Alimentação e Nutrição (AN)
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Item A atuação dos indígenas na História do Brasil: revisões historiográficas(2017) ALMEIDA, Maria Regina CelestinoPara discutir a importância de incorporar os índios na História do Brasil como protagonistas, apresento uma reflexão sobre algumas mudanças historiográficas resultantes dessa incorporação, apontando a relevância acadêmica, social e política dessa prática. A inclusão dos índios em nossa história na condição de sujeitos tem propiciado novas interpretações sobre vários temas. Este artigo aborda alguns deles, priorizando minha pesquisa sobre os índios no Rio de Janeiro, em perspectiva comparativa com outras regiões do Brasil. Lembrando que a história indígena articula-se com as histórias colonial e nacional, o texto enfatiza a importância de estreitar diálogos entre os especialistas para compreensões mais complexas dos processos históricos. Do ponto de vista político e social, as novas interpretações históricas sobre os índios cumprem o papel essencial de desconstruir ideias preconceituosas e discriminatórias.Item A cidade grande de Ñapirikoli e os petroglifos do Içana: uma etnografia de signos baniwa(2008) Xavier, Carlos Cesar Leal; Fausto, CarlosEste trabalho ocupa-se da rede sígnica que organiza, registra e recompõe a memória social entre os Baniwa do Alto Rio Negro, tendo como principal objeto de estudo os petroglifos ao longo do rio Içana. A autoria de tais signos gravados nas pedras, quase sempre em lugares sagrados e cachoeiras onde importantes eventos ocorreram, é atribuída ao herói-criador Ñapirikoli. Os desenhos são destinados a: i) mostrar aos walimanai (as novas gerações) como era o mundo primordial; ii) registrar ensinamentos sobre técnicas diversas (caça, cestarias); e iii) apontar modos de comportamento que devem guiar os Baniwa. Esta pesquisa tem como base teórica a semiótica de Charles Sanders Peirce. As questões que se impõem remetem à vida social dos signos e às relações entre oralidade, memória e suporte material, isto é, ao lugar desses elementos não-humanos (signos, paisagens-escrituras) na rede social dos Baniwa que, em sua maioria, são hoje evangélicos.Item "A gente é como aranha ... vive do que tece": nutrição, saúde e alimentação entre os Índios Kiriri do Sertão da Bahia.(2007) Pacheco, Sandra Simone Queiroz de Morais; Carvalho, Maria Rosário Gonçalves deO objeto central da tese é o perfil antropométrico das crianças na faixa etária de 0 a 5 anos do povo indígena Kiriri, assim como suas condições de saúde e práticas alimentares cotidianas. O percurso metodológico para a apreensão dessas três dimensões privilegiou o método da observação participante com registro etnográfico, ao abrigo do qual foram utilizadas também técnicas de caráter quantitativo. Das 365 crianças de 0 a 5 anos residentes na Terra Indígena Kiriri, 306 (83,83%) participaram do estudo. Os resultados evidenciaram, notadamente, uma elevada prevalência de processos crônicos de Desnutrição pelo Indicador Altura/Idade (19,9%), cuja prevalência está muito além da aceitável pela Organização Mundial de Saúde, que é de 2,3 % (OMS, 1995). Do ponto de vista nutricional, a alta relevância de Desnutrição crônica representa reduzida garantia de segurança alimentar infantil, não só ao nível doméstico mas também comunitário, assim como precárias condições de prevenção e manutenção da saúde. Visando melhor conhecer e descrever a situação nutricional na Terra Indígena Kiriri, os indicadores Peso/Estatura, Peso/Idade e Estatura/Idade foram cruzados com variáveis consideradas importantes no quadro multicausal da Desnutrição. As variáveis selecionadas foram sexo, idade, escolaridade materna e aleitamento. Em relação às variáveis sexo e aleitamento, não se observou associação entre elas e a ocorrência de Desnutrição. Destacada a questão do déficit de crescimento, observou-se que das 60 (20,3%) crianças que apresentaram Desnutrição pelo indicador Estatura/Idade, aproximadamente 87,0% possuem mães com escolaridade até a 4ª série. Constatou-se, também, que crianças entre 24 e 59 meses de idade representam 57,4% do total de crianças desnutridas. Em uma perspectiva comparativa entre os dois Grupos em que está dividida, hoje, a