ASMT - Capítulos de Livros
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
Item La eficacia simbólica de los rituales del ritual a la performance(La Liebre de Marzo, 2013) Langdon, Esther JeanItem [Prefácio de]: Medicinas indígenas e as políticas da tradição: entre discursos oficiais e vozes indígenas(Editora Fiocruz, 2013) Langdon, Ester JeanItem Medicina Indígena no Rio Negro: experiência de um Projeto(FUNASA, 2007) Athias, RenatoItem O “fazer antropológico” em ações voltadas para a redução do uso abusivo de bebidas alcoólicas entre os Mbyá-Guarani, no Rio Grande do Sul(Contra Capa; ABA, 2004) Ferreira, Luciane OuriquesItem Índios, antropólogos e gestores de saúde no âmbito dos Distritos Sanitários Indígenas(Contra Capa; ABA, 2004) Athias, RenatoItem Cultura e saúde pública: reflexões sobre o Distrito Sanitário Especial Indígena do Rio Negro(Contra Capa : ABA, 2004) Buchillet, DominiqueItem Introdução: Xamanismo - velhas e novas perspectivas(Editora da UFSC, 1996) Langdon, Esther JeanItem Controle social como autoatenção: estratégias kaingang diante os abusos das bebidas alcoólicas(Editora Fiocruz, 2013) Ghiggi Junior, Ari; Langdon, Esther JeanEste capítulo, baseado em pesquisa etnográfica na Terra Indígena Xapecó (TIX) de Santa Catarina, examina o processo de "alcoolização" entre os índios Kaingang e na perspectiva antropológica. Em vez de partir do anacrônico conceito de "alcoolismo", que parece ainda impregnar as políticas públicas de saúde, exploram-se os entendimentos elaborados pelos próprios Kaingang sobre as formas improprias de uso ligadas à moralidade local. A partir da compreensão do contexto que abarca tais condutas, examinam-se as práticas de autoatenção utilizadas pela comunidade para o consumo e a regulação do álcoolItem Intermedicalidade: a zona de contato criada por povos indígenas e profissionais de saúde(Contra Capa; ABA, 2004) Follér, Maj-LisItem Performance e preocupações pós-modernas na antropologia(Editora Universidade de Brasília, 1996) Langdon, Esther JeanItem Representações de doença e itinerário terapêutico dos Siona da Amazônia(Editora Fiocruz, 1994) Langdon, Esther JeanItem O conceito de atenção diferenciada e sua aplicação entre os Yanomami(Contra Capa; Associação Brasileira de Antropologia (ABA), 2004) Silveira, Nádia HeusiItem A tolerância e a politica de saúde do índio no Brasil: são compatíveis com os saberes biomédicos e os saberes indígenas ?(Universidade de São Paulo, 2001) Langdon, Esther JeanItem Tomar um fuga: metáforas sobre o contexto social e econômico da alcoolização pankararu(Editora FIOCRUZ, 2013) Acioli, Moab DuarteItem Plantas medicinais tradicionalmente utilizadas no Nordeste do Brasil: potencial antimicrobiano para tratar distúrbios das vias gênito-urinárias(2015) Marangoni, Carmen; Andrade, Laise de Holanda Cavalcanti; Oliveira, Antonio Fernando Morais deAs infecções das vias gênito-urinárias são uma realidade muito difundida mundialmente. São causadas por bactérias, fungos e protozoários que colonizam os tecidos urogenitais. Existem muitos produtos naturais à base de plantas que demostraram ter eficácia no tratamento desses distúrbios. No Brasil, em muitas regiões, o emprego das plantas medicinais é prática comum. Estudos etnobotânicos realizados no Nordeste do Brasil com populações tradicionais, incluindo tribos indígenas, indicam que muitas plantas são utilizadas para tratar distúrbios das vias gênito-urinárias. Para melhor entender as práticas de cura tradicionais e corroborar as suas eficácia, neste estudo avaliou-se o potencial antimicrobiano in vitro de uma seleção de plantas medicinais tradicionalmente utilizadas para tratar esses tipo de transtorno por duas populações indígenas, os Pankararu e os Fulni-ô, que habitam a região semiárida do Nordeste do Brasil. As plantas foram coletadas no final da estação chuvosa na comunidade rural de Riachão de Malhada de Pedra, município de Caruaru. Extratos aquosos e hidroalcoólicos foram preparados com a parte da planta tradicionalmente utilizada e a avaliação da atividade antimicrobiana foi realizada com a técnica da microdiluição, testando os extratos frente microrganismos capazes de colonizar o aparelho urogenital (Candida albicans, C. tropicalis, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, S. saprophyticus). A avaliação da atividade anti- Trichomonas vaginalis foi realizada através do teste da viabilidade dos trofozooides. Foi realizado o perfil fitoquímico e avaliada a atividade antioxidante dos extratos obtidos da forma tradicional. Foi também testada a correlação entre atividade antimicrobiana e uso tradicional, reportado como índice de Importância Relativa de Uso. Os resultados mostraram que os microrganismos mais susceptíveis foram os dois pertencentes ao gênero Staphylococcus, sendo os extratos aquoso e hidroalcoólico de Maytenus rigida e Spondias tuberosa os mais ativos (MIC = 0.2 mg/mL). As plantas cujos extratos da casca demonstraram maior espectro de ação foram Anacardium occidentale, Myracrodruon urundeuva e S. tuberosa. A maioria dos extratos testados mostrou atividade frente ao protozoário T. vaginalis. Os extratos de Sideroxylon obtusifolium mostraram uma toxicidade contra ao parasita comparável à do metrodinazol. O teor de taninos encontrado nos extratos mostrou ter uma correlação significativa com a atividade antimicrobiana, indicando um papel dessa classe de compostos na atividade aqui registrada. Encontrou-se também uma correlação significativa entre a atividade antimicrobiana e o uso tradicional. As espécies que apresentam maior atividade antioxidante foram Anadenanthera colubrina, M. urundeuva, S. tuberosa que coincidiram com as espécies que apresentaram os maiores teor de fenóis totais. O teor de flavonoides não parece estar correlato com a atividade antioxidante. Os resultados aqui apresentados apontam que as espécies A. occidentale, M. urundeuva e S. tuberosa produzem substâncias ativas frente a todos os microrganismos testados, justificando o uso tradicional. Essas três espécies, juntas com M. rigida e S. obtusifolium mostraram atividades promissora para o desenvolvimento de novos tratamentos contra T. vaginalis.