Avaliação do estado de saúde bucal de indígenas brasileiros com base no levantamento de saúde bucal Brasil 2010
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Thesis
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2016
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O conhecimento da distribuição das doenças bucais entre indígenas é essencial para a organização dos serviços de saúde voltados para essas populações. O SB Brasil 2010 oferece informações referentes às condições de saúde bucal de 308 autoidentificados indígenas residentes em área urbana que foram comparadas, neste estudo, com dados de 37.211 indivíduos não-indígenas. Objetivos: Avaliar a prevalência de cárie na população indígena e comparar com a não-indígena (Estudo 1); avaliar a prevalência de doença periodontal na população indígena e comparar com a não-indígena (Estudo 2); Avaliar as percepções da população indígena brasileira sobre seu estado de saúde bucal e o acesso a cuidados dentários (Estudo 3). Métodos e Resultados: Na análise estatística do estudo 1 foram utilizados os testes Kruskal-Wallis, Wilcoxon Scores (Rank Sums), e linear múltipla. O estudo analisou também o efeito do desenho amostral complexo e o peso da amostra nos resultados. O índice ceo-d médio para crianças indígenas e não-indígenas com idade de cinco anos foram 4,02±4,01 e 2,41±3,35 (p=0,00), respectivamente, e 46% das crianças não-indígenas e 30,8% das indígenas estavam livres de cárie. A média do CPOD para indígenas e não-indígenas foi de 10,90±11,69 e 10,93±11,58 (p=0,98), respectivamente. Ao considerar o desenho amostral complexo e o efeito do peso amostral, o estudo encontrou uma diferença estatisticamente significativa (amarelo, p=0,04; pardo, p=0,04). Para o estudo 2, a associação dos grupos etários com os Índices Periodontal Comunitário (CPI) e de Perda de Inserção Periodontal (PIP), foi avaliada por meio do teste Rao-Scott chi-square. O teste Pearson foi utilizado na análise residual. Quando os componentes do CPI dos Indígenas e não-indígenas foram comparados, os indígenas com 12 anos de idade (p=0,01) e entre 35 e 44 anos de idade (p=0,00) mostraram condições periodontal menos favoráveis que os indivíduos não-indígenas. Já para o estudo 3, o teste Rao e Scott foi usado para avaliar a associação entre as variáveis, sendo a variável dependente a autopercepção da saúde bucal e as independentes foram agrupadas em: demográficas, condições de saúde bucal, predisposição/facilitação e relacionadas à autopercepção da necessidade de tratamento. Os indígenas que utilizaram o serviço odontológico com uma frequência de até um ano apresentaram uma prevalência satisfação com a saúde bucal cerca de duas vezes maior que indígenas que fizeram uso do serviço num intervalo superior a um ano. Conclusão: As condições bucais dos indígenas que residem em áreas urbanas no que se refere à cárie e doença periodontal são piores que as condições dos indivíduos não-indígenas. A autossatisfação em relação à saúde bucal da população indígena está diretamente ligada à utilização recente dos serviços odontológicos, sendo maior entre aqueles que foram atendidos no serviço público. Entretanto, por se tratar de um número pequeno de indígenas investigados e por estes residirem em área urbana, estudos com diferentes etnias são necessários para determinar com maior precisão as causas das iniquidades entre indígenas e não-indígenas e, assim, propor políticas de saúde mais efetivas para a resolução dos problemas.
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Cárie Dentária, Acesso aos Serviços de Saúde, Doenças Periodontais, Equidade no acesso
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Cárie Dentária, Acesso aos Serviços de Saúde, Doenças Periodontais, Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde
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MIRANDA, Kênia Cristina de Oliveira. Avaliação do estado de saúde bucal de indígenas brasileiros com base no levantamento de saúde bucal. Brasil 2010. 2016. 80 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade de Brasília, Brasília, 2016
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Universidade de Brasília . Faculdade de Ciências da Saúde
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Brasília/DF