Epidemias, protagonismos e direitos específicos de saúde: a criação do Distrito Sanitário Yanomami e a Política de Saúde Indígena no Brasil (1991-2021)
Copyright
open access
Type
Article
Date
2022
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
. Universidade Nacional de Córdoba. Centro de Pesquisas e Estudos sobre Cultura e Sociedade (CIECS)
Alternative Title
Authors
Affilliation
Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Advisor
Co-Advisor
Committee Member
Organizer
Coordinator(s)
Institutional author
Director
item.page.production
Screenplay
Producer
Recorder
Abstract
São reconhecidas as condições historicamente desiguais de povos indígenas, em
múltiplos determinantes sociais, graus de reconhecimento e acesso a direitos
específicos, com especial impacto sobre sua saúde. Estudos contemporâneos
evidenciam uma consistente replicação de desigualdades nas condições de vida e
saúde de indígenas, quando comparados a não indígenas, na América Latina como
em países de diferentes continentes. Através de uma análise sociopolítica e histórica,
calcada na etnografia de documentos produzidos sobretudo em meio ao curso das
epidemias que exterminariam cerca de 15% da população Yanomami da Amazônia
brasileira, na década de 80, e de seu caráter impulsionador da criação formal do
Primeiro Distrito Sanitário Indígena do país, abordo parte do longo percurso de
mobilizações indígenas e indigenistas em torno da construção de uma Política
Nacional de Atenção à Saúde de Povos Indígenas. É quando uma gestão das
epidemias e violações de direitos humanos, operada por uma rede transdisciplinar e
transnacional atua contrariamente à invisibilidade deste segmento populacional, produzindo dados específicos sobre sua saúde e território, gerando efeitos legais
inéditos no aparato do Estado brasileiro. Por outro lado, ao destacar o caráter
fundamental e recomendável da participação de indígenas na formulação e
implementação de políticas de saúde, contrasto o sólido percurso da política de saúde
indígena ao pouco diálogo entre Estado, Povos indígenas e ações de saúde
específicas no Brasil, diante da corrente Pandemia de Covid-19.
Abstract
The historically unequal conditions of indigenous peoples are recognized in multiple
social determinants, degrees of recognition and access to specific rights, with special
impact on their health. Contemporary studies show a consistent replication of
inequalities in the living and health conditions of indigenous peoples, when compared
to non-indigenous peoples, in Latin America and in countries from different continents.
Through a sociopolitical and historical analysis, based on the ethnography of
documents produced mainly in the midst of the course of epidemics that would
exterminate about 15% of the Yanomami population in the Brazilian Amazon in the
1980s, and its driving character in the formal creation of the country's First Indigenous
Health District, I approach the long path of indigenous and indigenist mobilizations
around the construction of a National Health Care Policy for Indigenous Peoples in
Brazil. It is when a management of epidemics and human rights violations, operated by
a transdisciplinary and transnational network acts contrary to the invisibility of this
population segment, producing specific data on their health and territory and
generating unprecedented legal effects in the Brazilian State apparatus. On the other
hand, by highlighting the fundamental and recommendable character of indigenous
peoples' participation in the formulation and implementation of health policies, I
contrast the solid path of indigenous health policy with the little dialogue between the
State, Indigenous Peoples and specific health actions in Brazil, given the current
Covid-19 pandemic
Abstract in Spanish
Se reconocen las condiciones históricamente desiguales de los pueblos indígenas en
sus diversas determinaciones sociales, grados de reconocimiento y acceso a derechos
específicos, con especial impacto sobre su salud. Estudios contemporáneos evidencian la reproducción de desigualdades en las condiciones de vida y salud de los
indígenas, especialmente si se comparan con los no indígenas, tanto en América
Latina como en países de diferentes continentes. A través de un análisis socio-político
e histórico, basado en una etnografía de documentos producidos sobre todo durante
las epidemias que exterminaron aproximadamente al 15% de la población Yanomami
en la Amazonia brasileña, en la década de 1980, y su carácter impulsor de la creación
formal del Primer Distrito Sanitario Indígena del país, abordo la larga trayectoria de las
movilizaciones indígenas e indigenistas que hicieron posible la elaboración de una
Política Nacional de Salud para los Pueblos Indígenas. Es cuando un manejo de las
epidemias y de violaciones de derechos humanos, por parte de una red
transdisciplinaria y transnacional, actúa en contra de la invisibilidad de ese segmento
de la población, elaborando datos específicos acerca de su salud y su territorio, y
genera efectos inéditos en el aparato jurídico estatal brasileño. Por otra parte, al
destacar el carácter esencial y recomendable de la participación de los indígenas en la
formulación e implementación de políticas de salud, contrasto la sólida trayectoria de
la política nacional de salud indígena con el poco diálogo que se ha registrado entre el
Estado y los pueblos indígenas sobre las acciones específicas de salud ante la
pandemia de Covid-19 en Brasil
Abstract in French
Description
Keywords in Portuguese
Yanomami, DSEI Yanomami, Direitos de Saúde de Minorias
Keywords
Keywords in Spanish
Keywords in French
DeCS
Brasil, Saúde de Populações Indígenas, Índios Sul-Americanos, Direito à Saúde, Política de Saúde, Desigualdades em Saúde, COVID-19
Event Date
Previous version
Related Document
Means of dissemination
Duration
Duration
Original color system
Target audience context
Audience occupation
Educational Description
Evaluation
Peer Reviewed
Publication Status
Sponsorship
Latest version
Version
Event Location
Event title
Event Type
Citation
ATHILA, Adriana. Epidemias, protagonismos e direitos específicos de saúde: a criação do Distrito Sanitário Yanomami e a Política de Saúde Indígena no Brasil (1991-2021). Astrolabio, v. 28, p. 50-82, 2022. Disponível em: https://revistas.unc.edu.ar/index.php/astrolabio/article/view/33939/36856. Acesso em: 2 mar. 2022