DIP - Teses de Doutorado
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Browsing DIP - Teses de Doutorado by Subject "Doenças Infecciosas e Parasitárias"
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Item Características sócio-demográficas e epidemiológicas da tuberculose: Avaliação etnobotânica e da atividade antimicobacteriana das plantas utilizadas por uma comunidade indígena.(2006) Oliveira, Décio Gomes de; Leite, Clarice Queico FujimuraItem Índios, jesuítas e bandeirantes: medicinas e doenças no Brasil dos séculos XVI e XVII. 2009(2009) Gurgel, Cristina Brandt Friedrich Martin; Almeida, Eros Antônio de; Lewinsohn, RachelIsolados durante milhares de anos, os indígenas não desenvolveram imunidade diante de vírus e bactérias originários de outros continentes. Apesar de seu habitat não ser destituído de uma grande variedade de moléstias (dentre elas o pian, a leishmaniose cutânea e a doença de Chagas), no contato com o colonizador, a deficiência de resposta imune Th2 para micro-organismos autóctones causou verdadeiras tragédias entre os brasilíndios, que sucumbiam por gripes, sarampo, disenterias e principalmente varíola. Médicos formados constituíam um grupo insignificante no Brasil colonial e diante do vazio profissional, jesuítas (os primeiros que se lançaram nas práticas médicas), curiosos, curandeiros, barbeiros, benzedeiras compunham um contingente expressivo. Todos praticavam uma medicina híbrida, formada inicialmente pela medicina popular européia e indígena; ambas possuíam uma noção materializada da doença que, uma vez instituída, deveria abandonar o organismo. Diante disso, a terapêutica baseava-se em sangrias, purgas e vomitórios, além de rituais, rezas e uso de amuletos para satisfazer o sobrenatural. Estas práticas médicas concomitantemente valeram-se da variada flora medicinal nativa e foram difundidas pelos bandeirantes, que desbravavam os sertões de norte a sul - por este motivo esta terapêutica foi denominada "Remédios de Paulistas" - e foi usada para diversos males como opilação (anemia), escrófulas...Item O contexto cultural das doenças diarréicas entre os Wari', estado de Rondônia, Brasil. Interfaces entre antropologia e saúde pública(2004) Haverroth, Moacir; Coimbra Junior, Carlos Everaldo AlvaresA pesquisa trata sobre saúde, doença e cura entre os Wari’, família lingüística Txapakura, município de Guajará-Mirim, Rondônia, abordando as opções de recursos em saúde, enfocando as doenças diarréicas, uma das maiores causas de morbi-mortalidade entre crianças indígenas. A pesquisa de campo foi feita nas aldeias Lage Novo e Linha Dez, na Terra Indígena Igarapé Lage, entre novembro de 2002 e maio de 2003. A tese inicia com a revisão bibliográfica sobre a antropologia e o campo da saúde, de forma geral, e as doenças diarréicas. Segue o modelo teórico segundo o qual as atividades relacionadas à saúde devem ser estudadas como respostas socialmente organizadas às doenças e constituem um sistema cultural especial: o sistema de cuidados em saúde. Faz-se uma descrição geral sobre o grupo, a história regional e as Terras Indígenas atuais. O terceiro capítulo discute os setores de saúde disponíveis aos Wari’, uma discussão dos serviços oficiais de saúde indígena e o papel dos agentes indígenas de saúde e de saneamento no contexto das políticas públicas. Os setores de saúde identificados entre os Wari’ são: profissional (rede de serviços e profissionais de saúde oficiais e estabelecimentos de saúde privados), o setor folk (centralizado na figura, ora reminiscente, do xamã, ko tükü nenim) e o setor informal (constituído por todas as outras práticas, domésticas ou não, que não passam diretamente pelos outros dois). Há interseções entre os setores, que são abertos e, no conjunto, formam uma rede complexa de fluxo e contra fluxo na busca por recursos em saúde. Segue uma discussão de conceitos da cosmologia tradicional com reflexos nas concepções tradicionais de saúde e doença e nas práticas de cura. Na categorização das doenças pelos