Browsing by Author "Andrade, Leopoldina Augusta Souza Sequeira de"
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Item Avaliação do sistema de vigilância alimentar e nutricional indígena: etnia atikum, Carnaubeira da Penha- PE, 2012(2015) Duarte, Raísa de Almeida; Lira, Pedro Israel Cabral de; Andrade, Leopoldina Augusta Souza Sequeira deO Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional Indígena (SISVAN-I) foi implantado no ano de 2006, no âmbito dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI s), para atuar na descrição e predição de maneira contínua das tendências das condições de nutrição e alimentação, e seus fatores determinantes, com fins de planejamento e avaliação de políticas voltadas para a saúde da população indígena em seu território. O presente estudo teve como objetivo avaliar o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional para população indígena no estado de Pernambuco, com base nos registros do SISVAN de crianças da etnia Atikum, município de Carnaubeira da Penha, Pernambuco. Trata-se de estudo descritivo onde foram analisados os mapas diários de acompanhamento das crianças menores de cinco anos do Módulo de Vigilância Alimentar e Nutricional e Atenção à Saúde, preenchidos pelos Agentes Indígenas de Saúde, em 2012. O total de registros válidos foi de 4.507 registros, para um total de 613 crianças cadastradas. A média mensal foi de 376 de crianças acompanhadas, sendo que nos seis primeiros meses a cobertura foi superior a 80% e nos últimos quatro meses (setembro/dezembro) não alcançou 30%. As variáveis sexo, peso, programa bolsa família (PBF), estado nutricional (índice peso/idade), cesta de alimentos, leite humano e outros benefícios tiveram cobertura superior ou igual a 80% e para as demais variáveis foi cerca de 50%. Para o índice peso-adequado-idade, houve uma concordância entre as avaliações dos AIS com a classificação da OMS em 91,5% dos casos. Contudo, para as situações de déficit e sobrepeso a concordância cerca de 1/3 das observações. A frequência de déficit estatural ficou em torno de 26% (< -2 EZ) e 25,7% para o risco de baixa estatura. O aleitamento exclusivo e predominante para as crianças menores de seis meses foi de 54,2% e 24,2%, respectivamente. Para as crianças de 6 a 12 meses o aleitamento complementar foi 53,7%, seguido do grupo sem leite materno com 21,4% e para as crianças entre 12 e 24 meses de idade observou-se uma prevalência de 55,7% sem leite materno e 41,8% em aleitamento do materno complementar. Em conclusão observou-se a necessidade de melhoria no SISVAN em relação aos registros de algumas variáveis e do treinamento dos Agentes Indígenas de Saúde em relação às medidas antropométricas. Apesar dos problemas identificados considerou-se que o SISVAN constitui-se num avanço no acompanhamento da situação alimentar e nutricional das crianças indígenas.