Plantas medicinais tradicionalmente utilizadas no Nordeste do Brasil: potencial antimicrobiano para tratar distúrbios das vias gênito-urinárias

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Dissertation
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2015
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As infecções das vias gênito-urinárias são uma realidade muito difundida mundialmente. São causadas por bactérias, fungos e protozoários que colonizam os tecidos urogenitais. Existem muitos produtos naturais à base de plantas que demostraram ter eficácia no tratamento desses distúrbios. No Brasil, em muitas regiões, o emprego das plantas medicinais é prática comum. Estudos etnobotânicos realizados no Nordeste do Brasil com populações tradicionais, incluindo tribos indígenas, indicam que muitas plantas são utilizadas para tratar distúrbios das vias gênito-urinárias. Para melhor entender as práticas de cura tradicionais e corroborar as suas eficácia, neste estudo avaliou-se o potencial antimicrobiano in vitro de uma seleção de plantas medicinais tradicionalmente utilizadas para tratar esses tipo de transtorno por duas populações indígenas, os Pankararu e os Fulni-ô, que habitam a região semiárida do Nordeste do Brasil. As plantas foram coletadas no final da estação chuvosa na comunidade rural de Riachão de Malhada de Pedra, município de Caruaru. Extratos aquosos e hidroalcoólicos foram preparados com a parte da planta tradicionalmente utilizada e a avaliação da atividade antimicrobiana foi realizada com a técnica da microdiluição, testando os extratos frente microrganismos capazes de colonizar o aparelho urogenital (Candida albicans, C. tropicalis, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, S. saprophyticus). A avaliação da atividade anti- Trichomonas vaginalis foi realizada através do teste da viabilidade dos trofozooides. Foi realizado o perfil fitoquímico e avaliada a atividade antioxidante dos extratos obtidos da forma tradicional. Foi também testada a correlação entre atividade antimicrobiana e uso tradicional, reportado como índice de Importância Relativa de Uso. Os resultados mostraram que os microrganismos mais susceptíveis foram os dois pertencentes ao gênero Staphylococcus, sendo os extratos aquoso e hidroalcoólico de Maytenus rigida e Spondias tuberosa os mais ativos (MIC = 0.2 mg/mL). As plantas cujos extratos da casca demonstraram maior espectro de ação foram Anacardium occidentale, Myracrodruon urundeuva e S. tuberosa. A maioria dos extratos testados mostrou atividade frente ao protozoário T. vaginalis. Os extratos de Sideroxylon obtusifolium mostraram uma toxicidade contra ao parasita comparável à do metrodinazol. O teor de taninos encontrado nos extratos mostrou ter uma correlação significativa com a atividade antimicrobiana, indicando um papel dessa classe de compostos na atividade aqui registrada. Encontrou-se também uma correlação significativa entre a atividade antimicrobiana e o uso tradicional. As espécies que apresentam maior atividade antioxidante foram Anadenanthera colubrina, M. urundeuva, S. tuberosa que coincidiram com as espécies que apresentaram os maiores teor de fenóis totais. O teor de flavonoides não parece estar correlato com a atividade antioxidante. Os resultados aqui apresentados apontam que as espécies A. occidentale, M. urundeuva e S. tuberosa produzem substâncias ativas frente a todos os microrganismos testados, justificando o uso tradicional. Essas três espécies, juntas com M. rigida e S. obtusifolium mostraram atividades promissora para o desenvolvimento de novos tratamentos contra T. vaginalis.
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Região Nordeste, Medicina Tradicional, Pankararu, Etnobotânica, Doenças Infecciosas e Parasitárias, Fulni-ô, Plantas Medicinais
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Medicina Tradicional, Etnobotânica, Plantas Medicinais, Doenças Infecciosas, Doenças Parasitárias
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MARANGONI, Carmen. Plantas medicinais tradicionalmente utilizadas no nordeste do Brasil: potencial antimicrobiano para tratar distúrbios das vias gênito-urinárias. 2015. 122 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2015.
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