Wari’ e apresentação da etnoclassificação das doenças diarréicas, identifica-se uma categoria geral (honko’), quatro categorias paralelas no mesmo nível taxonômico e seis categorias subordinadas, caracterizando a nosologia dessas doenças ao longo de seu processo. No capítulo seguinte, são apresentados e discutidos os atendimentos realizados nos Postos de Saúde das aldeias, na Casa de Saúde do Índio de Guajará-Mirim e hospitais da região. A faixa etária mais acometida são os menores de cinco anos de idade em todos os níveis de atendimento, com cerca de metade dos casos registrados. Cerca de 28% das diarréias registradas na Casa de Saúde do Índio de Guajará-Mirim ocorreram após a internação. Segue com as modalidades terapêuticas do setor informal e os comportamentos de busca por tratamento a partir do domicílio. Verificou-se o conhecimento de algumas terapias baseadas em plantas medicinais e méis da floresta, mas, na prática, destaca-se o uso de plantas medicinais antidiarréicas domésticas, a maioria introduzida após o contato. Acrescentam sal e/ou açúcar às preparações em forma de ‘chás’, sem seguir um padrão definido. O conhecimento sobre TRO é extremamente limitado entre as mães e seu uso depende da indicação e preparação pelos Agentes de Saúde. A disponibilidade de SRO no Posto de Saúde é deficiente. A resolutividade do atendimento primário e secundário de saúde em relação às doenças diarréicas é limitada, considerando o nível de complexidade exigido. A decisão por busca de recursos para tratamento de doenças diarréicas é determinada, principalmente, por alguns sinais/sintomas, como sangue nas fezes, vômito, muco nas fezes. A febre também é determinante nessa busca. Entretanto, o tipo mais comum é caracterizado por fezes liquefeitas (honko’ ak kom na).Item Ocorrência de patógenos intestinais e fatores de risco associados à infecção entre os índios Tapirapé habitantes da amazônia mato-grossense, Brasil.(2012) Malheiros, Antonio Francisco; Shaw, Jeffrey JonItem Políticas públicas na saúde indígena e ocorrência de endoparasitos em uma comunidade Guarani Mbyá.(2015) Pedroso, Débora; Berne, Maria Elisabeth Aires; Villela, Marcos MarreiroHistoricamente os indígenas possuem problemas relacionados com as condições de saúde, devido, principalmente às condições sanitárias a que estão sujeitos.A falta dessas condições gera fortes impactos sobre a saúde das populações. Pesquisas de endoparasitos em índios no Brasil e na América Latina são escassas e os poucos estudos realizados apontam que as doenças parasitárias podem atingir mais de 50% da população estudada, independente de faixa etária e sexo, sendo frequente o poliparasitismo. O presente estudo teve por objetivo conhecer as políticas públicas existentes para saúde da população indígena no Brasil, como também realizar um diagnóstico epidemiológico da saúde dos indígenas da aldeia Alvorecer no município de São Miguel das Missões. A metodologia realizada e os resultados que compõem esta tese estão apresentados sob a forma de artigos. O primeiro artigo versa sobre o apanhado histórico do processo das políticas indianistas de saúde no Brasil, o segundo artigo, trata-se de um censo populacional obtido a partir do questionário epidemiológico que investigou as condições sanitárias, de moradia e saúde familiar, ainda se verificou a ocorrência de enteroparasitos. O terceiro e último artigo avalioua soroprevalência de anticorpos da classe IgG contra Toxocara canis,e a relação entre a soropositividade e o número de eosinófilos. Segundo os resultados obtidos: temseum panorama geral sobre o melhoramento das políticas de saúde para a população indígena no Brasil; a infecção por enteroparasitos está presente na população estudada de maneira relevante; a sororreatividade para Toxocaraspp. detectada, indica que as crianças estão expostas a esse nematódeo. Destaca-se que foi o primeiro trabalho realizado sobre parasitoses e condições sanitárias nessa população, servindo então como referência para estudos posteriores.