população indígena, a Desnutrição tem uma distribuição geográfica específica, sendo que no Grupo liderado pelo cacique Lázaro, a prevalência da Desnutrição crônica é maior (24,6%) do que no Grupo liderado pelo cacique Zenito (13,0%). Um estudo focal foi realizado entre as famílias com crianças Desnutridas no grupo local de Mirandela, de modo a melhor compreender alguns fatores envolvidos na determinação do Déficit de crescimento. As formas de cuidado e cura que conformam o sistema de saúde local foram observadas numa perspectiva relacional, identificando-se um campo complexo onde diferentes demandas são articuladas a órgãos oficiais e conhecimentos locais, de modo a atender às necessidades materiais, relações de poder e prestígio, motivações históricas, etc. As observações sobre as práticas alimentares Kiriri demonstram uma dieta alimentar baseada no feijão e farinha de mandioca, e complementada por tubérculos e cereais (batata-doce, pão, arroz e farinha de milho). De modo geral, a marca dessa alimentação cotidiana é a monotonia. Entre as carnes, a preferência incide sobre a de boi. Atenção foi, igualmente, dirigida para as técnicas culinárias, a cozinha, a comida e o comer. A observação do sistema alimentar Kiriri se constitui em elemento fundamental para o respeito à sua especificidade cultural e elaboração de políticas públicas que contribuam para o equacionamento do seu problema de (in) segurança alimentar.Item A influência dos hábitos culturais específicos no desenvolvimento da cárie dentária em indígenas(2014) Menagaz, Sônia Maria; Pacagnella, RaquelOs povos indígenas compõem uma diversidade de etnias que se relacionam com a natureza transcendendo a compreensão dos não índios. Além do aspecto cultural, diferem de outros povos pelo histórico de contato concepção do processo saúde-doença e pelas práticas de auto-cuidado. Segundo alguns pesquisadores o contato com a sociedade ocidental fez com que o processo saúde-doença fosse influenciado por uma variedade muito ampla de determinantes, conseqüências das transformações socioeconômicas, ambientais e culturais destes povos. Em relação à Saúde Bucal os autores citam como doenças mais agravantes a cárie e a doença periodontal. No entanto a falta de pesquisas mais abrangentes em relação à saúde bucal dos povos indígenas, fez com que não pudéssemos afirmar se os hábitos culturais específicos influenciam no desenvolvimento da cárie dental. De acordo com estes autores o que podemos afirmar é de que as particularidades de cada etnia existem, as práticas de auto cuidado são empregadas por alguns grupos específicos e a interação com a sociedade nacional influenciou na mudança de hábitos e conseqüentemente aumentou o índice de cárie dentalItem Accidents involving Brazilian indigenous treated at urgent and emergency services of the Unified Health System(Abrasco, 2016) Souza, Edinilsa Ramos de; Njaine, Kathie; Mascarenhas, Márcio Dênis Medeiros; Oliveira, Maria Conceição deForam analisados os acidentes ocorridos com indígenas brasileiros atendidos em serviços de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados provêm do Viva Inquérito de 2014, que incluiu 86 serviços de 24 capitais e do Distrito Federal. Caracterizou-se o perfil sociodemográfico dos indígenas, o evento e o atendimento. A maioria dos atendidos era do sexo masculino e tinha entre 20-39 anos. Acidentes de transporte e quedas foram os principais motivos dos atendimentos. O uso de bebida alcoólica foi informado por 5,6% dos atendidos. Nos acidentes de transporte esse uso sobe para 19,1%; 26,1% entre condutores e 22,8% nos motociclistas. Houve diferença estatística entre os sexos em relação à faixa etária, deficiência, local de ocorrência do evento, evento relacionado ao trabalho e condição da vítima no acidente de transporte. Destaca-se a importância de dar visibilidade aos acidentes com indígenas e de envolvê-los na prevenção desses eventos. A fidedignidade desses dados depende do seu adequado preenchimento nos sistemas de informações sobre saúde de indígenasItem Acculturation, obesity, and hypertension among female brazilian indians(American Heart Association, 2010) Roriz-Cruz, M.; Rosset, I.; Barreto-Roriz, R.; Mancilha-Carvalho, J. J.Item Acesso às políticas