Desigualdade social, crescimento urbano e hanseníase em Manaus: abordagem espacial

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open access
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Article
Date
2009
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Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Alternative Title
Social inequality, urban growth and leprosy in Manaus: a spatial approach
Affilliation
Instituto Leônidas & Maria Deane. Manaus, AM, Brasil
Universidade Federal do Amazonas. Manaus, AM, Brasil
Fundação Instituto Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil
Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta. Manaus, AM, Brasil
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Abstract
OBJETIVO: Analisar a epidemiologia de hanseníase segundo a distribuição espacial e condições de vida da população. MÉTODOS: Estudo ecológico baseado na espacialização da hanseníase em Manaus (AM), entre 1998 e 2004. Os 4.104 casos obtidos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação foram georreferenciados de acordo com a localização dos endereços em 1.536 setores censitários urbanos, por meio de quatro técnicas: correios (73,7% dos endereços encontrados); Programa de Cadastro de Logradouros (7,3%); Programa Saúde da Família (2,1%) e folhas de coleta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1,5%). Para cálculo do coeficiente de detecção utilizou a população de 2001. Na análise espacial foi aplicado o método bayesiano empírico local para produzir uma estimativa do risco da hanseníase, suavizando o efeito da flutuação das taxas, quando calculadas para pequenas áreas. Para análise da associação entre espacialização e fatores de risco empregou-se a regressão logística, tendo como variáveis explicativas a ocorrência de casos em menores de 15 anos (indicador de gravidade) e o Índice de Carência Social construído a partir das variáveis do Censo 2000. RESULTADOS: O coeficiente de detecção apresentou-se hiperendêmico em 34,0% dos setores e muito alto em 26,7%. A medida de associação (odds ratio) referente às variáveis explicativas foi significativa. A combinação de baixa condição de vida e ocorrência em menores de 15 anos foi adotada para identificar as áreas prioritárias para intervenção. CONCLUSÕES: A análise espacial da hanseníase mostrou que a distribuição da doença é heterogênea, atingindo mais intensamente as regiões habitadas por grupos em situação de maior vulnerabilidade.
Abstract
OBJECTIVE: To analyze the epidemiology of leprosy according to spatial distribution and living conditions of the population. METHODS: Ecological study based on the spatial distribution of leprosy in the municipality of Manaus, Northern Brazil, from 1998 to 2004. The 4,104 cases identified in the Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan –National Notification System) were georeferenced according to the addresses in the 1,536 urban census tracts through four different sources: postal service (73.7% of addresses found), Property Registration Program (7.3%), Family Health Program (2.1%), and Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brazilian Institute of Geography and Statistics) data sheet (1.5%). Calculation of detection coefficient was performed based on the 2001 population. Local empirical Bayesian method was used for the spatial distribution analysis, in order to estimate leprosy risk, making rate variation shorter when they were calculated for small areas. Logistic regression was employed to analyze the association between geographical distribution and risk factors. The incidence of cases in children under 15 (severity indicator) and Social Need Index built from variables of the 2000 census were adopted as explicative variables. RESULTS: The mean coeffi cient of detection was hyperendemic in 34.0% of the census tracts, and very high in 26.7%. Odds ratio was obtained for explicative variables and proved to be signifi cant. Low-income and incidence in children under 15 were combined to identify priority areas for intervention. CONCLUSIONS: Spatial analysis of leprosy showed that the distribution of the disease is heterogeneous and is more strongly present in regions inhabited by more vulnerable groups.
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Keywords in Portuguese
Amazonas, Brasil, Índios Sul-Americanos, Região Norte, Saúde de Populações Indígenas, Região Amazônica, Hanseníase, Epidemiologia
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Brasil, Índios Sul-Americanos, Saúde de Populações Indígenas, Ecossistema Amazônico, Hanseníase
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IMBIRIBA, Elsia Nascimento Belo. et al. Desigualdade social, crescimento urbano e hanseníase em Manaus: abordagem espacial. Revista de Saúde Pública, v. 43, n. 4, p. 656–665, 2009.
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