Povos indígenas e saúde mental: a luta pelo habitar sereno e confiado
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open access
Type
Dissertation
Date
2018
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Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia. São Paulo, SP, Brasil
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Abstract
Esta pesquisa empírica discute pontos de tensões emergidos no dialogo interétnico em torno das questões de saúde indígena, dando ênfase ao tema da saúde mental. As tensões foram analisadas segundo diferentes pontos de vista sobre a promoção da saúde indígena, identificadas a partir da produção de um mapeamento que expressa os conteúdos discursivos marcados por um grande divisor: de um lado a perspectiva ocidental, composta pelo Estado, compreendido através das Politicas Publicas de Saúde Indígena; do Sistema Único de Saúde e sua assistência à saúde; pelos Conselhos Federal e Regional de Psicologia e pela Organização Mundial da Saúde. Do outro lado esta a perspectiva dos indígenas, especialmente do povo Mbya Guarani, analisados com apoio da literatura antropológica, a partir da noção de Teko Pora (Bem Viver); dos noticiários produzidos e veiculados por coletivos indígenas; do conteúdo narrativo contido no documentário Teko Rexa - Saúde Guarani Mbya e dos discursos presentes nos noticiários produzidos por entidades indigenistas. As noções de saúde e saúde mental discutidas por Gadamer (2006), bem como as nocoes de saude e de ethos refletidas por de Figueiredo (2008), referencial teorico-metodológico assumido nesta dissertação fundamentam sobre a importância do território nos processos de saúde/doença para os povos indígenas, bem como auxiliam a refletir sobre as tensões presentes em ambas as perspectivas. Os dados foram analisados a partir da noção de multiplicação dialógica (Guimarães, 2013) no âmbito do construtivismo semiótico-cultural em psicologia. A partir da identificação de tensões presentes, foram levantadas questões a respeito de como estruturar o cuidado em psicologia, refletindo sobre as possibilidades de seu transito entre diferentes perspectivas em saúde
Abstract
This empirical research discusses points of tension emerging in the interethnic dialogue around indigenous health issues, emphasizing the theme of Mental Health. The tensions were analyzed according to different points of view on the promotion of indigenous health, identified from the production of a mapping that expresses the discursive contents marked by a great divide: on the one hand the western perspective, composed by the State, understood through Policies Public Health Indigenous; of the Unified Health System and its health care; by the Federal and Regional Councils of Psychology; and the World Health Organization. On the other side is the perspective of the indigenous people, especially the Mbya Guarani people, analyzed with the support of anthropological literature, based on the notion of Teko Pora (Bem Viver); of the news produced and transmitted by indigenous collectives; of the narrative content contained in the documentary "Teko Rexa - Saude Guarani Mbya" and the speeches present in the news produced by indigenist entities. The notions of "health" and "mental health" discussed by Gadamer (2006), as well as the notions of "health" and "ethos" reflected by de Figueiredo (2008), theoretical and methodological reference assumed in this dissertation, importance of the territory in health / disease processes for indigenous peoples, as well as helping to reflect on the tensions present in both perspectives. The data were analyzed from the notion of dialogical multiplication (Guimaraes, 2013), within the scope of semiotic-cultural constructivism in psychology. From the identification of present tensions, questions were raised about how to structure care in psychology, reflecting on the possibilities of its transit between different perspectives in health
Abstract in Spanish
Abstract in French
Description
Keywords in Portuguese
Multiplicação dialógica, Tensões, Mbya Guarani
Keywords
Dialogical Multiplication, Health of Indigenous Peoples, Brazil, Indians, South American, Mental Health, Psychology, Tensions
Keywords in Spanish
Keywords in French
DeCS
Brasil, Saúde de Populações Indígenas, Índios Sul-Americanos, Saúde Mental, Psicologia, Tensões
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SOUSA, Flaviana Rodrigues de. Povos indígenas e saúde mental: a luta pelo habitar sereno e confiado. 2018. Dissertação (Mestrado em Psicologia Experimental) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. doi:10.11606/D.47.2018.tde-19072018-102952. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-19072018-102952/pt-br.php. Acesso em: 1 nov. 2021
ISBN
ISSN
DOI
Defense Institution
Universidade de São Paulo
Degree date
2018
Defense location
São Paulo, SP
Programa
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Experimental