Influência da etnia indígena e do câncer de mama no padrão de densidade mamográfica
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Thesis
Date
2006
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Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil.
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Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil.
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OBJETIVO: Comparar o padrão de densidade mamográfica em três grupos populacionais de mulheres (índigenas Terena e não indígenas, com ou sem câncer de mama). SUJEITOS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo analítico para avaliar as densidades mamográficas de três grupos: indígenas Terena (índias); não indígenas sem câncer de mama (não-câncer) e não indígenas com câncer de mama (câncer), atendidas no Centro Especializado Municipal da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande -MS, no período de janeiro de 2003 a janeiro de 2005. Foi analisada uma amostragem de 50 índias, 49 não-câncer e 52 com câncer de mama. As mamografias foram interpretadas segundo classificação de Wolfe - N1P1 (não densa) e P2DY (densa) e pelo método de digitalização indireta de imagens - percentual fibroglandular maior ou igual 19,4% (nível III). Os dados foram analisados através dos testes qui-quadrado, exato de Fisher, ANOVA (seguida de Tukey) ou Kruskall-Wallis (seguido de Wilcoxon) e odds ratio (IC95%). Para a análise multivariada utilizou-se regressão logística com critérios de seleção stepwise. RESULTADOS: Segundo a classificação de Wolfe, o risco de as mulheres com câncer terem mamas densas, quando comparadas às índias, foi de 4,20 (1,81-9,73) e quando comparadas às sem câncer foi de 4,09 (1,76-9,49). Ao ser ajustado por faixa etária e menopausa, o risco passou para 5,77 (2,04-16,34) e para 1,62 (0,59-4,45) respectivamente. Ao ser ajustado por paridade, tempo de amamentação, faixa etária e menopausa, o risco das mulheres com câncer terem mamas mais densas do que as índias foi de 2,11 (0,5-8,9). Pela digitalização indireta de imagens, o risco de mama nível III (percentual fibroglandular maior ou igual a 19,4%) nas mulheres com câncer foi de 9,2 (3,48-24,33), quando comparadas às indígenas, e de 4,17 (1,71- 10,19) quando comparadas às não-câncer. Ao ser ajustado por faixa etária e/ou menopausa, o risco da mulher com câncer passou para 1,94 (0,65-5,47) quando comparada às não-câncer, e para 9,50 (3,2-28,19) comparada às indígenas. Ao ser ajustado por menopausa, tempo de amamentação, paridade e índice de massa corporal (IMC), o risco de ter mamas densas da mulher com câncer passou para 5,30 (1,64-17,32) comparada às indígenas. CONCLUSÕES: As mulheres com câncer de mama apresentaram mamas mais densas que as dos outros dois grupos, de acordo com os dois métodos de avaliação de densidade. Segundo Wolfe, os três grupos teriam o mesmo risco de mamas densas (P2DY) se possuíssem idade, menopausa, paridade e tempo de amamentação semelhantes. No entanto, ao serem avaliadas pela digitalização indireta das mamografias, as mulheres indígenas tiveram mamas menos densas, não somente devido ao seu padrão reprodutivo de muitos filhos e tempo de amamentação prolongado, mas talvez pela própria etnia indígena
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Região Amazônica, Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul, Terena, Saúde da Mulher, Mamografia, Neoplasias da Mama, Doenças e Agravos Não Transmissíveis
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LIMA, Marilana Geimba de. Influência da etnia indígena e do câncer de mama no padrão de densidade mamográfica. 2006. 100 f. Tese (Doutorado em Tocoginecologia) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, São Paulo, 2006.
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Defense Institution
Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas
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Defense location
São Paulo/SP
Programa
Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia