Dos medicamentos aos índios "genéricos": os campos das políticas indigenista e de saúde para os povos indígenas, no Brasil, frente ao censo demográfico de 2000

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2003
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Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário
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Universidade Federal do Maranhão. Departamento de Sociologia e Antropologia. São Luís, MA, Brasil.
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O Censo Demográfico de 2000, utilizando-se da auto-identificação para o preenchimento do quesito "cor ou raça", registrou 734.131 índios no Brasil, o que representa um aumento de mais de 100% em relação a todos os censos e estimativas anteriores, tanto de instituições de governo, quanto de organizações não governamentais, sobre a população indígena no Brasil (muito mais acentuada em certos estados, como São Paulo, que registrou um aumento de 2.939,28%, passando de uma população anteriormente estimada em cerca de 3.000 para a de 63.789 índios). Tanto as instituições governamentais quanto as não-governamentais vêm pautando sua ação indigenista em torno do paradigma dos índios oficialmente "aldeados" (tutelados por Postos Indígenas da Fundação Nacional do índio, a Funai) e vivendo na floresta. Este é uma das principais explicações (juntamente com uma análise dos efeitos das políticas coloniais assimilacionistas aqui praticadas, à diferença das políticas de caráter mais segregacionista, aplicadas nos países de colonização espanhola, por exemplo) para a população indígena desproporcionalmente pequena em nosso país, frente às de outros países latino-americanos, bem menores que o Brasil. Estes dados apontam para a necessidade da adoção de outros referenciais teóricos e metodológicos no campo da política de saúde para os povos indígenas, e mesmo no da política indigenista no país.
Abstract
The 2000 demographic census, using the self-identification as a method to fill in the item "color or race", registered 734.131 Indians in Brazil. This represents a growth of more than 100% in relation to previous censuses and estimates carried out by either governmental institutions or non-governmental organizations concerning the Indian population in Brazil. The numbers also show that this growth was considerably higher in certain states such as São Paulo, which registered an increase of 2.939.28%, moving from a formerly estimated population of 3000 Indians to 63.789 Indians. Both governmental institutions and NGOs have been targeting their actions based on the paradigm of the Indians oficially "aldeados" (which are officially submitted to the guardianship regiment of the Postos Indígenas of the Fundação Nacional do Indio) and living in the forest. This is one of the main explanations, along with the analysis of the effects of the assimilative aspect of the colonial policies implemented here in contrast to the more segregationist approach of the policies applied to the countries colonized by Spain, to the disproportionately small Indian population in our country compared to other Latin-American countries, whose territories are much smaller than Brazil's. These data indicate the necessity of the adoption of other theoretical and methodological references in the Indian and health policies for the Indian peoples in Brazil.
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Censos, Políticas Públicas, Grupos Étnicos, Política Indigenista, Pesquisa Qualitativa, Política de Saúde Indígena
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Censos, Políticas Públicas, Grupos Étnicos, Pesquisa Qualitativa
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VARGA, István van Deursen. Dos medicamentos aos índios "genéricos": os campos das políticas indigenista e de saúde para os povos indígenas, no Brasil, frente ao censo demográfico de 2000. Revista de Direito Sanitário, São Paulo. v. 4, n. 2, p. 32-45, jun. 2003.
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1516-4179/ 2316-9044
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