Indígenas na Escola Médica no Brasil: experiências e trajetórias nas universidades federais
dc.contributor.advisor | Cyrino, Eliana Goldfarb | |
dc.contributor.author | Luna, Willian Fernandes | |
dc.creator.affilliation | Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Faculdade de Medicina. Botucatu, SP, Brasil | en_US |
dc.date.accessioned | 2022-01-19T20:55:11Z | |
dc.date.available | 2022-01-19T20:55:11Z | |
dc.date.issued | 2021 | |
dc.degree.date | 2021 | |
dc.degree.grantor | Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Medicina | en_US |
dc.degree.local | Botucatu, SP | en_US |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva | en_US |
dc.description.abstract | A trajetória do ensino superior no Brasil, em especial, da graduação em medicina, é marcada pela restrição a um grupo privilegiado da população. Nas últimas duas décadas, a partir de reinvindicações do movimento indígena, ações afirmativas foram sendo desenvolvidas para garantir o direito de acesso a essa população, o que possibilitou o ingresso de indígenas em escolas médicas no país. Esta pesquisa teve como objetivo compreender as experiências e trajetórias de indígenas que cursavam a graduação em medicina em universidades federais brasileiras, entre os anos de 2018 a 2020, a partir de suas narrativas. Buscou-se compreender as estratégias que possibilitaram o ingresso nos cursos; analisar as vivências destes estudantes no processo de ingresso e permanência; reconhecer o encontro entre as suas vivências histórico-culturais e os conhecimentos ofertados na graduação; descrever projetos e perspectivas de atuação futura. A pesquisa foi de abordagem qualitativa, com uso de questionário, entrevistas narrativas individuais, rodas de conversa e diário de campo. Identificou-se 43 cursos de medicina com presença de indígenas, realizando-se encontros presenciais em 14 escolas médicas, com participação de 40 estudantes, de 25 diferentes povos indígenas. Realizou-se análise temática de conteúdo, com definição das categorias: acesso e políticas de permanência na universidade; alteridade na escola médica; sofrimento e resiliência; identidade e coletividade; experiências na e para a saúde indígena. Por meio dos encontros presenciais, ficou estampada a multiplicidade de experiências e trajetórias, característica marcante dos universitários indígenas nas instituições. O ingresso nos cursos se deu quase que exclusivamente por ações afirmativas. Percebe-se que a graduação em medicina oferta uma formação baseada na biomedicina e na exclusão de outras racionalidades, dentre estas, as indígenas. A escola médica está composta por um grupo pouco acolhedor aos indígenas, com relações marcadas por posturas de preconceito, intolerância e tutela. Geram-se, assim, sofrimentos e perdas, de modo que tais estudantes buscam elaborar estratégias de resiliência para sobreviver às adversidades e permanecer no curso. A vivência universitária provoca o movimento de se afirmarem enquanto coletivo de povos indígenas e possibilita assumirem o protagonismo em construções possíveis. O curso de medicina não desenvolve aspectos relacionados à saúde indígena, todavia, a presença dos indígenas provoca discussões e possibilidades para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao tema. Os indígenas mantêm suas relações com as comunidades de origem e possuem expectativas de atuarem em atividades relacionadas à saúde indígena após a graduação. Uma outra questão a ser destacada é a possibilidade de trazerem contribuições para a necessária transformação da escola médica. Por fim, as experiências e as trajetórias desses estudantes na escola médica revelam construções na direção de seu protagonismo e de possíveis e desejáveis autorias indígenas no sentido acadêmico, científico, político, epistemológico e para as práticas de cuidado em saúde | en_US |
dc.identifier.citation | LUNA, Willian Fernandes. Indígenas na Escola Médica no Brasil: experiências e trajetórias nas universidades federais. 2021. 390 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Medicina, Botucatu, 2021 | en_US |
dc.identifier.uri | https://repositorio.bvspovosindigenas.fiocruz.br/handle/bvs/5907 | |
dc.language.iso | por | en_US |
dc.rights | open access | en_US |
dc.subject.decs | Brasil | en_US |
dc.subject.decs | Saúde de Populações Indígenas | en_US |
dc.subject.decs | Índios Sul-Americanos | en_US |
dc.subject.decs | Universidades | en_US |
dc.subject.decs | Estudantes | en_US |
dc.subject.decs | Política Pública | en_US |
dc.subject.other | Autoria Indígena | en_US |
dc.subject.other | Ações Afirmativas | en_US |
dc.subject.other | Educação de Graduação em Medicina | en_US |
dc.subject.other | Narrativas | en_US |
dc.title | Indígenas na Escola Médica no Brasil: experiências e trajetórias nas universidades federais | en_US |
dc.type | Thesis | en_US |