locais de saúde: um estudo sobre as políticas indigenistas no Amazonas(Universidade Estadual de Colômbia, 2017) Palheta, Rosiane PinheiroItem Ações de promoção em saúde bucal: um estudo com o povo indígena Tremembé, CE(Associação Brasileira de Odontologia, 2005) Piuvezam, Grasiela; Alves, Maria do Socorro Costa Feitosa; Roncalli, Angelo Giuseppe; Werner, Carlos Wagner de Araújo; Ferreira, Aurígena AntunesItem Adequação do programa bolsa família para o atendimento da população indígena(2005) Brasil. Minstério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Renda de CidadaniaItem AIDS tem cor ou raça? Interpretação de dados e formulação de políticas de saúde no Brasil(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, 2007) Fry, Peter H.; Monteiro, Simone; Maio, Marcos Chor; Bastos, Francisco I.; Santos, Ricardo VenturaItem Alguns dados sôbre a incidência nosológica nos índios Kayapó(Associação Médica de Língua Portuguesa, 1960) Bellizzi, Ataliba MacieiraDepois de apresentar ligeiras notas sôbre sua cultura e alguns dados somatométricos, o autor, que visitou vários grupos Kayapó setentrionais em 1957, registra as enfermidades encontradas em três aldeias habitadas por cerca de 1200 indígenas: ‘… foram notadas com maior freqüência o impaludismo, as diarréias, as afecções alvéolo-dentárias adquiridas, e uma dermatose parasitária conhecida na região por “purupuru”. Dois casos de lepra cutânea foram diagnosticados e confirmados pelo exame histopatológico e um caso de elefantíase vulvar foi registrado. Alguns casos de malária também foram confirmados pelo exame hematológico. As lesões blastomatosas e afins não foram encontradas em quaisquer dos índios examinados’ (p. 210). Êsses fatôres levaram o autor a suspeitar ‘serem essas afecções, nas condições atuais, de aparecimento muito raro ou talvez mesmo nulo entre esses silvícolas’ (p. 210).Item Alimentação e nutrição dos povos indígenas no Brasil(Editora Fiocruz: Atheneu, 2007) Leite, Maurício Soares; Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares; Gugelmin, Silvia ÂngelaItem Alimentação Escolar de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais: A experiência da Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas e sua expansão(2021-04-28)Povos indígenas de todo o Brasil são conhecedores dos desafios que enfrentam para colocar sua produção saudável, de qualidade e culturalmente valorizada, nas mesas de suas escolas. Este evento apresenta a experiência da Catrapoa, vencedora do Prêmio Innovare 2020, que viabilizou o fornecimento de alimentos tradicionais na alimentação escolar no Amazonas, e da criação da Mesa de Diálogo Permanente Catrapovos Brasil, de âmbito nacional, que tem como objetivo promover o diálogo entre as instâncias governamentais e da sociedade civil relacionadas ao tema, e fomentar a replicação da iniciativa entre povos e comunidades tradicionais por todo o paísItem Alimentação escolar indígena e de comunidades tradicionais(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2020)Item Alimentação indígena na América Latina: comida invisível, comida de pobres ou patrimônio culinário?(Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Programa de Pós-graduação em Antropologia Social. Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais (NIT), 2009) Katz, EstherEm todos os países latino-americanos, o modo de perceber a alimentação indígena é diferente, sendo em alguns casos simplesmente ignorada ou desconhecida. Às vezes, elementos dessa comida foram integrados ao modelo alimentar nacional. Em países como México e Peru, esses aspectos foram valorizados, mas, ao mesmo tempo, a comida dos índios de hoje é desvalorizada. Com estudos de caso no México (região mixteca, Estado de Oaxaca) e na Amazônia brasileira (Rio Negro, Amazonas), analisaremos como as dietas indígenas dessas regiões são percebidas sob duas perspectivas, de fora e de dentro. A partir do exame de suas características, será possível entrever que mesmo quando os índios vivem em situações desfavorecidas (no caso dos mixtecos), essas dietas são baseadas em um uso amplo e diverso dos recursos naturais, assim como de técnicas complexas de transformação dos alimentos. A partir dessa análise, discutiremos então se essas dietas podem