 29,0% LDL-c elevado, 67,7% HDL-c reduzido e 17,7% hipertrigliceridemia. Em comparação aos homens, as mulheres apresentaram pior perfil cardiometabólico no que se refere à presença de obesidade central (31,0% vs.81,8%, p=<0,001), tolerância à glicose diminuída (4,8% vs.17,7%, p=0,031), LDL-colesterol elevado (13,8% vs. 42,4%, p=0,013) e à média do percentual de massa adiposa (16,5±6,1 vs. 26,7±6,3, p=<0,001). Apesar de não haver diferença estatisticamente significativa, as mulheres apresentaram 33,3% de síndrome metabólica, enquanto os homens apresentaram 17,2%. Os resultados mostraram que todos os indígenas que possuíam a síndrome apresentaram obesidade central, porém nem todos tinham IMC elevado, portanto, a medida da circunferência abdominal se apresentou um melhor parâmetro do que o índice de massa corporal (IMC) para identificar o perfil de risco cardiometabólico nessa população. Observou-se que, entre os indígenas, o IMC, a circunferência abdominal e o percentual de massa adiposa também se associaram de forma direta com a presença síndrome metabólica, enquanto que o percentual de massa muscular de forma indireta. Na análise de regressão múltipla, essas variáveis persistiram correlacionadas de forma independente de sexo e idade com a síndrome metabólica. Conclusão: O presente estudo possibilitou a identificação de uma população que se encontra com um risco cardiometabólico elevado, sendo o sexo feminino o grupo mais comprometido. Esforços devem ser empreendidos no sentido de compreender melhor os determinantes dessa situação de saúde e de controlar os fatores de risco para esta população.
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Mato Grosso, Parque Indígena do Xingu, Região Amazônica, Epidemiologia, Região Centro-Oeste, Antropometria, Estudos Epidemiológicos, Índice de Massa Corporal, Estado Nutricional, Avaliação Nutricional, Sobrepeso e Obesidade, Doenças Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas, Doenças Crônicas não Transmissíveis, Síndrome Metabólica, Impedância Elétrica, Kawaiwete, Alimentação e Nutrição, Doenças e Agravos Não Transmissíveis
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Região Amazônica, Epidemiologia, Antropometria, Índice de Massa Corporal, Estado Nutricional, Avaliação Nutricional, Síndrome Metabólica, Doenças Crônicas não Transmissíveis, Alimentos, Dieta e Nutrição
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HAQUIM, Vanessa Moreira. Perfil nutricional e metabólico de adultos do povo Kawaiwete (Kaiabi) da aldeia Kwarujá, Parque Indígena do Xingu, Brasil. 2017. 45 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Translacional) - Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2017
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Universidade Federal de São Paulo
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São Paulo/SP
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