Resíduos sólidos dos serviços de saúde em terras indígenas: o caso do distrito sanitário especial indígena médio Rio Purus, Amazonas

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Dissertation
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2013
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Universidade de Brasília. Brasília, DF, Brasil.
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A possibilidade de contaminação dos poluentes de resíduos sólidos dos serviços de saúde no meio ambiente torna-se ameaça real aos seres vivos se negligenciado o seu manejo e destinação final. Este trabalho tem como objetivo analisar sobre a implementação das diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Atenção a Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI) relacionadas à “promoção das condições ambientais equilibradas e saudáveis para a garantia da sustentabilidade e proteção à saúde das populações indígenas”, com ênfase sobre o manejo dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSSS) produzidos pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI). A análise articula-se com questões relativas ao Programa de Saneamento Ambiental em Terras Indígenas, especialmente com a Ação Resíduos Sólidos, buscando responder à questão-problema: Como é realizado o manejo dos resíduos sólidos dos serviços de saúde nos Polos Bases dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) de difícil acesso? A fim de responder a essa pergunta realizou-se estudo de caso de caráter exploratório no Polo Base Iminaã do DSEI Médio Rio Purus, Amazonas, distante da sede do município de Lábrea, em cerca de uma hora por via fluvial. O estudo baseou-se em: a) pesquisa documental (de relatórios técnicos, legislação, políticas e programas de governo, além de material fotográfico); b) revisão bibliográfica sobre a literatura especializada; c) entrevistas com profissionais indígenas e não-indígenas atuantes nos níveis nacional e local na área de saúde indígena, gestores e técnicos da área ambiental do município, bem como com alguns moradores do município de Lábrea; d) observação direta na rotina de trabalho dos profissionais de saúde no Polo Base Iminaã. Parte importante das entrevistas e observação foram realizadas nas agradáveis ‘caminhadas’ em voadeiras pelo sinuoso rio Purus e seus pequenos afluentes, com os profissionais a caminho de mais uma jornada de trabalho nesse Polo Base. O resultado do estudo evidenciou que: a) ao longo dos anos, o Programa de Saneamento Ambiental não incluiu a temática dos Resíduos Sólidos como uma de suas ações em terras indígenas, embora alguns DSEI venham promovendo ações pontuais, por sua conta e riscos, nas aldeias, através dos Agentes Indígenas de Saúde e de Saneamento, que orientam suas comunidades sobre a disposição final dos resíduos domésticos; b) os resíduos de saúde são manejados pelos próprios profissionais de saúde do Polo Base sem protocolos específicos que orientem sobre esse manejo; c) não há a participação do Agente Indígena de Saneamento no manejo desses resíduos; d) parte dos resíduos de saúde são queimados e enterrados em covas rasas próximas à área do Polo Base da aldeia; d) os resíduos perfuro-cortantes são acondicionados em recipientes inadequados, cujo destino final é o incinerador do órgão de saúde municipal, depois destinado ao lixão a céu aberto do município. O presente trabalho conclui que, na prática, e não obstante as diretrizes da PNASPI, o DSEI Médio Rio Purus não vem adotando medidas sanitárias estratégicas para promover condições ambientalmente equilibradas na garantia da sustentabilidade e proteção à saúde dos povos indígenas, no que se refere ao manejo dos resíduos de serviços de saúde em terras indígenas. Para reverter esse quadro propõe-se: a) a capacitação e qualificação dos profissionais de saúde em Educação Ambiental em Terras Indígenas, com foco no gerenciamento dos resíduos sólidos dos serviços de saúde; b) a promoção da integração efetiva do Agente Indígena de Saneamento nas questões dos resíduos de serviços de saúde produzidos nas aldeias; c) o estreitamento das articulações do DSEI com o governo municipal para promover práticas sanitárias, com a construção de instrumentos e pactuações, com vistas à adequação dos procedimentos sanitários de tratamento e destinação final dos resíduos de saúde; d) implantação de vigilância sanitária como uma das ações do Plano Distrital de Saúde Indígena-PDSI.
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Amazonas, Brasil, Índios Sul-Americanos, Pessoal de Saúde, Região Norte, Saúde de Populações Indígenas, Sistemas Locais de Saúde, Região Amazônica, Saneamento, Atenção à Saúde, Serviços de Saúde, Educação Ambiental, Resíduos Sólidos
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GOMES, Solange Lima. Resíduos sólidos dos serviços de saúde em terras indígenas: o caso do distrito sanitário especial indígena médio Rio Purus, Amazonas. 2013. 152 f., il. Dissertação (Mestrado Profissional em Desenvolvimento Sustentável) - Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
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Universidade de Brasília
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Brasília/DF
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