A saúde no contexto de uma reserva de desenvolvimento sustentável: O caso de Mamirauá, na Amazônia Brasileira

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Article
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2018
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Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo: Associação Paulista de Saúde Pública
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Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Leônidas e Maria Deane. Departamento de Pesquisas. Manaus, AM, Brasil
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil
Universidade de Coimbra. Centro de Estudos Sociais. Coimbra, Distrito de Coimbra, Portugal
Secretaria Municipal de Saúde de Manaus. Manaus, AM, Brasil
Universidade Aberta da Terceira Idade. Escola Superior de Ciências da Saúde. Manaus, AM, Brasil.
Universidade do Estado do Amazonas. Escola Superior de Ciências da Saúde. Manaus, AM, Brasil
Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil
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O objetivo deste artigo é analisar as condições de vida e saúde de ribeirinhos de oito comunidades da Reserva Mamirauá, a partir da categoria de análise da Reprodução Social de Juan Samaja. Seu método é descritivo, e foram utilizados questionário estruturado, observação direta e análise documental. A pesquisa identificou baixo envolvimento dos ribeirinhos em relação ao controle social e ao apoio comunitário, o que indica problemas na interação biocomunal e política. O atendimento às demandas sociais está organizado de forma conflituosa, uma vez que várias instituições que atuam nesse território não se articulam. A interação da dimensão política com a tecnoeconômica apresentou Razão de Prevalência <1,0 nas comunidades em que o Instituto Mamirauá promoveu maior diversificação das atividades. Contudo, os rendimentos para subsistência sofrem forte variação e não alcançam a soma de 1 salário mínimo em 60,6% das famílias. Foram observadas elevadas frequências em queixas de saúde (78,8%) e acidentes de trabalho (70,9%) e, quanto à avaliação dos serviços, 54 % dos ribeirinhos deram nota inferior a 2 pontos. Concluímos que os processos sociais que determinam as situações de saúde dos ribeirinhos de Mamirauá são oriundos da estrutura de poder configurada pelas práticas territorializadas das políticas ambiental e indígena, e pelos programas de saúde pública, cuja sobreposição tem produzido interações conflituosas no que diz respeito às competências e responsabilidades com a atenção à saúde. O apoio à cogestão da Reserva foi pontual e, dessa forma, pouco alterou os resultados danosos dessa estrutura social sobre os grupos mais vulneráveis.Palavras-chave: Áreas Protegidas; Saúde; Populações Vulneráveis; Amazônia
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Keywords in Portuguese
População Ribeirinha, Região Amazônica
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DeCS
Brasil, Saúde de Populações Indígenas, Índios Sul-Americanos, Controle Social, Populações Vulneráveis, Avaliação em saúde, Condições Sociais
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MEDEIROS, Marcílio Sandro; et al. A saúde no contexto de uma reserva de desenvolvimento sustentável: o caso de Mamirauá, na Amazônia Brasileira. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 128-148, 2018.
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0104-1290
DOI
10.1590/s0104-12902018170514
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