ser consideradas como patrimônio culinárioItem Alimentação: como formular políticas para preservar saúde indígena(Brasil de Fato, 2020-09-14) Raquel, MarthaItem Alimentos, restrições e reciprocidade no ritual Xavante do Wapté mnhõno (Terra Indígena Marãiwatsédé, Mato Grosso)(2013) Silva, Sayonara; Katz, Esther Fernande Rose; Dias, Terezinha Aparecida B.A presente pesquisa apresenta de forma breve um levantamento sobre o sistema alimentar do povo indígena Xavante da terra indígena Marãiwatsédé (Mato Grosso, Brasil) incluindo as formas de obtenção de alimentos na contemporaneidade. O estudo foi realizado durante o ritual do wapté mnhõno (iniciação de jovens) e está focado nos alimentos consumidos durante este período, destacando a dieta alimentar dos watewá (jovens batendo água) no Datsi´waté (rito de bater água) e as relações de troca-reciprocidade envolta dos alimentos a partir da observação da relação entre as mães dos watewá com o Dazaniwá (ancião responsável por cuidar dos jovens durante o Datsi´waté). O povo Xavante de Marãiwatsédé passa pelo processo de territorialização se adaptando a uma nova maneira de viver na terra indígena mais desmatada da Amazônia Legal. A pesquisa apresenta um panorama sobre o processo de desterritorialização vivenciado por esse grupo desde o contato oficial (1950), perpassando pela demarcação da terra (1993), até os dias atuais, utilizando para realização da pesquisa método etnográfico por meio de observação participante e direta, entrevistas informais/não estruturadas e semi-estruturadas, bem como dados bibliográficos.Item Alterações nas estratégias de subsistência: O caso dos índios brasileiros Xavantes(Unicamp, 2009) Silva, Rafael José Navas da; Garavello, Maria Elisa de Paula EduardoO objetivo deste trabalho foi analisar as transformações ocorridas na alimentação da comunidade indígena xavante, da aldeia Wede´rã, no Estado de Mato Grosso, Brasil, com a introdução da agricultura mecanizada. Foi utilizado o enfoque qualitativo, com técnicas de entrevista e observação participante. Verificou-se que, com a introdução da mecanização na produção agrícola e o processo de sedentarização, o arroz tornou-se base da alimentação, substituindo outros alimentos tradicionalmente consumidos, obtidos principalmente através da coleta. A utilização da caça ainda permanece, entretanto, com maior impacto ambiental. Outras alterações na dieta são a compra de alimentos industrializados e a composição das refeições do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, popularmente conhecido como merenda escolar. Tais transformações podem estar associadas à causa de 56,3% de prevalência de anemia entre a população da aldeia, constatada em 2006. Há esforços para alterar esse quadro, mas, mudanças no modo de vida e organização social dos indivíduos e nas relações destes com a natureza, podem estar comprometendo a sua segurança alimentar e nutricional de modo irreversível.Item Ambiente e cultura Kaingang: saúde e educação na pauta das lutas e conquistas dos Kaingang de uma terra indígena(Universidade Federal de Minas Gerais, 2013) Laroque, Luís Fernando da Silva; Silva, Juciane Beatriz Sehn daEste artigo tem por objetivo discutir questões relacionadas à saúde e educação indígena Kaingang da Terra Indígena Linha Glória, localizada no município de Estrela, no Vale do Taquari-RS. Os Kaingang são povos de língua Jê, constituindo, na atualidade, um dos maiores grupos do ponto de vista populacional no Sul do Brasil, ocupando territórios localizados no oeste paulista, centro-norte e oeste paranaenses, oeste catarinense e centro-norte do Rio Grande do Sul. Sendo assim, buscamos compreender como esse grupo vivencia e relaciona-se culturalmente com a saúde e a educação no seu cotidiano. Pretendemos, sobretudo, mostrar que o grupo tem sido sujeito de sua história, estando à frente de diversas lutas relacionadas à saúde e educação, e que a Constituição Federal de 1988 garante, nos termos específicos da lei, que ambas sejam realizadas de maneira diferenciada, respeitando a cultura e a peculiaridade das populações indígenas.Item [Análise de:] South American Indians - A Case Study in Evolution(Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, 1989) Santos, Ricardo Ventura