Perfil Clínico e tratamento de crianças indígenas Guarani hospitalizadas por infecção respiratória aguda baixa - Sul e Sudeste do Brasil

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2016
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Introdução: As infecções respiratórias agudas baixas (IRAB) são a principal causa de morbidade e mortalidade entre crianças no mundo, com expressividade nos povos indígenas. Na infância, as IRAB são representadas principalmente pela pneumonia adquirida na comunidade (PAC) e a bronquiolite viral aguda (BVA), sendo a sibilância um dos sintomas respiratórios mais comuns em lactentes. Devido às dificuldades no acesso ao diagnóstico etiológico por meio de exames laboratoriais, os critérios clínico-radiológicos são os métodos mais utilizados. Sendo assim, conhecer o perfil das IRAB nas crianças Guarani se torna necessário para a formulação do tratamento adequado e o planejamento dos programas de saúde. Objetivos: Descrever a prevalência de sibilância e investigar possíveis fatores associados; descrever o perfil clínico e o manejo terapêutico das hospitalizações por IRAB; comparar o tratamento instituído nas hospitalizações com o preconizado nas Diretrizes. Métodos: Estudo transversal com 234 crianças indígenas Guarani menores de cinco anos de idade residentes na região Sul e Sudeste do Brasil, recrutadas a partir de um sistema de vigilância implantado nas aldeias entre os anos 2007 e 2008. Baseado em critérios clínico-radiológicos, os autores classificaram a IRAB em viral, bacteriana e viral-bacteriana. Os dados foram extraídos por revisão dos prontuários hospitalares, sendo excluídos aqueles com dados do tratamento incompletos. Foram realizadas duas análises distintas: 1) no programa Stata 10, foram descritas as distribuições de frequência de hospitalizações e as prevalências de sibilância. Estimaram-se razões de prevalência de sibilância brutas e ajustadas segundo categorias das variáveis exploratórias por regressão de Poisson com ajuste para variância robusta, considerando o IC de 95%; 2) no programa SPSS, foram descritas as distribuições de frequência absoluta e relativa para as variáveis categóricas e procedeu-se a análise das variáveis de interesse segundo as categorias da IRAB utilizando-se o teste Qui-Quadrado ou Exato de Fisher, considerando o IC de 95%. O coeficiente Kappa foi aplicado no intuito de verificar o nível de concordância entre a HD do médico assistente e a classificação diagnóstica do estudo. Após, realizou-se a análise bivariada por meio de regressão logística multinomial, estimando-se na forma de OR a associação entre as variáveis, sendo a IRAB viral-bacteriana considerada a categoria de referência. Resultados: A prevalência de sibilância foi de 58,1%; permaneceram significativamente associadas à sibilância no modelo final: faixa etária, inversamente associada (0-11 meses: referência; 24-35 meses: 0,63 IC95%: 0,40-0,99), internação no outono (verão: referência; outono: 1,58 IC95% 1,05-2,40), dispneia (1,41 IC95%: 1,09-1,83), tiragem (1,42, IC95% 1,16-1,73) e estertor (1,43 IC95%: 1,09-1,87). A maioria das crianças foi classificada como IRAB viral (40,8%), seguida de bacteriana (35,1%) e viral-bacteriana (24,1%). A proporção de concordância global entre a HD do médico assistente e a classificação diagnóstica do estudo foi de 45,5% (K=0,165; p<0,001). Na análise de regressão multinomial, ao comparar a IRAB bacteriana com a viral-bacteriana, a chance de ter tosse foi 3,1 vezes maior na bacteriana (IC95%: 1,11-8,70) e a de ter tiragem, 61,0% menor (OR 0,39; IC95%: 0,16-0,92). Na comparação da IRAB viral com a viral-bacteriana, a chance de ser do sexo masculino foi 2,2 vezes maior na viral (IC95%: 1,05-4,69) e a de ter taquipneia, 58,0% menor (OR 0,42; IC95%: 0,19-0,92). Em cerca de 1/3 das hospitalizações, o tratamento foi considerado adequado de acordo com as Diretrizes. Conclusão: Os resultados mostraram maior proporção de processos virais e a presença de infecção viral-bacteriana. Além disso, foi elevada a carga de morbidade por sibilância. Parte da resolubilidade da IRAB não grave ocorreu no nível hospitalar e menos da metade das hospitalizações foram tratadas de forma adequada. Propõe-se que os serviços priorizem ações que visem à melhoria da assistência à saúde indígena na atenção primária e no nível hospitalar, requer maior investimento nos métodos específicos para diagnósticos etiológicos e em treinamentos dos profissionais de saúde.
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Epidemiologia, Região Sul, Região Sudeste, Guarani, Saúde da Criança, Estudos Epidemiológicos, Infecções Respiratórias, Registros Médicos, Doenças Respiratórias
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Saúde de Populações Indígenas, Epidemiologia, Saúde da Criança, Infecções Respiratórias, Registros Médicos, Doenças Respiratórias
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SOUZA, Patricia Gomes de. Perfil Clínico e tratamento de crianças indígenas Guarani hospitalizadas por infecção respiratória aguda baixa - Sul e Sudeste do Brasil. 2016. 151 f. Tese (Doutorado em Clínica Médica) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Rio de Janeiro/RJ
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