Prevalência de enteroparasitoses e condições sanitárias na comunidade indígena Maxakali
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Dissertation
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2010
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Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares, MG, Brasil
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O processo de colonização acarretou a extinção e a exclusão de muitas sociedades indígenas que viviam no território dominado pelo homem branco. Observa-se que doenças hoje triviais, como gripe, sarampo e coqueluche e outras mais graves, como tuberculose e varíola, vitimaram muitas vezes sociedades indígenas inteiras. Percebe-se que seus territórios, aldeias, vilas e moradias, não são atendidos por políticas públicas voltadas ao saneamento básico e que a má disposição dos dejetos possibilita o contato do homem com parasitas responsáveis por diversas doenças. A partir dessas evidências, o objetivo geral deste estudo foi o de levantar informações a respeito das condições de saúde da população indígena Maxakali estimando a prevalência das enteroparasitoses e correlacionando-a com a infra-estrutura sanitária e as condições socioeconômicas. A etnia Maxakali, apesar de todas as tentativas de extermínio, é uma das poucas que conseguiram permanecer com os vários aspectos de sua cultura sendo a segunda maior população indígena aldeada do Estado de Minas Gerais com aproximadamente 1516 indivíduos, concentrando sua pirâmide etária na primeira idade. O estudo foi do tipo transversal censitário. Como resultado encontramos uma taxa de positividade de 89,48%, com pequena variação quanto ao sexo; quanto a aldeia, a de Rafael (Topázio) foi a que apresentou a maior frequência de infecção parasitária, com 96,6% de amostras positivas. Os parasitas mais freqüentes foram a Entamoeba histolytica, Entamoeba coli, e os Ancilostomídeos. O S. mansoni apresentou 23,7% de positividade. A taxa de poliparasitismo foi de 71,63%. O poliparasitismo foi mais freqüente nas faixas etárias de 19 a 59 anos com 93,9% de casos positivos. As parasitoses associaram-se significativamente com a infra-estrutura dos domicílios, isto é, quanto piores as condições de saneamento maiores foram as taxas de infecção. Como relevância, este trabalho destaca-se por ser o primeiro a identificar a prevalência de parasitoses e as condições de saneamento na população indígena Maxakali, confirmando o grau de vulnerabilidade social, elevada taxa de infecção parasitária, elevado índice de poliparasitismo, ausência completa de infraestrutura para tratamento de água e destino dos dejetos nas aldeias, sendo aspectos semelhantes encontrados em outras etnias indígenas, no Brasil.
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Keywords in Portuguese
Maxakali, Minas Gerais, Região Sudeste
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DeCS
Brasil, Saúde de Populações Indígenas, Índios Sul-Americanos, Saneamento Básico, Doenças Parasitárias, Parasitologia
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ASSIS, Eliseu Miranda. Prevalência de enteroparasitoses e condições sanitárias na comunidade indígena Maxakali. 2010. 105 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Vale do Rio Doce, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológica, Governador Valadares, 2010
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Defense Institution
Universidade Vale do Rio Doce. Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológica
Degree date
2010
Defense location
Governador Valadares/MG
Programa
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas