Browsing by Author "Atanaka, Marina"
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Item Os indígenas Xavante no censo demográfico de 2010(Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 2016) Souza, Luciene Guimarães de; Gugelmin, Silvia Angela; Cunha, Barbara Coelho Barbosa da; Atanaka, MarinaO objetivo deste artigo é apresentar, a partir de dados do Censo Demográfico de 2010, a distribuição geográfica e algumas características sociodemográficas dos indígenas da etnia Xavante no Brasil. Para tanto, foram utilizadas as seguintes variáveis do questionário básico do Censo: etnia; situação de domicílio; localização do domicílio (dentro ou fora de Terra Indígena - TI); cor ou raça; língua falada no domicílio; renda; e alfabetização. A captação dos dados foi realizada no Banco Multidimensional de Estatística (BME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, considerando as TI Xavante, os 15 municípios onde estão inseridas as TI, os três municípios no entorno dessas TI e o município de Cuiabá. Dos 19.259 declarados indígenas Xavante, 91,6% residiam em área rural e 85,9% falavam a língua indígena no domicílio. Os municípios de Campinápolis, Barra do Garças, Nova Nazaré e General Carneiro, juntos, somavam 75,1% do contingente populacional residente em área rural. Nas TI Areões, Pimentel Barbosa e Sangradouro-Volta Grande, todos se declararam indígenas e da etnia Xavante. Nas TI Chão Preto e Marechal Rondon somente a pergunta "se considera indígena" conseguiu captá-los, pois todos se declararam em outras categorias de cor ou raça. Uma comparação com outra fonte de informações indica que os dados populacionais totais do Censo 2010 são compatíveis com aqueles encontrados no registro da área da saúde. Considera-se que, para o caso Xavante, o Censo de 2010 tem um grande potencial para análises de dados demográficos e poderia ser avaliado para outras etnias indígenas específicas, desde que comparados com informações socioantropológicas.Item O cuidar da saúde para a mulher indígena Haliti-Paresí(Universidade Federal de Pernambuco, 2018) Baggio, Érica; Nascimento, Vagner Ferreira do; Terças, Ana Claudia Pereira; Hattoti, Thalise Yuri; Atanaka, Marina; Lemos, Elba Regina SampaioObjetivo: verificar como as mulheres indígenas definem e promovem saúde. Método: estudo qualitativo, descritivo-exploratório, com 12 mulheres indígenas Haliti-Paresí. Os dados foram produzidos a partir de entrevistas semiestruturadas. Para análise dos dados, utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo na modalidade Análise Temática, fundamentada na Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural. Resultados: identificou-se que as indígenas definem saúde como algo primordial que dá sentido ao viver e que vai além da dimensão biológica. Além disso, há uma articulação entre os saberes populares e biomédicos, com preferência aos saberes indígenas aplicados no interior da comunidade. Elas reconhecem que hábitos não saudáveis estão presentes no cotidiano indígena e demonstram preocupação buscando meios para promover a saúde da família. Conclusão: os valores culturais necessitam ser integrados à assistência para melhoria da saúde indígena, em uma perspectiva de construção de um novo paradigma para abordagem do processo saúde- doença.Item Os haliti-paresí: uma reflexão sobre saúde e demografia da população residente nas terras indígenas paresí(Núcleo de Antropologia da Sociedades Indígenas e Tradicionais (UFRGS), 2016) Terças, Ana Cláudia Pereira; Nascimento, Vagner Ferreira do; Hattori, Thalise Yuri; Zenazokenae, Leonir Evandro; Atanaka, Marina; Lemos, Elba Regina Sampaio deAs comunidades haliti-paresí destacam-se em Mato Grosso pela busca constante de sua sustentabilidade e etnodesenvolvimento. Com o objetivo de conhecer algumas características culturais da saúde e aspectos demográficos, realizou-se um estudo quantitativo e descritivo dividido em duas etapas. Na primeira, uma revisão de literatura que abordou as características histórico-sociais e culturais da saúde do povo Haliti-Paresí; posteriormente, com base nos dados do censo do IBGE de 2010, pôde-se identificar os aspectos demográficos dessa população. Em seu processo histórico, a interação e integração com as novas realidades propiciaram que construíssem seu cotidiano nos moldes do etnodesenvolvimento. As práticas de saúde são realizadas na perspectiva holística, permeada por elementos mágicos e míticos da medicina tradicional indígena com vistas a integrar os cuidados com a medicina ocidental. O crescimento populacional reflete o processo de “etnogênese” no Brasil, com predomínio do sexo masculino, taxa de alfabetização de 81% e grande porcentagem de indígenas com registro de nascimento civil. Metade da população não possui renda e suas condições de moradia retratam duas realidades que contrapõem-se.